Extenso relatório revela cultura de assédio e abusos sexuais dentro da Paradox Interactive

Extenso relatório revela cultura de assédio e abusos sexuais dentro da Paradox Interactive

Se juntando a Ubisoft e Activision Blizzard, a Paradox vira alvo de um grande furacão de denúncias
#Mundo Publicado por Billy Butcher, em

Em 2020 um grande movimento iniciado no Twitter se tornou bastante forte, onde desenvolvedores começaram a divulgar relatos de suas experiências em alguns estúdios e editoras de jogos ao longo dos anos, e daí surgiu diversos relatórios de ambiente tóxico e cultura de assédio, e entre os nomes, você pode se lembrar de alguns que se tornaram mais falados, como os da Ubisoft, IO Interactive, Rocksteady Studios, Insomniac Games, 343 Industries, Blizzard Entertainment, Rockstar North, CD Projekt RED, Sledgehammer Games, e diversos outros.

Durante os meses que se passaram, alguns desses casos se tornaram mais polêmicos do que outros, mas os que se mantiveram em maior ativa foram os da Ubisoft Entertainment e Blizzard Entertainment (incorporando sua empresa-mãe Activision Blizzard como um todo também). Essas duas editoras em específico viraram as maiores ''vitrines de um ambiente predatório e repleto de discriminações'', e nos dias de hoje, ambas estão sofrendo processos na França, Canadá, Estados Unidos e Cingapura.

No dia de hoje, outra empresa se tornou centro desse furacão: Paradox Interactive. Um relatório repassado pela Bloomberg e informado por Jason Schreier revelou uma suposta cultura de bullying e discriminação de gênero na desenvolvedora e editora de sucessos como Cities Skylines, Europa Universalis, Stellaris, Crusader Kings e Vampire: the Masquerade.

A pesquisa, conduzida em agosto por dois grupos sindicais suecos, Unionen e Sveriges Ingenjörer, afirma que 44% dos 133 funcionários que participaram já sofreram "maus-tratos" na empresa, de acordo com Breakit. Esses relatórios foram particularmente altos nas operações da Paradox na Suécia, que empregam mais de 400 pessoas.

Desse número, as funcionárias mulheres representam 26% dos respondentes (cerca de 35 funcionários) e 69% afirmaram ter sofrido tratamento abusivo, em comparação com 33% na maior percentagem de funcionários masculinos. A pesquisa também descreveu uma "cultura de silêncio" na empresa, com quase zero funcionários se sentindo como se seu tratamento tivesse sido tratado de forma adequada.

"O tratamento ofensivo é um problema sistemático e muito comum na Paradox", concluiu o relatório.

Em resposta ao relatório, a Paradox procurou realizar sua própria pesquisa interna entre os funcionários. De acordo com um e-mail de toda a empresa, a empresa está "agora no processo de trazer uma empresa externa neutra para conduzir uma revisão completa do nosso processo e uma pesquisa abrangente com os funcionários".

O relatório segue a renúncia da ex-CEO da Paradox, Ebba Ljungerud, que deixou a empresa na semana passada devido a "visões divergentes sobre a estratégia da empresa". Ela havia vindo da indústria de cassinos, se envolvendo no mercado próprio de videogames a partir de 2018 com a Paradox, e falhando em toda sua gestão como CEO.

Billy Butcher
Billy Butcher #BillyButcher

Um grande fã de jogos e filmes dos gêneros Stealth e Ficção-Científica.

Tenho uma paixão imensa pela franquia Metal Gear Solid, na qual considero a minha favorita, porém também sou um grande amante das sagas Halo e StarCraft.

Moderador do Site, Volta Redonda, Rio de Janeiro
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