O pai da humanidade viveu a 239 mil anos atrás
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Estudo na Islândia rastreia o genoma do primeiro humano
Através do sequenciamento do genoma de 2.636 islandeses - o maior conjunto já obtido a partir de uma única população - os pesquisadores foram capazes de identificar que as mutações genéticas desempenham um papel em tudo, desde a doença de Alzheimer a doença hepática. Os dados também sugerem que o mais recente ancestral masculino comum da humanidade, o "pai" de todos nós, teria vivido entre 174 mil e 321 mil anos atrás.
"O que temos é uma visão bastante detalhadada da sequência do genoma de uma nação inteira", diz Kari Stefansson, um neurologista e co-autor de quatro estudos publicados na Nature Genetics hoje. Ele também é o CEO de decodificação de uma empresa biofarmacêutica, o que, em parte, financiou o trabalho. "Este é um razoavelmente grande passo em direção à compreensão de como a diversidade humana é ditada pela diversidade na seqüência de DNA."
A estimativa para o mais recente ancestral masculino comum contradiz alguns resultados passados. Um estudo de 2013 da Universidade de Arizona estima-se que a idade do pai de todos os seres humanos é de cerca de 340 mil anos de idade. Mas a análise islandês indica que ele, provavelmente, viveu há cerca de 239 mil anos atrás - um número que é muito mais próximo da estimativa para o mais recente ancestral comum da humanidade, que viveu há cerca de 200.000 anos atrás. "[Humanos] Estamos curiosos para saber de onde viemos, e comotornamos o que somos", diz Agnar Helgason, uma antropóloga genética na Universidade da Islândia e um co-autor do estudo do Ancestral comum publicada hoje. "E isso nos dá um pouco mais de informações sobre quando."
De um ponto de vista evolutivo, espécies mais velhas têm mais tempo para desenvolver mutações que diferenciam os indivíduos ou populações, a partir de uma outra. Isso significa que a idade da espécie humana também está relacionada a forma de como os seres humanos são diversificados, como um todo.
