Malware usado para atacar a Sony pode ser facilmente adquirido por qualquer hacker
Todos devem se lembrar do ataque hacker contra a Sony, que levou a empresa a um prejuízo de US $ 200 milhões e causou polêmicas como acusações de participação da Coréia do Norte. Para muitos, este é considerado o pior ataque na indústria corporativa. O que ninguém sabia até agora é que o malware utilizado na ocasião, ou algum outro similar, pode ser comprado por qualquer pessoa com habilidade de usar o navegador TOR e uma carteira de Bitcoins com saldo de $ 30.000.
Segundo o especialista e "ex-hacker" Jon Miller, "provavelmente há três, quatro, cinco mil pessoas que poderiam fazer esse ataque hoje". Ele informou ao 60 Minutes, em uma entrevista na rede CBS de televisão, no último domingo, que malwares similares ao utilizado contra a Sony podem ser comprados facilmente de hackers russos nos mercados da darknet.
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O ataque demonstra claramente que qualquer hacker com esse tipo de conhecimento, acesso e poder aquisitivo é capaz de realizar crimes cibernéticos que podem resultar no vazamento de informações confidenciais de corporações e governos. Miller, que hoje trabalha para a empresa de segurança Cylance, compara este cenário em que vivemos hoje na Internet com o velho oeste selvagem, onde pessoas são arrastadas para o tiroteio, e sem nenhum xerife para colocar ordem.
A gravidade da falha de segurança descoberta na Sony, que levou à invasão no final de novembro, acabou se tornando mais grave e mais frequente do que inicialmente se acreditava. Um grupo que se autodenomina #GOP, sigla para Guardians of Peace, assumiu a responsabilidade e disse ter obtido informações internas. Hackers vazaram as informações pessoais de mais de 47.000 celebridades, freelancers e funcionários da Sony atuais e antigos, além de filmes ainda a ser lançados, bem como e-mails de executivos da companhia e outros documentos internos.
