Death Stranding foi inspirado pelos sentimentos de solidão do Kojima
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Death Stranding é um jogo bem estranho. Não apenas por causa de sua história bizarra com muitas reviravoltas, mas também por ser um jogo cheio de interação através de likes e estruturas, mas que às vezes parece ser quase insuportavelmente solitário. Isso com certeza faz parte da atmosfera do jogo, e é algo pessoal para o criador e diretor do jogo, Hideo Kojima.
Em uma entrevista ao site francês Telerama, Kojima falou sobre vários aspectos do jogo e de sua vida. A solidão de Death Stranding foi criada pelas próprias lutas de Kojima com a depressão, solidão, e sua incapacidade de às vezes se relacionar com as pessoas ao seu redor quando era jovem.
Quando criança, senti - e ainda sinto um pouco hoje - a solidão, e lutei para expressá-la aos meus amigos. Era algo que não era dito, e eu não acho que eles teriam realmente entendido. Eu me sentia uma pessoa estranha, um pouco como Travis Bickle em Taxi Driver. Eu me identifiquei com o personagem do filme de Scorsese, e o fato de um cara em Nova York poder ser sufocado pelos sentimentos que eu estava experimentando me ajudou muito. Percebi que não estava doente, apenas ligado a outras pessoas através de um tipo de conexão melancólica específica à condição humana.
Kojima sempre foi um autor, com sua visão obviamente surgindo em praticamente qualquer coisa que ele faz. Enquanto a série Metal Gear Solid flertava com o desapego, nada chegava no nível do que Death Stranding fez.