Review Star Wars: The Old Republic - A Velha maneira BioWare de contar suas histórias

Antes de mais nada gostaria de salientar que este review não trará nenhum dado aprofundado sobre a história dos personagens/classes que testei para evitar ao máximo o número de spoilers sobre o jogo e deixá-lo ainda mais surpreendente quando vocês forem testá-lo ou mesmo jogá-lo, o objetivo aqui é mostrar a impressão com o jogo, como ele se saiu e qual o feedback que tive sobre ele.

Esclarecendo quaisquer dúvidas e/ou suposições de que sou 'fanboy' da série e do MMO, digo que realmente esperava muito essa chance de sentir como esse jogo funciona e é bom esclarecer uma coisa: quanto maior sua espectativa com o jogo, mais difícil é de você se sentir satisfeito com ele e mais difícil é de você se surpreender com ele, resumindo, quanto maior a espectativa, maior pode ser o desapontamento.

Enfim, vamos efetivamente ao nosso famigerado Review.

Começando pelo Princípio!

A primeira etapa é fazer o download do jogo, e preciso dizer que tive problemas nessa parte. Misteriosamente o Launcher decidiu baixar duas vezes o mesmo pacote, que por sinal era ENORME! No fórum do beta ví que não fui o único com esse tipo de problema e que os responsáveis pelo sistema já estavam averiguando o que teria causado tal erro no download.

Entrar no jogo não foi difícil, embora no primeiro dia logo após o início do programa tenha sido um verdadeiro desafio conseguir acessar os servidores, o problema se normalizou algumas horas depois, claro que muitas filas foram enfrentadas, mas é algo altamente normal se tratando de um beta em larga escala, afinal, é para isso que servem os testes, encontrar problemas e resolvê-los antes do grande lançamento.

Após conseguir o acesso, a criação do personagem foi bastante intuitiva e já nos primeiros passos da criação a BioWare disponibilizou os vídeos que mostram um pouco da história do jogo para o recém-usuário, isso é um ponto muito positivo, embora o jogo tenha sido feito claramente para fãs de Star Wars, você não precisa ser um para jogar, tudo é ensinado dentro do jogo, e isso começa já na criação do seu personagem.

As possibilidades de aparência não são infinitas, mas são satisfatórias, considerando claro que a BioWare preparou um dispositivo muito interessante para que suas escolhas/ações dentro do jogo mudem completamente sua aparência no decorrer da jornada, não consegui experimentar essa ferramenta até porque passei poucas horas jogando, mas o que vi foi altamente satisfatório, nada surpreendente e inovador, mas satisfatório.

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Senta que lá vem História!

Uma vez dentro do jogo sua jornada tem início. Após uma breve explicação sobre quem é você e que você fará dentro dessa temática (em um vídeo no maior estilo Star Wars), as coisas começam a mil por hora. Fiz um Imperial Agent para experimentar sua jogabilidade e acabei me surpreendendo com outro quesito: a história! É realmente muito detalhada e me surpreendeu muito, a ponto de pensar: a classe que eu escolhi meses antes de jogar realmente é a que quero ser? Jogar esse Beta me deixou com mais dúvidas do que respostas quanto aos caminhos que devo seguir.

Dentro da história destaca-se o mais importante dos fatores: Diálogos. Muitos acham que foi um disperdício de dinheiro criá-los e que poderia ter sido gasto com outro sistema, eu discordo, acompanhar os diálogos é uma maneira muito mais imersiva de se ambientar na história, o que já conhecemos de receber um texto como forma de quest mostra-se extremamente chato e ultrapassado depois de jogar SWTOR.

Existe claro, a opção de pular os diálogos, mas você estará perdendo uma essência do jogo! Argumentar que não sabe 'ouvir' a língua inglesa também não é cabível, além de poder habilitar legendas, a BioWare tomou um cuidado muito importante de fazer os diálogos bem pauseados sem perder a emoção do momento.

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A história como já disse é detalhada e poder fazer parte dela é importante, ao contrário do que conhecemos em muitos outros jogos onde você é obrigado a tomar as decisões pré-programadas pelos desenvolvedores, em SWTOR você tem a oportunidade de escolher outros caminhos, de escolher realmente o que você quer fazer, e não ter que aceitar uma escolha que na sua concepção é errada.

O mais interessante é que você começa desde o primeiro minuto do jogo, mal sabendo os comandos básicos, tendo que fazer decisões importantes que vão influenciar a história inteira do seu personagem, você realmente se sente dentro da galáxia de Star Wars, naquele momento em que estava jogando, eu me sentia um próprio Agente da CIA dentro de uma temática SCI-FI futurista, eu era um Imperial Agent e ai de quem afirmasse que não!

Outro ponto a ser elogiado são os famigerados Flashpoints, as famosas Dungeons de Star Wars: The Old Republic, que não fogem à regra de excelentes e envolventes histórias, mas o que realmente interfere dentro da modalidade são sem dúvidas as escolhas que você pode realizar dentro da progressão, escolhas essas que afetam absolutamente TUDO dentro do jogo, desde os mobs que você vai enfrentar, até os personagens mais complexos e difíceis (boss).

Mas o que trás de real benefício ao jogo esse poder de escolha dentro de um Flashpoint? Simples, básicamente o deixa muito mais interativo e imersivo, além de dar uma vida muito mais longa para uma história, isso porque é basicamente impossível você não querer jogar uma segunda ou terceira vez o mesmo Flashpoint para saber o que iria acontecer acaso a escolha no início da jornada fosse diferente, qual seria essa nova história, o que aconteceria? A vontade é muito grande! Fiquei com vontade de jogar mesma Flashpoint várias vezes, infelizmente por questão do tempo tive que me conter com apenas uma, mas com certeza vou experimentar mais vezes após o lançamento.

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Mas com toda essa animação quanto aos diálogos surge uma dúvida entre muitos usuários: preciso saber Inglês para jogar? Resumidamente: Sim, mas um Inglês mediano já dara conta de 70% do recado, além de que você não deve tomar isso como uma obrigação: "Tenho que aprender Inglês", mas sim como uma ótima oportunidade para aprender se divertindo!

Uma mão amiga torna-se fundamental

Outro ponto muito interessante em Star Wars: The Old Republic são os companions, sinceramente, não sei como outra desenvolvedora não teve a brilhante ideia de incorporar isso em um MMO. Isso já é marca da BioWare em outros jogos, Mass Effect e Dragon Age que o digam, mas a decisão de utilizar esse mecanismo e suas funções no SWTOR foi brilhante.

Além de um simples companheiro que você joga conversa fora para conhecê-lo melhor ou firmar fortes relações, ele é fundamental para outras ações básicas que são chatas e cansativas de você fazer, por exemplo juntar os itens que caíram com o mob que você matou, eu realmente acho um porre ter que ir de corpo em corpo juntando tudo, com meu parceiro do lado fica muito mais dinâmico, eu mato o mob e ele vai atrás do loot por mim.

Fora o fato de colher o loot por você, ele também se torna muito importante no próprio combate dentro do jogo, a ajuda é essencial em muitos casos. O crafting foi pouco explorado nesse meu momento de testes, mas se seguir a tendência do que vi nesse sistema de companheiros, deve estar igualmente incrível.

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No maior estilo Guerra nas Estrelas

O combate em Star Wars é diferente do que jamais vi em outro MMO, infelizmente não tive oportunidade para testar nenhum Warzone, portanto minha análise será bem superficial, era tanta coisa para ver, para experimentar em tão pouco tempo, estava centrado demais da história do meu personagem para querer sair dela e lutar contra um simples bando de Jedi, mesmo porque embora aprecie o PvP, meu grande foco é realmente o PvE.

Mas contra os próprios mobs você vê a diferença dentro do jogo, o combate é mais lento, mas os movimentos estão muito intuitivos e os sistemas novos (como o de cobertura do IA e Smuggler) realmente funcionam e deixam ainda mais interativo e emocionante as lutas. Outro ponto de bastante observação é a falta do auto-ataque, por mais simples que o golpe seja, você precisa comandar o seu personagem, para muitos parece algo irritante, mas eu realmente gostei dessa escolha, o combate fica mais difícil e ainda mais 'real'.

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Sons e Aparências

Falar que as músicas dos filmes de Star Wars são sensacionais é redundância, o que presenciamos em SWTOR é exatamente a mesma coisa dos filmes, a música empolga, te coloca dentro da história e dá aquela injeção de ânimo em tarefas difíceis de serem cumpridas, e não somente no fundo musical, os efeitos durante as cenas de combate também são ótimos, as explosões, os tiros de Blaster… Tudo deixa a experiência ainda mais cinematográfica.

Outro fato que foi muito trabalhado pela BioWare são os detalhes nos mapas, quando eles anunciaram que os mapas seriam enormes e que somente a capital Republicana seria comparável em tamanho com mapas inteiros de outros jogos MMORPG eu fiquei realmente com o pé atrás, essa grandeza nos mapas poderia fatalmente estragar o conteúdo do jogo, com áreas vazias e sem sentido somente para dar sentido ao "Meu jogo é maior que o seu e mimimi".

Mas o que vi em Star Wars: The Old Republic foi diferente do que esperava, os mapas estão com um acabamento incrível, os detalhes foram meticulosamente calculados e, por maiores que sejam os planetas e maiores que sejam as distâncias para completar uma quest, você não se sente perdendo tempo em andar as longas peregrinações, é tudo corretamente povoado e visualmente bonito e a história por trás daquela quest que você está fazendo também ajuda a manter sua perseverância em continuar a caminhar e alcançar o objetivo.

O último ponto neste quesito são os próprios gráficos do jogo, há quem diga que gráfico cartunizado é ruim e feio, eu não acho, muito por ser uma fórmula excente. Juntar gráficos agradáveis e bonitos sem serem pesados. Claro que SWTOR nem se compara a BattleField 3 em gráficos, mas nem precisa! A proposta é fazer um jogo que todos possam jogar, independente de ter um computador da NASA ou um simples Desktop, é um jogo acessível e bonito em suas condições.

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Tudo tem seu ponto fraco

O jogo peca, e muito, em um quesito quase que fundamental para um bom MMO, a sua interface é horrível! Altamente bagunçada e pouco intuitiva é realmente a pior parte do jogo que presenciei no teste, o chat é ruim e a organização na tela idem, a BioWare precisa (e espero que irá) modificar esse quesito, sinceramente é uma das piores interfaces que já utilizei em um MMORPG.

Mas também nem tudo nela é ruim, destaque para o "Codex", uma área onde você pode ler a LORE de elementos do jogo (como personagens, criaturas, etc) que você já presenciou, isso ajuda bastante se você esquecer quem era determinado personagem caso ele volte a aparecer em um futuro longícuo.

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Concluindo o inconclusível

O que eu concluí com esses dois dias de testes? Difícil dizer. Minha conclusão foi de quem não concluiu nada, muito pelo contrário, fiquei ainda com mais dúvidas em relação ao meu personagem, a minha classe e qual será meu real foco no jogo. A parte boa fica pelo fato de que, se eu estava ansioso pelo jogo e com espectativas elevadíssimas, com certeza agora estou com o dobro! Não me contentei com tão pouco tempo de jogo, quero mais!

Como uma retrospectiva final, SWTOR segue a velha (e boa!) maneira BioWare de contar suas histórias, com o jogador participando, se sentindo psicológicamente dentro do jogo, mesmo fisicamente fora. Um ótimo enredo com uma ótima maneira de contá-lo, isso é Star Wars: The Old Republic, um jogo que faz jus ao sucesso de seu tema-base e que veio para disputar e ficar no mercado como um dos grandes MMORPG, quiçá para ultrapassar os já ultrapassados grandes nomes atuais.

No conjunto da obra posso dizer que este jogo é épico, ainda mais para grandes fãs de Star Wars.

Pontos Positivos: História, Companions, Combate, Acabamento.

Pontos Negativos: Interface.