Um pouco mais de Rise of the Argonauts

#Notícia Publicado por Stanley_ipikis, em .

Acção e mitologia.

O caudal narrativo de Rise of the Argonauts tem as suas espias em terreno da mitologia grega. Na pele de Jason, Rei grego, começamos a aventura com a morte da nossa esposa, Alceme. Assassino morto, morte vingada, Jason descobre que há um artefacto que a pode trazer de volta à vida. Alceme é deixada num templo enquanto partimos a bordo do Argo, um navio mítico recém-construído, em busca de um mundo desconhecido e a fim de encontrar Golden Fleece, o artefacto que lhe poderá dar um segundo sopro de vida.

Apesar de recolher em si quase todo o protagonismo, Jason recruta os Argonauts para partilhar a aventura e os esforços. Grupo constituído por Hercules, Atalanta, Achilles e Pan, figuras míticas que o acompanharão e outras que se cruzarão com ele. As várias ilhas que compõem o jogo são o espelho de alguns deuses de então. Experimentando uma versão destinada à PlayStation 3, levamos Jason a passear pelo início da aventura. Para além da estória já relatada, aquilo que captou a nossa atenção foi o sistema de evolução da personagem.

Tratando-se de um Role Playing Game vocacionado para a acção, temos ao nosso dispor uma grelha com várias habilidades para serem desbloqueadas e agregadas ao esquema de luta da nossa personagem, assim como aos seus aliados. Porém, tirando partido da sua inspiração, Rise of Argonauts tem as suas habilidades divididas por quatro deuses: Ares, Hermes, Athena e Apollo. Cada um com a sua especialidade, competirá ao jogador escolher aquela que melhor se adequa ao seu estilo.

Outro aspecto crítico do jogo são as armas. Escudo, espada, lança e maço compõe o quarteto passível de ser melhorado com o passar do tempo. Durante a nossa estadia em Rise of the Argonauts foi-nos possível trocar de maço e até de túnica. Visualmente, sente-se um Jason a crescer enquanto guerreiro, todavia, a mecânica de jogo é repetitiva. Sala, grupo de inimigos; sala, grupo de inimigos, boss. Ã este exercício que os jogadores vão ter que repetir vezes sem conta. A monotonia é apenas quebrada pelos golpes especiais, algo que diverte os mais sedentos de violência nos primeiros encontros, mas que cai na repetição pouco tempo depois. Tal como havíamos dito, esperamos que no produto final a evolução mais aprofundada das armas e habilidades sirva, sobretudo, para variar a mecânica de jogo.

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Quando não está a lutar, Jason recorre a um sistema de diálogo parecido com o que já foi visto em Mass Effect, ou seja, encontrarmos uma NPC (Non Playable Character), interpelamos conversa e são-nos dadas várias hipóteses de resposta. Obviamente, parte penderá para o bem e outra parte para o mal. Dependendo das respostas dadas, espera-se que o jogo tome um de vários rumos possíveis, tal como acontece noutras entregas do género.

De tudo aquilo que nos foi dado a mostrar, o aspecto que inspira mais cuidados até o jogo ver a luz do dia na sua versão final é o técnico. Graficamente, vê-se que Rise of Argonauts parece mais um excelente jogo de PlayStation 2 do que um mediano de PlayStation 3. Texturas descosidas, personagens de feições mais quadradas do que o Cubo da Ribeira e, sobretudo, erros técnicos que nos permitem contar, a olho nu, os fotogramas do jogo. Rodar a câmara é sinónimo de inundar o ecrã com Screen Tear, leia-se, a parte de cima move-se de forma mais rápida ou mais lenta que a parte de baixo. Tudo isto é passível de ser remediado, infelizmente, a ausência de um mini-mapa é que parece descartada irremediavelmente. Se assim for, a exploração dos cenários será fortemente prejudicada, uma vez que, para acedermos ao mapa, temos que colocar o jogo em pausa, o que arruína o ritmo da aventura.

Resta-nos aguardar para ver quantas arestas é que a Liquid vai conseguir limar até o jogo chegar às prateleiras, algo que está planeado acontecer em Novembro mas que pode vir a transladar para Janeiro, segundo um recente rumor. Gostamos de voltar a ver a mitologia grega servir de tema a um Role Playing Game, contudo, o Unreal Engine 3 precisa de ser muito mais espremido para oferecer aos seguidores do género um jogo para ser lembrado.

Minotauros, Centauros, quem gostar de mitologia grega vai ter um fartote.

Stanley_ipikis
Stanley_ipikis
, Salvador, Bahia, Brasil
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