A falta de um censo com números consolidados sobre a indústria de jogos eletrônicos no Brasil é vista por especialistas como um dos principais entraves para um desenvolvimento concreto do setor. Há, no entanto, muita esperança. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financia desde o ano passado uma pesquisa científica que vai reunir informações reais sobre a produção de games no país e contribuir para o desenho de instrumentos e ações de políticas industriais e tecnológicas para o setor. IMAGEaHR0cDovL3ZnYnIuY29tL3dwLWNvbnRlbnQvdXBsb2Fkcy8yMDEzLzA1L3ZlbmRhcy1icmFzaWwtNzAweDMyNS5qcGc=
O estudo é feito por um grupo da USP e deverá contemplar questões como a compreensão da dinâmica global dos investimentos no mercado de games, a análise das tendências do investimento no Brasil, as perspectivas de médio e longo prazo e a análise e proposição de políticas públicas, entre outras. O motivo que tem animado o setor é que a pesquisa deve ser encerrada ainda no final deste ano.
"Somos o quarto maior mercado consumidor de games do mundo, e nossa produção é irrelevante", pontua Eliana Russi, gerente do projeto Brazilian Game Developers (BGD), da Abragames (Associação Brasileira de Desenvolvedores de Jogos Digitais). O BGD, inclusive, foi criado recentemente em parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações) para promover no exterior os games criados por estúdiso brasileiros.
Segundo números aproximados da Associação, existem no país cerca de 200 empresas que atuam no desenvolvimento de games. Estima-se que metade da produção tenha como plataforma os computadores pessoais. A outra metade é dividida entre jogos para celulares e social games (Facebook).
No momento, Eliana conta que consultores da Associação viajam pelo país em uma pesquisa para mapear as empresas e as necessidades delas. Para ela, a indústria de games passa por uma fase "estruturante", mas tem tudo para dar uma virada nos próximos anos.
