Prévia: Alice - Madness Returns

#Notícia Publicado por Miguel0, em .

Hoje, segunda feira 16 de maio de 2011, a WB Games Brasil postou em seu Facebook um Prévia feita por Heitor De Paola do jogo Alice - Madness Returns, ele teve a oportunidade de desfrutar um pouco do jogo e sua prévia foi postada no site lektronik.com.br que estará disponível logo abaixo.

à notável que hoje em dia seja tão difícil separar a história de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho de imagens perturbadoras, doentias e sádicas. Não que esses temas estivessem aparentes nos livros, mas desde o momento em que eles foram aplicados às narrativas de Lewis Carroll, a impressão é a de que jamais irão se separar novamente. Como se, de repente, ficasse claro que esse era o clima escondido por trás de cada um dos acontecimentos das viagens de Alice.

Eu não sei afirmar se American McGee"s Alice foi a primeira instância em que a personagem foi colocada nesse âmbito, mas desde o momento em que vi o jogo, passei a eternamente enxergar Alice como pertencente a um mundo que poderia muito bem ter saído dos traços de Edward Gorey. E isso me fez gostar dela muito mais.

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Cerca de onze anos após o primeiro título, entra em cena Alice: Madness Returns, jogo que estará disponível mês que vem. Tive a oportunidade de jogar os trechos iniciais da aventura, e fico feliz em dizer que McGee parece ter se superado. A mistura de sua própria estética junto aos elementos que tornam o País das Maravilhas e o mundo Através do Espelho tão memoráveis, está ainda melhor do que anteriormente.

Na história, Alice continua perturbada com o incêndio que matou toda a sua família. A garota órfã ainda passa por constantes sessões psiquiátricas, na esperança de que esses antigo fantasmas possam finalmente desaparecer. Não demora muito para que a suposta loucura da garota manifeste-se novamente, arrastando-a ao País das Maravilhas onde novas e estranhas coisas estão acontecendo.

Acompanhada novamente do Gato de Cheshire, que oferece conselhos mesmo que de forma velada, a garota começa a explorar esse mundo, bastante alterado desde a sua última visita. O gato menciona acontecimentos que teriam causado essas mudanças, propelindo Alice a seguir em frente.

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Pouco após o início de sua jornada, seres entram no caminho da protagonista, obrigando-a a combatê-los. A principal arma usada é a espada Vorpal (que se assemelha, propositalmente, a uma faca na arte do jogo), com a qual Alice pode desferir pequenos combos. A mecânica das lutas é de fácil compreensão; um dos botões permite que travemos a câmera (ou que façamos um lock-on, se você preferir) em um dos inimigos, fazendo com que ele seja o centro de todos os nossos movimentos. Um detalhe simples, porém muito útil, é que enquanto estamos travados, Alice não despenca de beiradas. Por causa disso, podemos nos concentrar na luta em si em qualquer cenário, sem a preocupação de acidentalmente cairmos e perdermos nosso progresso.

Dentro do trecho que joguei, além da espada Vorpal, Alice também empunha um moedor de pimentas gigante, bombas em forma de coelhos brancos mecânicos e um guarda-chuva. O moedor de pimentas é uma arma de longo alcance, mais fraco do que a espada, mas necessário para eliminar colmeias que não poderiam ser atingidas de outra maneira, e para abrir a guarda de certos inimigos. Além disso, focinhos de porcos, escondidos pelo cenário, quando enchidos de pimenta espirram, abrindo caminhos que levam a segredos, como itens colecionáveis e pedaços de memórias passadas de Alice.

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O guarda-chuva é basicamente um escudo. Além de impedir que sejamos atingidos, se ele for aberto no momento exato em que um disparo for nos atingir, este é refletido, voltando em direção ao inimigo e machucando-o. Os coelho-bomba não só são uma arma extra nos conflitos, como também são usados na resolução de puzzles. No exemplo visto, eles podem ser posicionados em botões, deixando-os pressionados indefinidamente.

O combate pode parecer inicialmente simples, mas rapidamente sua complexidade aumenta. Todos esses equipamentos acima listados têm de ser usados, pois diferentes inimigos pedem diferentes estratégias. A dificuldade sobe quando vários tipos de monstros aparecem juntos, obrigando você a fazer um malabarismo entre o momento de atacar, defender, esquivar (um movimento muito bonito, no qual Alice vira momentaneamente borboletas azuis) e qual arma utilizar. Felizmente, o jogo oferece uma espécie de colher de chá, permitindo que entremos no Hysteria Mode quando estamos próximos de morrer. O modo dura poucos segundos, porém deixa Alice imortal e mais forte do que normalmente, podendo mudar completamente o rumo da batalha. Ele é também muito bonito de ser ver, pois a tela toda fica em preto e branco, o som mais abafado, e Alice assume uma aparência mais fantasmagórica e assustadora. A estética é incrível.

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Falar sobre a beleza apenas desse momento seria um crime. Alice: Madness Returns é de encher os olhos, com uma arte linda e extremamente apropriada. Houve cenas em que, mesmo tendo o jogo em mãos por tempo limitado, tive de parar por alguns segundos e apreciar a vista. Em certa medida, o cenário fala por si. Não é preciso que fiquem te explicando sobre cada detalhe daquele mundo ou do que aconteceu com ele. Basta olhar e a partir daí imaginar suas próprias conclusões.

à engraçado que em meio a tantas coisas interessantes de se observar, o cabelo de Alice tenha sido um dos elementos que mais me chamou a atenção. Há algo muito particular na maneira como ele se move, distinto do resto do corpo, impossível de não ser reparado. à como se a gravidade que atuasse nos cabelos fosse diferente da do resto do mundo, como se eles fossem mais leves e etéreos, o que combina com clima onírico do jogo. O efeito me agradou muito.

A breve experiência que tive com Alice: Madness Returns me deixou com um gosto doce, e não vejo a hora de poder ver as outras maravilhas que ele guarda. Com certeza, é um título pelo qual vale a pena ficar de olho. Madness Returns será lançado em junho, para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

Miguel0
Miguel0
, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil