Análise | Atomic Heart

Análise | Atomic Heart

Um jogo incrível baseada em uma utopia soviética com jogabilidade frenética, história complexa e cativante, e claro, robôs!
#Análises Publicado por Dreadnaught, em

Análise registrada após ter completado o jogo no Windows PC (via Steam)

Atomic Heart é um FPS e RPG de Ação, desenvolvido pela Mundfish e publicado pela Focus Entertainment e 4Divinity. O jogo foi recentemente lançado para PC (Steam e Xbox Windows), PlayStation e Xbox (ambas para geração anterior e atual).

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O jogo levou 6 anos para ser concluído, mas sofrendo mudanças de design e composição da história, além de um adiamento longo, o jogo finalmente deu as caras no dia 21 de fevereiro de 2023, 11 dias depois do sucesso avassalador do Hogwarts Legacy que conquistou todos os holofotes. Mas, isso não fez com que a Mundfish se sentisse intimidada, pois seguiu a sua promessa e lançou o jogo na data prometida.

Atomic Heart foi um jogo criado com inspirações notórias à franquia BioShock do genial Ken Levine, e nesse sentido, seria totalmente compreensível em dizer que o jogo é literalmente um BioShock Soviético, com questões de habilidades de elementos, upgrades de armas, e outros pequenos fatores. Mas, o Atomic Heart conseguiu trabalhar bem nesses quesitos, com um modesta quantidade de utilidades e melhorias que garantem que a gameplay posso ocorrer de forma mais variada possível.

Mas vamos falar por parte, aqui será destacado vários quesitos e estes serão detalhados, de pontos positivos e negativos. Então vamos lá, camarada!

História

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Tudo ocorre na visão do protagonista, chamado Agente P-3, um veterano de guerra já da terminada Segunda Guerra Mundial, é convidado pelo seu gênio salvador para auxiliar no lançamento de um projeto ambicioso que mudaria o mundo. A introdução do jogo é incrível, os desenvolvedores conseguiram fazer um trabalho fenomenal com a Unreal Engine 4, pois cenário, ambientação, tudo era bem composto, distribuído e em destaque, fazendo com que o jogador saísse um pouco de seu estado linear para poder parar e ver o que está em volta. Mas voltando a história, o agente tinha em companhia uma luva com uma inteligência artificial especial a base de polímero (elemento importante pra história do jogo). Como sempre, algo dá errado e é assim que a história começa, por um momento tudo era bonito e tranquilo até virar um completo caos de uma pra outra. Pode ser frustrante ver 2 personagens importantes ficarem brigando no começo do jogo, pois de primeira impressão pareciam ser amigos a uma longa data, com esses conflitos, isso pode acabar causando um certo desconforto durante a jogabilidade e isso não é algo que para rápido, é um processo demorado. Pelo caminho, conhece novos personagens, cativantes pelo seu estilo bem único, bem de vez em quando aparece durante a gameplay, isso depende do estilo do jogador, se for do tipo que explora muito evitando o estado linear, pode acabar sentindo saudades de ver rostos antigos e novos.

As cinemáticas em certos pontos da jogabilidade, é apreciável ver o protagonista reagindo a certos acontecimentos do enredo, isso tem um peso marcante na visão do jogador em entender o que ocorre e o por que daquilo. Não atrelados a apenas em diálogos, mas a ambientação narra muito bem a história de cada lugar, como computadores com logs e diários em áudio ajudam a entender mais da história sem atrapalhar demais a jogatina. Ainda se tratando em um jogo onde a escrita russa é predominante no cenário, os desenvolvedores tiveram o trabalho em por uma legenda traduzida ao olhar pra uma textura com escritura em russo, mas ao avançar no jogo, as texturas de repente ficam traduzidas para o português assim de repente, facilitando a leitura, mas tira o conceito estético do jogo.

Gameplay

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Quem já jogou Doom, Bioshock Infinite, Prey, System Shock e outros jogos nesse estilo, pode até ser justo sentir uma leve nostalgia de uma jogabilidade simples e frenética, algo que o Atomic Heart conseguiu proporcionar muito bem. Combates a distância, corpo a corpo e habilidades conseguem se coexistir muito bem, dando estilos suficiente para satisfazer qualquer jogador que adora ser diferente dos demais. A dependência por upgrades e unlocks de peças e armas novas se dá o trabalho de incentivar o jogador a explorar as "masmorras", ambientes com bastantes puzzles e recompensas, mas para isso, a motivação do jogador é importante para aproveitar o jogo por completo e pode se dizer que vale a pena. As questões dos puzzles são bem legais e criativos, porém, são repetitivo e frequentes que chega a dar desanimo, sorte que você acaba se acostumando e pegando o jeito decifrando eles rapidamente.

Inimigos e Chefões

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Começando pelos chefões, são incríveis e bem originais, prazerosos de enfrentar cada um deles, principalmente o HOG-7, o primeiro major boss do jogo de tão legal que é, que dá vontade de iniciar um New Game só pra poder enfrenta-lo novamente, e claro sem falar da música heavy metal perfeita pra situação, mais Doom Vibes em ação! Todos os chefões tem sua apresentação e destaque, bem diferentes dos outros e combate que não acabaria em segundos, o jogo proporcionou uma jogatina nesse quesito de forma muito boa.

Descrevendo os inimigos comuns do jogo, possuem uma variação e certo tom de dificuldade, quando não estão em um grande bando ou na parte externa do jogo em que as câmeras de segurança expõem a posição do personagem chamando reforços. Há uma certa variedade de inimigos, mas não tão extensas, alguns são meras reskins e outros são bem diferentes um dos outros, e claro que não só robôs apenas, há mutações biológicas que querem dar uns socos no protagonista. De certa forma, falto um certo esforço a mais nisso, claro que quanto mais tipos de inimigos, melhor.

Personagens

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Pra todo jogador brasileiro que jogou Atomic Heart, creio que a partir de agora quando for a uma loja de eletrodomésticos, a sensação é outra, principalmente na parte das geladeiras... brincadeiras a parte, mas é indubitável que personagens memoráveis são aqueles mais inusitados e insanos que criam um carisma pra lá de anormal, podendo ser em atitude e estética, e falando em estética, as bailarinas gêmeas que se tornaram o ícone do jogo, junto com a tal geladeira.

Agora os dois personagens principais, o Agente P-3 e a Luva CHAR-les são bem enigmáticos, mas como todo ao avanço de enredo, você descobre a verdade de cada um e o por que dos eventos do jogo, sendo muito bem descrito e mostrado durantes as várias cinemáticas. A explicação e evolução dos personagens de fato foi bem trabalhada e explicada, ajudando o jogador a criar pontos de vistas para tais situações, porém poderia ser um processo mais agradável se os dois personagens não brigassem tanto durante a gameplay, e olha que são horas e horas de discussões imaturas.

Outros personagens que complementam a história e tem uma ligação, infelizmente possuem pouca aparição, mesmo sendo bem trabalhados e destacados durante os eventos decorrentes, mas são apreciáveis em seus momentos curtos. Para um jogo consideravelmente grande, não teria muito problema em elaborar mais eventos cinemáticos no jogo para retratar o mesmo.

Problemas e defeitos

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Todo jogo possui defeitos que podem ser consertados e problemas que dependendo do que seja, pode não ter solução infelizmente. Começando pela jogatina, os puzzles são bem repetitivos, mas com o rápido costume da pra passar por eles rapidamente, sem falar de puzzles mais complexos das masmorras que podem prender tempo demais do jogador, causando cansaço e frustração porém, há puzzles que podem ser "bugados" que dão a perfeita oportunidade de dar um skip. O combate e exploração está okay, mas poderiam deixar mais fácil a navegação do jogo em explorar certos componentes que possam desbloquear certas áreas. As habilidades e perks cumprem bem suas funções, mas são poucas, porém tem o seu papel importante. Agora falando de defeitos mais graves: falta do bom e velho FOV (Já foi adicionado ao jogo em recentes updates), e os Achievments, sempre terá aqueles que gostam de platinar o jogo e enfeitar o seu perfil Steam, infelizmente estão quebrados impossível fazer eles (Também foi concertado em um recente update, mas precisa jogar do 0 novamente), e a ausência de um New Game Plus, seria bem confortante o jogador sair correndo fazendo as missões primárias pra apenas curtir ceras parte do jogo novamente, como aquele boss HOG-7 por exemplo.

Conclusões

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Atomic Heart de fato foi uma enorme surpresa esse ano de 2023, um jogo que demorou muito tempo pra ser feito, teve sua gameplay refeita várias vezes até chegar a um estilo de ação frenético muito bem apreciado, e claro, parabéns para um time de desenvolvedores composto por 20 pessoas que fizeram um jogo que tem seus destaques fortes e carisma. Ignorando polêmicas que assombraram o jogo, vale bastante a pena apreciar um jogo desses que seguiu bem o seu conceito artístico e moral original, não sendo submisso a críticas sem fundamentos sobre a cultura e estilo estético presente no jogo (era soviética, bailarinas gêmeas, geladeira sugestiva, etc). Atomic Heart é legitimamente uma obra prima, e vale a pena dedicar a um jogo que foge dos conceitos padrões de vários jogos era 2018 em diante.

9.1
star
Nota
Atomic Heart é a utopia soviética divertida e digna de ser apreciada e jogada!
Prós
  1. Gráficos bonitos e estética elegante e original
  2. Otimização excelente
  3. Gameplay divertida, viciante e frenética
  4. Personagens adequados
  5. Dublagem fenomenal
  6. Mundo aberto razoavelmente explorável, mas vale a pena
  7. Trilha sonora e músicas remixadas perfeitas
  8. Estética de personagens interessantes
  9. Robôs e Geladeira!
  10. Chefões perfeitos para serem enfrentados repetitivamente
Contras
  1. Problemas técnicos iniciais (Ausência de FOV, Ray Tracing, etc)
  2. Achievments não funcionam
  3. Bugs "exploitáveis" acidentalmente
  4. Carisma dos personagens principais faltam a desejar
  5. Mini puzzles repetitivos
  6. Variação medíocre de inimigos
Após analisar e jogar, nossa nota para Análise | Atomic Heart foi 9.1
Você pode ler mais detalhes da análise aqui.
Dreadnaught
Dreadnaught #DreadnaughtBR

Um simples ser humano que adora jogos de forma geral, mas com um foco para jogos de computador, Steam é vida!

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