Cientistas detectam primeiras evidências diretas do Big Bang

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Descoberta de cientistas americanos é muito importante para entender as origens do universo

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O telescópio BICEP2, que fez descoberta (Foto: Steffen Richter/AP)

Cientistas americanos revelaram nesta segunda-feira a detecção pela primeira vez de ecos do Big Bang, ocorrido há 14 bilhões de anos, uma importante descoberta para entender as origens do universo.

A "primeira evidência direta da inflação cósmica" foi observada com um telescópio no Polo Sul, chamado Bicep (Imagem de Fundo de Polarização Cósmica Extragalática, na sigla em inglês), e foi anunciada por especialistas do Centro de Astrofísica (CfA) de Harvard-Smithsonian.

A existência destas ondulações de espaço-tempo, primeiro eco do Big Bang, previstas na teoria da relatividade de Albert Einstein, demonstra a expansão extremamente rápida do universo na primeira fração de segundo de sua existência, uma fase conhecida como inflação cósmica.

"A detecção destas ondulações é um dos objetivos mais importantes da cosmologia na atualidade e resultado de um enorme trabalho realizado por uma grande quantidade de cientistas", destacou John Kovac, professor de Astronomia e de Física no CfA e chefe da equipe de investigação BICEP2, que fez a descoberta.

"Era como encontrar uma agulha em um palheiro, mas em seu lugar encontramos uma barra de metal", disse o físico Clem Pryke, da Universidade de Minnesota, chefe adjunto da equipe.

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Para o físico teórico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, o avanço "representa um novo esclarecimento sobre algumas das questões mais fundamentais para saber por quê existimos e como o universo começou".

Prevista por Albert Einstein quase um século atrás, a descoberta das ondas gravitacionais seria a peça final de uma das maiores realizações do intelecto humano, ajudando os cientistas a entender como o universo começou e se tornou a miríade de galáxias e estrelas, nebulosas e vastas extensões de espaço vazio que constituem o universo conhecido.

As ondas gravitacionais são ondulações minúsculas e primordiais que se propagam pelo cosmo. Os astrônomos as buscam há décadas, porque são a prova que falta para duas teorias, uma das quais inaugurou a era atual de pesquisa sobre as origens e a evolução do cosmo --a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, publicada em 1916-- e outra que deu os retoques finais nela, chamada inflação cósmica, desenvolvida nos anos 1980.

Uma fração de segundo após o Big Bang, a explosão do espaço-tempo que iniciou o universo 13,8 bilhões de anos atrás, o cosmo recém-nascido inflou muitas vezes seu tamanho inicial em menos de um quadrilionésimo de segundo (um ponto decimal seguido de 33 zeros e um 1).

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