Depois de ser atacado e condenado por várias pessoas, Moacyr Alves Jr, presidente da ACIGames, tenta corrigir o incidente, através do Twitter e Facebook. Mas o que nós podemos tirar disso?
IMAGEaHR0cDovL3d3dy5wb3AuY29tLmJyL2FycXVpdm9zL2EvYWNpL2FjaWdhbWVzLzUzMTAxMF9hY2lnYW1lc21vYWN5cmd3SU5qcGcuanBn
"Nós não temos nenhuma regulamentação pra uma mídia digital. Ou seja, aqui você pode baixar livremente Steam [...], só que é completamente ilegal. Por que? Porque você não paga imposto nenhum. [...] A primeira coisa que eu vou propor é justamente essa coisa de regulamentação [...] pra dar emprego pro pessoal aqui do Brasil, pra gerar imposto aqui no Brasil...". E foram com essas palavras - e um sorriso no rosto - que Moacyr Alves Jr, presidente da ACIGames, vendeu uma briga com muitos gamers.
Idealizador de projeto para diminuir os preços de games e consoles no país, e atual consultor do Governo Federal para assuntos relacionados a Jogos Eletrônicos e Conteúdos Digitais, Moacyr tem uma recente história de apoio e boa relação com os gamers. Não é exagero dizer que ele chegou ao Distrito Federal graças ao apoio dos gamers, após lançar o projeto de diminuir os preços de consoles e games. Mas parece que a relação de apoio e confiança dos gamers morreu e virou do avesso nesta semana.
TWhzUXpMaUR1Ujg=
A declaração de que pretende regulamentar e tributar o mercado de games digitais - como a Steam - caiu como uma bomba no meio gamer brasileiro. Gravada em 29/03/2012 pelos alunos do 5º semestre de Bacharelado em Audiovisual do Centro Universitário Senac, e divulgada no Youtube, a entrevista falava sobre a realidade do mercado digital no Brasil.
Ofensas e ameaças de morte típicas de fóruns de internet freqüentadas por crianças e pré-adolescentes, além de mensagens de repúdio dominaram a internet, e a página de Moacyr no Facebook e no Twitter seguiu caminho similar.
Moacyr, obviamente, não ficou inerte perante a repercussão da entrevista cedida e tentou corrigir e explicar melhor suas palavras:
No final da manhã dessa quarta-feira podiam ser encontrados as seguintes declarações, no Twitter de Moacyr: "Amigos fui mal interpretado mesmo, não pretendo e não vou propor nada contra Steam, não se preocupem" e "É realmente triste ver isso tudo distorcido, e levado a um nível totalmente desnecessário. Mesmo explicando alguns não querem entender".
Um dia antes, o já conhecido Guilherme Gamer já articulava com Moacyr, ainda no Twitter, um vídeo para explicar melhor a situação: "Galera falando mal pra caramba do @MoacyrAlves Assisti vários vídeos e vou falar com ele amanhã pra tirar essa história a limpo! Podexá!", seguido epla resposta de Moacyr: "@Guilherme_Gamer ok Guilherme, vamos por isso a limpo". Até o momento da publicação, o vídeo citado nessa conversa não foi publicado no Youtube.
NoTwitter também há uma promessa de um vídeo explicando a polêmica, para ser publicado ainda hoje, quarta-feira.
Já no Facebook, apenas uma declaração pode ser encontrada, tentando pôr um ponto final no caso: "Amigos por fim a isso, que acho que foi bem desgastante, para todos, fui mal interpretado, porque da forma que falei deixei dúvidas, teremos um pronunciamento oficial em breve, e não se preocupem não tenho intenção alguma de taxar Steam e nem pretendo fazer isso, o Steam é sem dúvida um ótimo serviço, que eu não sabia mas tem sim servidores no Brasil peço desculpas se deixei isso mal interpretado, sempre lutei pelos gamers e sermpre o farei. Abraços"
Não é a primeira vez que Moacyr faz declarações sobre regulamentar serviços como o da Steam. Segundo publicado pelo Arkade, a ACIGames, da qual Moacyr é presidente, já planejava "acabar com essa farra". Entretanto, não houve tanta repercussão como agora.
Há pouco, uma carta aberta da ACIGames, assinada pelo seu presidente, Moacyr Alves, tenta explicar o ocorrido. Você pode ler seu conteúdo completo clicando aqui.
E um pouco antes dessa polêmica estourar, no Youtube já acontecia movimento com contexto similar: o interesse pessoal e financeiro no meio gamer brasileiro, onde muitos canais começaram a surgir, em busca de parceria com o Machinima, gerando certa polêmica entre seus principais parceiros e canais menores.
Interessante ver como, tanto no caso Machinima/Youtube como neste caso Moacyr/Steam, a temática é a mesma: qual o real interesse de brasileiros que começam a mexer com dinheiro e games ao mesmo tempo? Um bem maior chamado "gamer"? Ou o saldo bancário no final do mês?
Da Redação
