Brasileiro Co-fundador do Facebook é acusado de abandonar cidadania dos EUA para não pagar impostos
"NÃO VOLTE NUNCA MAIS" The Huffington Post demonstrou raiva pelo brasileiro co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin
IMAGEaHR0cHM6Ly9saDQuZ29vZ2xldXNlcmNvbnRlbnQuY29tLy16ekVBYU51OGZvSS9UN1dwSjZpempkSS9BQUFBQUFBQUljZy9xVF84NEJfTUFYby93NDk3LWgzNzMvNTYwNjYxXy5qcGc=
A renúncia à cidadania norte-americana por parte de Eduardo Saverin, um dos co-fundadores do Facebook, está a gerar polémica nos EUA por ter sido anunciada na véspera da empresa entrar em Bolsa.
A polémica surgiu no início desta semana, quando o brasileiro Eduardo Saverin anunciou a renúncia à cidadania norte-americana para obter o mesmo estatuto na Singapura, onde reside actualmente.
A decisão começou de imediato a ser criticada, pois há quem considere que o co-fundador da rede social, que está prestes a entrar em Bolsa, apenas quis abandonar a cidadania norte-americana para não ter de pagar milhões de dólares em impostos devido à entrada do Facebook em Bolsa, algo que deverá ocorrer dentro de poucos dias.
Eduardo Saverin já veio negar que essa era a sua intenção, em declarações ao New York Times, argumentando que apenas o fez por uma questões profissionais.
Na mesma entrevista o ex-colega de Mark Zuckerberg, que detém uma pequena quota na rede social e poderá ganhar vários milhares de milhões de dólares com a entrada da empresa em Bolsa, revela que pediu para renunciar à cidadania em Janeiro de 2011, muito antes de o Facebook ter anunciado a intenção de avançar com o processo de entrada em Bolsa.
Essa não é a opinião de dois senadores dos EUA, Charles Schumer e Bob Casey, que estão a preparar uma proposta de legislação destinada a evitar o que definem como «um esquema de evasão» fiscal, avança o Washington Post.
Segundo uma nota conjunta emitida pelos gabinetes dos dois senadores, citada pelo diário norte-americano, «os senadores vão considerar a decisão de Saverin um ultraje e apresentar um plano para voltar a impor os impostos sobre os expatriados como Saverin, mesmo depois de deixarem os EUA e passem a residir num país estrangeiro».
A proposta vai mais longe e prevê ainda que quem faça algo semelhante ao que o co-fundador do Facebook fez, possa vir a ser impedido de entrar em território norte-americano.
