Cientistas desenvolvem planta-robô que promete revolucionar estudo ambiental
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Protótipo da planta sintética tem "vida própria", segundo os pesquisadores. Objetivo é gerar novas tecnologias e linhas de pesquisa
Pesquisadores anunciaram a criação de uma planta-robô que pode revolucionar o estudo do solo e do subsolo e abrir novas possibilidades para a exploração do meio ambiente e do comportamento da flora.
Para criar os chamados "plantoides", os cientistas decifraram os movimentos das raízes de vegetais e os transportaram para o mundo da inteligência artificial. Eles então adaptaram a morfologia e as habilidades naturais das raízes a um sistema eficiente de perfuração e análise da terra.
Segundo os pesquisadores, o protótipo da planta sintética tem "vida própria". Os "plantoides" são capazes de explorar e penetrar a terra com um gasto mínimo de energia - economia de até 70% se comparado com sistemas tradicionais de perfuração linear - devido à redução do atrito com as barreiras naturais de ambientes irregulares.
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- Na universidade, aprendemos questões relativas à botânica, mas aqui se trata de compreender as plantas sob um ponto de vista tecnológico - disse à BBC Brasil a bióloga italiana Barbara Mazzolai, coordenadora do projeto Plantoid, no Centro de Micro-BioRobótica do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), em Gênova.
Entre as aplicações futuras da invenção, estão da descontaminação de um terreno até a exploração de minérios, passando pela busca por água e o estudo da comunicação entre as plantas.
O projeto, financiado pela União Europeia, envolve o IIT, a Universidade dos Estudos de Florença, o Instituto de Bioengenharia de Barcelona, na Espanha, e o Politécnico Federal de Lausanne, na Suíça.