A China anunciou um plano nacional de desenvolvimento de inteligência artificial (IA) nesta quinta-feira (20). Em meio a um intenso conflito internacional sobre a aplicação de IA na tecnologia militar, o país expressõu sua ambição de se tornar líder mundial no segmento.
O valor das principais indústrias de inteligência artificial do país ultrapassará 400 bilhões de iuanes (US$ 59,07 bilhões) até 2025, segundo documento do Conselho de Estado.
"A situação com a China sobre segurança nacional e competição internacional é complexa... precisamos tomar a iniciativa de dominar esta nova etapa de desenvolvimento para a inteligência artificial e criar uma nova vantagem competitiva", disse.
O plano foi anunciado no momento em que os Estados Unidos se preparam para reforçar sua análise de investimentos, incluindo inteligência artificial, em meio a preocupações de que países, como a China, possam acessar tecnologia de importância militar estratégia.
Os EUA lançaram um plano similar de desenvolvimento de IA em outubro de 2016.
O plano da China é alcançar os líderes globais em IA ao corrigir problemas existentes, como a falta de:
- chips;
- equipamentos sofisticados;
- software;
- pessoal treinado.
Pequim também disse que aumentará o papel do governo na orientação do desenvolvimento de IA com apoio de políticas e regulação do mercado, além de desenvolver avaliações de segurança e capacidades de controle da inteligência artificial.
Antes mesmo de colocar o plano para funcionar, a China já começou a investir em tecnologia de inteligência artificial, que mesclam iniciativas privadas e estatais.
Várias empresas líderes chinesas estabeleceram bases de pesquisa nos EUA, incluindo Baidu e Tencent.
Este ano, a IA foi nomeada como uma tecnologia estratégica pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em um relatório anual que estabelece as prioridades mais importantes.