Passado pouco mais de um mês desde o lançamento da primeira demo, a Konami decidiu lançar uma nova demo com o intuito de mostrar algumas das melhorias que o jogo sofreu desde a primeira demo. Esta é a última cartada da Konami antes do lançamento de PES 2013 e será fulcral para os indecisos decidirem se compram ou não, o novo jogo da série. Continuem a ler para saberem mais sobre o jogo.
São notórias as melhorias desde a primeira demo. Muitos detalhes na jogabilidade foram melhorados mas outros continuam com os mesmos problemas de há muitos jogos da série a esta parte. São problemas que parecem estar intimamente ligados à série e que tal como disse na antevisão anterior só poderão ser corrigidos com a implementação de um novo motor de jogo, provavelmente, o recém-anunciado e muito impressionante, Fox Engine de Hideo Kojima.
A nova demo de PES 2013 traz consigo diferentes equipas, abandonando as selecções e apostando nos clubes europeus mais fortes para oferecer maior variedade em termos de estilo de jogo e aproveitando para mostrar com outros jogadores, a forma como o "Player ID" oferece um maior realismo ao jogo. Poderão jogar com Real Madrid, Barcelona, Man United, Bayern Munique, Santos e Boca Juniors, entre outros.
A Konami aproveitou a demo para mostrar aos fãs um novo modo de jogo, o Treino Específico. É um modo de jogo bastante interessante, mas que irá apelar, sobretudo, aos grandes fãs da série PES e jogadores hardcore, sendo que os jogadores casuais provavelmente não irão sequer experimentá-lo. No modo de treino específico, os jogadores irão poder aprender ou aperfeiçoar alguns movimentos, novos ou renovados, da jogabilidade de PES 2013. Desde recepções de bola no peito, a simulações ou até mesmo toques em habilidade. O problema é que este modo traz à superfície algo que sem ele, se calhar, passaria despercebido à maioria dos jogadores. Muitos dos novos movimentos ou truques, como lhes quiserem chamar, são extremamente complicados para algo que deveria ser um bónus para os jogadores mais dedicados. Utilizá-los em jogo é quase impossível pois muitos deles requerem um timing exacto para resultarem, caso não primam o botão no segundo exacto, o movimento não irá resultar. Sendo que mais uma vez só os jogadores hardcores irão perder tempo suficiente para conseguir dominar as técnicas.
Desde há muitos anos a esta parte, que muitos têm apontado o dedo à Konami devido à falta de fluidez da jogabilidade dos jogos da série PES. Com muita pena, é necessário admitir que estes problemas continuam bem presentes na segunda demo de PES 2013. O jogo parece muitas vezes mecânico, não sentimos como se estivéssemos de facto a ver um jogo de futebol. Aquilo que sentimos, é que estamos a ver uns "bonecos", que embora, com várias semelhanças com os jogadores reais não se comportam, nem se movimentam como jogadores reais.
A Konami tem tentado melhorar este aspecto de jogo, mas tem falhado na maioria das tentativas. Os jogos parecem, muitas vezes, demasiado lentos, mesmo que tenhamos escolhido uma velocidade de jogo superior. Nunca sentimos, verdadeiramente, uma sensação de velocidade, de estarmos a jogar a 100 à hora. Os jogos parecem estar a arrastar-se, podendo mesmo, por vezes, tornar-se aborrecido.
Ainda assim, é notória uma melhoria na fluidez de jogo, desde a primeira demo, mas está ainda longe do que seria desejável. Sendo que muitos problemas mantêm-se inalterados e bem presentes durantes os jogos em PES 2013. Um exemplo bastante óbvio e que não requer muito tempo de jogo para se aperceberem dele, é a forma como os jogadores rematam sempre com o pé mais forte, em situações que não o deviam fazer, dando origens a remates efectuados de forma completamento irreal, mas que ainda assim, vá-se lá saber como, originam golos.
Os passes e remates são muitas vezes feitos de forma pouco natural, e um tanto ou quanto robótica. Mais uma vez, os movimentos não parecem reais, levando-me a pensar se a Konami, faz realmente captura de movimentos para o seu jogo, como fez para esta edição ao nível dos guarda-redes. Uma excepção a este caso é por exemplo, o nosso capitão, Cristiano Ronaldo, cujos movimentos foram copiados de forma absolutamente irrepreensível em PES 2013, mas é pena que os restantes jogadores se movimentem de forma quase igual. Digo, quase igual pois, com a implementação do "Player ID" que pretende trazer ao jogo, os movimentos típicos de determinados jogadores como por exemplo, o movimento da linha para o centro para rematar com o pé esquerdo de Arjen Robben, permitem distinguir alguns jogadores.
Em relação a outras novidades de PES 2013, o "Full Control" continua a ser uma adição absolutamente inútil e que apenas complica mais a jogabilidade, sem qualquer necessidade. Os guarda-redes estão bastante melhores do que no passado, sendo que não reparei em qualquer situação como as que havia enumerado na anterior antevisão, envolvendo os guarda-redes. No entanto, o sistema de impacto entre os jogadores merecia algumas melhorias pois existem muitos toques e entradas de carinho que originam quedas estranhas, sobretudo quando vistas em repetição.
No que a gráficos diz respeito, mais do mesmo. São os gráficos já habituais da série PES, com grandes semelhanças aos jogadores reais e com enorme atenção aos detalhes da estrutura dos estádios. As animações continuam, também, muito boas embora algumas demasiado repetidas, como nos festejos de golos e nos protestos contra o arbitro.
PES 2013 parece ser uma evolução em frente e positiva na série PES, mas não o suficiente. Como disse na primeira antevisão, não há nada que PES 2013 possa oferecer que faça um jogador FIFA, sequer pensar em adquirir o jogo da Konami. É necessária uma revolução total para trazer a série de volta ao estrelato. Esperemos então, pela versão final do jogo para podermos esmiuçar o verdadeiro valor de PES 2013.
