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Qualquer fã da série deve conhecer muito bem uma das principais condições de sobrevivência no universo hostil e acelerado de Mad Max: é preciso ter um carro. E não pode ser qualquer carro.
Conforme deixam claro os detalhes revelados recentemente pela desenvolvedora Avalanche studios, a evolução de uma máquina poderosa sobre rodas deve ser igualmente prioritário - já que não faltarão oportunidades arriscadas para fazer dinheiro... Ou para morrer despedaçado, misturando-se indistintamente a retalhos de metal.
A fim de comprovar quanto disso é publicidade e quanto disso é uma enorme e caótica diversão em potencial, o pessoal do site da revista GameInformer rumou para as instalações do estúdio na Suécia, onde parece ter sido possível atestar: Max é igualmente fodão, seja dentro ou fora do seu poderoso Magnum Opus.
Sim, é verdade que em Mad Max você poderá construir potestades metalizadas com dezenas de upgrades possíveis. Entretanto, como nós já dissemos aqui em outras ocasiões, as leis da física ainda se aplicam - algo que foi revisitado pelo estúdio durante a sessão com a GameInformer.
"Em um nível bastante elevado, nós quisemos que houvesse uma noção física em tudo", disse o diretor do game, Frank Rooke, em entrevista ao referido site. "Há peso nesses veículos. Não algo que finja ser; é possível sentir o metal dos caros no impacto, nos sons do aço amassando e se rasgando."
Inegável que boa parte da ação em Mad Max deve se dar daquela mesma forma bem conhecida por diretores de filmes de ação: com inúmeras e apoteóticas colisões de veículos. Afinal, o que mais se pode fazer quando se está a bordo de uma enorme carcaça de metal empurrada adiante por nitro?
Entretanto, os desenvolvedores fazem questão de lembrar: no interior, ainda há algo tão naturalmente frágil quanto pode ser um corpo humano. "Trata-se da fragilidade da carne humana, porque nisso há dois lados", disse Rooke à GameInformer. "Não há meio-termo: há o metal enferrujado dos carros, e há uma pessoa no interior deles."
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Trata-se, basicamente, do efeito que semelhante e insólita "comunhão" pode causar - tanto do ponto de vista sensorial (tal e qual uma colisão em alta velocidade contra uma barreira deve ser) quanto daquele que considera necessário não transformar a coisa toda em um Destruction Derby pós-apocalíptico.
Não que seja realmente difícil criar em Mad Max algo semelhante àquelas arenas recheadas de carros enferrujados. Afinal, há uma enorme coleção de armas disponíveis, capazes de provocar uma enorme massa de destruição sem que Max sequer precise se levantar do assento do seu Magnum Opus.
Espetos e lâminas, por exemplo, podem ser colocados nas laterais dos pneus, representando uma das formas mais rápidas e práticas de colocar um inimigo inconveniente para fora da ação. Se o seu estilo é mais piromaníaco, entretanto, sempre há o tradicional lança-chamas - rapaz de reduzir carro e motorista em trajes sadomasoquistas a uma única e bela esfera flamejante.
Caso a coisa se torne mais pessoal, entretanto, é claro que não poderia faltar a fiel escopeta de Max - velha conhecida dos fãs da série. Trata-se da melhor escolha para detonar tanques ou derrubar rapidamente um inimigo. Entretanto, é bom ter cautela, já que munição não é algo propriamente abundante nas Wastelands.
Mas também deve ser sábio tomar bastante cuidado com os seus (muitos) inimigos aqui, os quais, não tenha dúvida, também andam pesadamente armados. E há vários deles, alguns com muito pouco a perder - incluindo uma espécie de "caminhão-bomba" projetado unicamente para se espatifar contra o primeiro alvo que dê motivos para tanto. São esses momentos que tornam impraticável um estilo mais Destruction Derby de ser.
Parece fácil prever que o arpão de Max será capaz de protagonizar algumas das cenas mais épicas/violentas/divertidas/cômicas do novo Mad Max. Afinal, há muitas possibilidades aqui, embora no centro de todas elas esteja a visão particular do diretor Frank Rooke: os carros aqui são como cebolas.
"Acredito que nós descobrimos uma progressão interessante com o arpão", disse Rooke à GameInformer. "O carro é como uma cebola, e então você começa a tirar as suas capadas, uma por uma, e, conforme você faz isso, ele vai se tornando cada vez mais vulnerável."
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Além de arrancar partes da carroceria, também é possível disparar contra os motoristas, a fim de arrancá-los de dentro dos carros (muito elegante, sem dúvida). Para facilitar a sua vida, a Avalanche criou para esses momentos a tradicional câmera lenta - conferindo tempo suficiente para efetuar o melhor disparo possível.
Mas tudo sempre pode ficar um tanto mais apoteótico em Mad Max, certo? De fato, caso você queira arpoar com ainda mais "estilo", há também os "Thunderpoons"; a despeito do nome meio besta, disparar este arpão explosivo deve ser um raro deleite - realmente raro, já que há muito pouco destes nas Wastelands.
Diferentemente dos malucos que possam cruzar o seu caminho a fim de tentar roubá-lo, os comboios encontrados em Wastelands não tem como objetivo primário mandar Max e seu Magnum Opus pelos ares: eles simplesmente querem atravessar com suas cargas de forma segura... Mas suas valiosas cargas tornam complicado respeitar essa vontade. Além disso, derrubar o líder concederá status e mais poder de fogo ao seu veículo.
Mas comboios são incrivelmente organizados, e podem incluir até 12 veículos, todos devidamente preparados para defender o grupo. Atacando por trás, pela frente ou pelos lados, haverá sempre soldados prontos a frustrar os seus planos - além de lança-chamas e muitas e variadas bombas.
Além disso, os desenvolvedores garantem que atacar um comboio se torna rapidamente algo de grande dificuldade técnica e estratégica. Na verdade, mesmo que você desista do ataque e deixe a carga para o próximo caçador de recompensas, ainda assim, mesmo em fuga, você será perseguido por algum tempo, para garantir que não volte tão cedo. Via de regra? Prepare-se bem antes de abordar um comboio.
Embora o foco, digamos, veicular de Mad Max ainda fique no Magnum Opus, também deve ser possível catar qualquer lata-velha pelas Wastelands. Entretanto, há alguns pontos a observar. Primeiro, um carro qualquer capturado pelas rodovias dificilmente será tão bom quanto o Magnum Opus - na verdade, a maior parte não deve chegar nem perto.
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Além disso, para quem gosta de câmera em primeira pessoa, vale lembrar que as obras sobre rodas de Mad Max não são exatamente frutos de projetos de engenharia - de maneira que as cabines retorcidas e os para-brisas estreitos devem dificultar um tanto a tarefa. E, por fim, levar um carro capturado à safehouse mais próxima ainda concede uma valiosa fonte de ferro-velho.
Conforme reportou a GameInformer, há pelo menos mais três carros tão notáveis quanto o Magnum Opus de Max. Trata-se de três veículos raros, os intitulados HVV (High Value Vehicles, ou Veículos de Alto Valor), os quais apenas podem ser conquistados como prêmios em corridas... Sobra as quais, entretanto, a Avalanche não parece pronta para falar no momento.
É claro que, além dos combates veiculares, Max também deve ser capaz de se proteger com pancadas, facadas etc. Entretanto, é interessante ver a atenção que a Avalanche Software tem dado às guerras sobre rodas que, certamente, devem ocupar grande parte do seu tempo em Mad Max.
Após adiamentos e um período de silêncio, a chegada de Mad Max à oitava geração de consoles foi confirmada pela Warner Bros. para setembro de 2015, com lançamentos previstos para PlayStation 4 e PC.
