Após deixar a Tango Gameworks, a desenvolvedora Ikumi Nakamura, a qual ganhou fama por sua apresentação na E3, acabou abrindo seu próprio estúdio, o Unseen Inc. Como seu primeiro projeto, a equipe está trabalhando em KEMURI, um jogo cooperativo PvE em terceira pessoa onde os jogadores irão se reunir para caçar yokais.
Em uma recente entrevista com o portal GamesRadar+, a desenvolvedora comentou a respeito das suas ideias para KEMURI. Para ela, esse é o seu projeto mais desejado, algo que já desejava fazer desde seus tempos de adolescente e cita como seu "sonho de otaku".
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O conceito de um projeto como esse está fermentando em minha mente desde os tempos do ensino médio. Na verdade, ainda mais cedo do que isso. Para ser sincera, é como o culminar dos sonhos da minha era otaku, uma iniciativa que dá vida a essas aspirações de longa data. Embora o meu fascínio pelo misterioso e sobrenatural possa ter influenciado o meu trabalho, KEMURI apresenta uma oportunidade única na minha carreira, divergindo dos meus esforços anteriores.
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Para KEMURI, a desenvolvedora espera criar algo que seja realmente grandioso e absurdo, misturando comédia com momentos mais pesados, tudo com uma arte estilizada, algo que Ikumi sempre foi fã desde sua época trabalhando em Okami.
Okami continua sendo uma das experiências mais memoráveis da minha carreira, e sempre tive a intenção de me desafiar com representações estilizadas. Minha intenção é criar um jogo com a minha experiência que seja misteriosa e de outro mundo. De alguma forma, esquecemos histórias antigas, perdemos nossas crenças e a sensação de mistério. Imagine uma mistura de absurdo, grandiosidade e comédia colidindo com a seriedade, tudo embrulhado em um pacote de positividade e negatividade. Dentro desta mistura caótica, há sempre espaço para piadas e momentos emocionantes que ultrapassam os limites do inesperado. No entanto, neste mundo, eles persistem como uma presença inesgotável entre nós.
Comentando sobre sua saída da Tango, a desenvolvedora deixou o estúdio no meio do desenvolvimento de Ghostwire: Tokyo, no qual estava atuando como diretora criativa. Embora sinta como se tivesse deixado um filho para trás para ser criado por outras pessoas, ela sentiu que essa foi a melhor decisão para não estragar sua paixão como artista.
Quanto a Ghostwire: Tokyo, é algo que eu realmente tive que deixar no meio. Foi como dar à luz uma criança e depois confiar a outra pessoa a criação, o que é uma situação difícil. Meu real sentimento era que eu também queria criar o filho, mas havia certas situações que não me permitiam fazer isso. Embora esta criança tivesse apenas quatro anos, sua personalidade e individualidade já estavam tomando forma. Assim, mesmo sem uma mãe como eu por perto, eu poderia confiá-los à equipe e considerar o resultado como o adulto que eles se tornarão. Compreendi que, ao delegar minhas responsabilidades e passar para a próxima etapa, diminui o risco de estagnação da minha paixão como artista. Era hora de abraçar a mudança e seguir em frente.
KEMURI ainda não possui data de lançamento ou plataformas anunciadas.