Já encontrou as respostas que procurava, Agente Dark?
Como todos sabemos, a Microsoft andou revivendo algumas velhas franquias que estavam sumidas nos últimos anos. Com o anúncio de Fable e Psychonauts 2, além das suas aquisições de estúdios para o Xbox, a empresa está se mostrando muito promissora com o futuro de sua plataforma nessa geração.
Diferente do que muitos esperavam, o The Game Awards 2020 não foi um evento tão empolgante quanto aos anúncios - ao menos em questão a anúncios grandes - mas logo no início tivemos uma pequena surpresa que nos deixou muito empolgados. Sim, estou falando de Joanna Dark, de Perfect Dark.
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No início do trailer fomos surpreendidos, pois foi a primeira aparição do projeto da The Initiative, um estúdio até então misterioso que a Microsoft havia criado do zero, mas que se mostra muito promissor devido a quantidade de veteranos que fazem parte do time - e são profissionais de empresas como Naughty Dog, BioWare, Rockstar, Bungie, e o seu chefe Darrell Gallagher, um ex-membro da Crystal Dynamics.
Muitos podem ter conhecido Perfect Dark somente em seu anúncio em Dezembro do ano passado, mas na verdade a franquia começou bem antes, tendo seu primeiro título no glorioso Nintendo 64, na época sendo desenvolvido pela Rare. Infelizmente, Perfect Dark foi de certa forma desconhecido em sua época devido ao sucesso de Goldeneye 007, um dos mais aclamados FPS de todos os tempos, este também desenvolvido pela Rare.
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Mas, apesar de não ter feito tanto sucesso quanto 007, Perfect Dark agradou muitos jogadores e também a "mídia especializada", tendo uma incrível nota 97 no Metacritic.
Mas relaxem que eu vou explicar com mais detalhes a historia desta excelente franquia que será revivida na nova geração, depois de 16 anos desde seu último título.
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Perfect Dark como eu disse, foi um game desenvolvido pela Rare e lançado para o Nintendo 64, em 22 de Maio de 2000. Ele muitas vezes é descrito como uma "continuação" de Goldeneye 007 devido as suas semelhanças, apesar de James Bond não aparecer em momento algum no game. Devido ao ano em que o game foi lançado, ele não fez o sucesso que devia, afinal, o Nintendo 64 já vinha "perdendo força" no mercado por causa do lançamento do PlayStation 2. Mas apesar de seu lançamento num final de geração, o game vendeu 2 milhões de cópias no mundo todo.
Várias melhorias foram incluídas no game em relação a 007, como uma engine melhorada, uma segunda função para cada arma do jogo (além de um arsenal maior), a habilidade de pular e cair de parapeitos, um sistema de iluminação melhorado (permitindo que as salas fossem iluminadas ao atirar no escuro), e a possibilidade de desarmar inimigos ou atirar em suas armas para que elas saiam voando e eles precisem te encarar no soco, etc. Outro avanço significativo foi a inclusão de robôs de níveis diversos que podem enfrentar o jogador no multiplayer. Os inimigos, a cada nova missão, têm as cabeças trocadas aleatoriamente, como em GoldenEye 007, mas em Perfect Dark suas alturas também variam. Todos esses novos avanços requerem mais memória RAM, por isso é necessário o Expansion Pak (que acrescenta 4MB de memória) para aproveitar o jogo ao máximo.
Inclusive, a Digital Foundry já fez uma análise de ambos os games em um vídeo, detalhando seus aspectos e melhorias.
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Agora, para o enredo
No ano 2023, Dr. Carroll entrou em contato com o Instituto Carrington para que alguém fosse resgatá-lo. Quando Joanna, nossa protagonista, adentra o extenso e complexo laboratório, escondido sob o arranha-céu da dataDyne, e finalmente encontra o Dr. Carol, descobre que ele não é nada mais do que uma inteligência artificial. Dois dias depois da operação ser finalizada, Daniel Carrington (o fundador do Instituto Carrington) e Dr. Carroll, estão na vila particular de Daniel discutindo sobre os planos da dataDyne quando o local é atacado por forças inimigas. Carringon é feito refém no porão da mansão e o computador, Dr. Carroll, é levado de volta para a dataDyne.
Depois de resgatar Daniel Carrington, Joanna tem que viajar à cidade de Chicago, e lá grava uma conversa realizada entre Cassandra de Vries, Trent Easton - chefe da Agência Nacional de Segurança - e um homem escandinavo chamado Mr. Blonde. Eles estão tramando contra o governo americano, discutindo uma maneira de substituir o presidente, por um clone que siga suas ordens. Joanna também recupera o programa de computador que contém a matriz emocional de Dr. Carrol - o computador dotado de inteligência artificial. Depois de retornar de Chicago, Joanna é designada para uma missão em que deve se infiltrar na Área 51, onde vários alienígenas da raça Maian estão presos. Lá, ela conhece Elvis, segurança do embaixador da raça Maian na Terra, e os dois conseguem escapar com a ajuda de Jonathan, outro agente do Instituto Carrington.
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Depois de deixar a Área 51, Joanna fica sabendo do acordo entre a dataDyne e os Skedar - raça alienígena de guerreiros e inimigos mortais dos Maian -, acordo que consiste em troca de tecnologias de ambas as partes. Os Skedar pretendem ter acesso a uma nave que está escondida sob o Oceano Pacífico, que contém uma poderosa arma. Devido à profundidade que esta nave se encontra, a dataDyne precisará de um submarino, chamado Pelagic II, que está em poder da Marinha Americana, e para conseguir cumprir seu objetivo eles desejam substituir o presidente por um clone que faça o que eles desejam. Joanna infiltra-se numa base aérea no Alaska para subir a bordo do avião presidencial americano Air Force One. Disfarçada de aeromoça, ela consegue chegar até o aposento presidencial no avião e conta-lhe tudo sobre a trama da dataDyne, dos Skedar, e do envolvimento de Trent. Neste momento uma nave Skedar se acopla a aeronave presidencial, e ocorre um feroz assalto alienígena. Joanna escolta o presidente até uma sonda de escape na traseira do avião, momentos antes da aeronave perder o controle e cair no meio da tundra, no Alaska.
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Bom, acho que isso foi o suficiente pra despertar seu interesse em Perfect Dark. Mas, caso não tenha sido, você pode ler a historia completa no Fandom do game.
Quanto a problemas ou coisas removidas, havia inicialmente uma característica extra no jogo antes de ser lançado, que foi apagada na versão final: Perfect Face. Com esse atributo, podia-se tirar uma foto do próprio rosto e passá-lo para o jogo através de um Transfer Pak e de um Game Boy Camera. Quando perguntaram por que esse recurso não foi mantido no lançamento do jogo, os desenvolvedores da Rare disseram que essa medida podia incitar a violência.
Um pouco sobre a Agente Dark
Joanna Dark é a principal agente secreta do Instituto Carrington, especializada em combate, espionagem e operações secretas. Ela começou como agente de segurança com seu pai, Jack Dark, na agência Dark Bail Bonds. Ela começa a trabalhar no Instituto logo após os eventos de Perfect Dark Zero (game que eu falarei mais pra frente). Seu desempenho impecável no treinamento lhe valeu o indicativo de "Perfect Dark". Sua mãe morreu em seu nascimento, e isso fez com que Jack desse a ela uma vida difícil.
Aos 7, o pai de Joanna começou a ensiná-la a lutar, incluindo como usar armas de fogo. Jack era um caçador de recompensas e levou Joanna com ele para rastrear criminosos pelo mundo. Ela frequentou brevemente uma escola americana em Pequim, China, mas foi expulsa após hospitalizar outro aluno após um incidente de bullying. Quando adolescente, Joanna não ajudava Jack diretamente em suas missões. Ela apenas fazia manutenção de armas, fornecia assistência secundária e treinava nos sistemas HoloMan e DeathMatch VR.
Agora o tópico que não pode faltar
Sim, a trilha sonora. Eu vou ser simples e direto agora: só ouçam.
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Perfect Dark Zero
O desenvolvimento do próximo game havia começado para o Nintendo GameCube, já que na época a Nintendo tinha 49% de participação na Rare, fazendo dela um estúdio terceirizado da empresa. O jogo fez uma pequena aparição no Spaceworld 2000, um evento exclusivo da Nintendo, mas, além da confirmação de que estava em desenvolvimento, poucos anúncios oficiais foram feitos.
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O novo Perfect Dark, junto com vários outros jogos Rare, foi planejado para ser concluído a tempo para o lançamento do Gamecube, mas por razões desconhecidas isso não aconteceu.
Até que então, em Setembro de 2002 a Microsoft deu as caras e comprou a Rare por $375 milhões de dólares, haja money em. Na mesma época, a Rare divulgou várias imagens de Joanna Dark, a protagonista dos jogos. O estilo "cartoon" dessas imagens incitou especulações de que o jogo final - então planejado para o Xbox Clássico - empregaria um estilo gráfico menos realista do que o jogo original, possivelmente um estilo anime com a técnica de cell-shading.
O desenvolvimento do título foi posteriormente transferido para o Xbox 360. O designer sênior de Perfect Dark Zero, Chris Tilston (também um dos líderes do projeto para o jogo) revelou mais tarde que a versão para Xbox estava "a cerca de doze meses" de ser concluída quando a troca ocorreu.
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Em 2005, a campanha de marketing viral da OurColony para o próximo Xbox foi uma imagem de Joanna Dark. Na revelação oficial do Xbox 360 em 12 de Maio de 2005, foi revelado que Perfect Dark Zero seria um título de lançamento para o novo sistema no outono de 2005. O desenvolvimento do jogo, no total, abrangeu três plataformas: o Nintendo GameCube, o Xbox Clássico e Xbox 360.
O desenvolvimento final para o 360 foi muito apressado, com a Rare tendo uma sensação de que quando a build final foi enviada à Microsoft para certificação, a build tinha tantos bugs que não deveriam ter passado. A ordem foi dada para produzir os discos cinco dias antes da conclusão da certificação da Microsoft, para atender à data de lançamento do Xbox 360.
Perfect Dark Zero foi lançado em duas formas: a versão padrão e uma edição de colecionador limitada. A edição de colecionador traz um segundo disco de conteúdo, uma caixa de jogo de black metal, imagens da equipe e da maioria dos testadores internos que deram uma olhada nos bastidores da Rare, uma revista em quadrinhos ambientada no universo de Perfect Dark, que define a cena do jogo e uma das nove cartas colecionáveis holográficas.
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O enredo da vez
Perfect Dark Zero é um prequel, se passando no ano de 2020, onde uma grande porcentagem do mundo é controlada por corporações (algo que notamos no trailer do novo Perfect Dark, da The Initiative). A mais notável delas é a dataDyne, dirigida por Zhang Li, e o Instituto Carrington, dirigido por Daniel Carrington, lugares onde Joanna trabalha no primeiro game. Dessa vez também temos Chandra Sekhar, que auxilia Joanna e seu pai. A equipe está atrás de Nathan Zeigler, um pesquisador independente que foi capturado por um líder da tríade de Hong Kong chamado Killian.
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Joanna e seu pai resgatam Zeigler, mas Killian consegue escapar. Zeigler explica que Killian estava tentando obter sua pesquisa, que contém informações sobre uma arma perigosa. Como Zeigler se recusa a ir a qualquer lugar sem sua pesquisa, Joanna é enviada para recuperá-la de uma caixa em um esconderijo próximo. Zeigler então pega um dispositivo chamado neurodrive da caixa e o usa para implantar seus dados de pesquisa na mente de Jack. Antes de morrer devido aos ferimentos causados por Killian, Zeigler diz a Joanna e a seu pai que eles devem encontrar um cientista chamado Dr. Eustace Carroll.
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Ao tentar escapar, Joanna e Jack são atacados por uma equipe de assalto dataDyne ajudada por Killian em um dropship. Joanna consegue matar Killian e escapar com Chandra, mas Jack é capturado pela dataDyne. Joanna descobre que seu pai foi levado para uma mansão na China, onde Zhang Li mora. Ela se infiltra na mansão e encontra seu pai em uma cela. Ele foi torturado e começa a falar palavras sem sentido com ela, um efeito colateral do neurodrive. Os dois lutam para sair do complexo, mas sua extração é interrompida pela filha de Zhang Li, Mai Hem, que mata Jack antes que Joanna escape em um hovercraft. Joanna e Chandra decidem seguir a liderança de Zeigler e procurar o Dr. Caroll, que trabalha a bordo de uma plataforma de pesquisa no Oceano Pacífico. Ao se encontrar com Joanna, Dr. Caroll usa um neurodrive para extrair os dados de Zeigler da memória de Joanna, que ela ganhou ao resgatar seu pai. Chandra então atira em Dr. Caroll, revelando que ela decidiu ingressar na dataDyne porque Zhang Li havia lhe feito uma grande oferta. Uma equipe de agentes do Instituto Carrington salva Joanna, mas Chandra acaba escapando com os dados.
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Quando Joanna concorda em se juntar ao Instituto Carrington para impedir a dataDyne, Carrington explica que Zeigler estava trabalhando em um algoritmo capaz de decodificar glifos extraterrestres em uma escavação na América do Sul. Viajando para o Peru, Joanna descobre que os glifos estão levando dataDyne a procurar um artefato antigo que atua como uma fonte de energia para o Graal, um dispositivo que concede aos indivíduos poderes sobre-humanos. Joanna planta um dispositivo de rastreamento no artefato antes de entrar furtivamente a bordo de um dropship. O módulo de transporte a leva para a África, onde Zhang Li localizou o Graal enterrado sob as areias. Enquanto o Instituto Carrington inicia uma ofensiva no dataDyne, Joanna resgata vários agentes do antes de vingar a morte de seu pai matando Mai Hem. Ela então se infiltra em uma arena e enfrenta Zhang Li, que despacha Chandra após usar o Graal.
O enredo, falando pessoalmente, é um pouco inferior e fraco se comparado ao primeiro game. Além de que, Halo era um dos maiores sucessos dos videogames na época e tinha uma historia excelente, seria difícil que Perfect Dark Zero o superasse nesse quesito.
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Recepção
Bom, depois de Perfect Dark ter sido um dos maiores games do Nintendo 64, todos estavam esperando uma sequência que fosse ainda melhor, afinal eram 2 gerações depois. No geral, muitos se decepcionaram com o que saiu de Perfect Dark Zero, principalmente por não ter sido uma evolução para os FPS como o primeiro foi. Apesar disso, o game teve excelentes notas de vários portais, como por exemplo a GameSpot e a GamePro, que avaliaram o game como 9/10 e 4/5, respectivamente.
Atualmente, o game se encontra com uma nota de 81 no Metacritic.
Acho que agora vocês já conhecem bem toda a franquia, e espero que vocês possam ter se interessado a conhecer os dois games enquanto esperamos pelo novo.
E vocês, o que esperam do novo Perfect Dark?
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Enquanto isso, deem uma chance a essa excelente franquia. Para os fãs de games clássicos, é só baixar um emulador de N64 aí e aproveitar, recomendo o Project 64. Como sei que muitos não gostam dessa jogabilidade que Perfect Dark e Goldeneye usam, recomendo também baixar esse emulador modificado que permite que esses 2 jogos sejam jogados perfeitamente usando o mouse+teclado.
Para quem não é muito fã de games tão antigos, Perfect Dark e Perfect Dark Zero também estão disponíveis em versões melhoradas no Rare Replay, para o Xbox One.
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There's nothing wrong with having a tree videogame as a friend - Bob Ross
Fã de games em geral, mas meu estilo favorito é sempre o bom RPG. Meus jogos favoritos são Metal Gear Solid 3, Disco Elysium, e Red Dead Redemption.
Crente de Tarantino e devoto de From Software.