Em áudios vazados, Zuckerberg diz que vai 'lutar' se EUA quiserem dividir empresas de tecnologia

#Notícia Publicado por okardec, em .

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Presidente do Facebook citou candidata democrata à presidência dos EUA, Elizabeth Warren, que tem projeto de dividir gigantes do setor.

O portal The Verge teve acesso a áudios exclusivos de uma reunião semanal entre o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e funcionários da empresa.

O executivo fala sobre a preocupação de regulação das empresas de tecnologia, uma das principais pautas da candidata democrata ao governo dos Estados Unidos, Elizabeth Warren.

Ele também falou de concorrentes, da criptomoeda Libra e de interfaces neurais de computação. Essas conversas são parte de uma sessão semanal que Zuckerberg mantém com os funcionários da empresa.

Candidata democrata e regulação das empresas

Warren é atualmente senadora e está entre as principais concorrentes nas primárias do partido Democrata, que vão decidir quem será o candidato a desafiar o presidente Donald Trump nas eleições de 2020.

Ela tem uma proposta, chamada de "Break Up Big Tech", que prevê instaurar regulações sobre as empresas de tecnologia, que impeçam que elas sejam tão grandes como são atualmente. Segundo Warren, essas companhias têm muito poder em nossas economias, sociedade e democracia. Elas também seriam nocivas a competidores e usam informações privadas para lucro.

"Você tem alguém como Elizabeth Warren, que acha que a resposta correta é dividir as companhias. Se ela for eleita presidente, então eu aposto que nós teremos um desafio legal à frente, e eu aposto que nós venceremos o desafio legal. E isso ainda é ruim pra gente? Sim. Eu não quero entrar num processo jurídico enorme contra o nosso próprio governo. Essa não é a posição que você quer estar."

Mas, olha, no final do dia, se alguém ameaça algo tão existencial, você entra no ringue e luta", afirmou Zuckerberg.

Em uma resposta publicada no Twitter, Warren afirmou que "o que seria realmente 'ruim' é se nós não consertarmos o sistema corrupto que permite que empresas gigantes, como o Facebook, possam manter práticas anticompetitivas ilegais, pisar em direitos de privacidade dos consumidores e repetidamente faltarem com responsabilidade para proteger nossa democracia"

Usuários tem estado cada vez mais preocupados com a dimensão que essas empresas têm na privacidade. Elas tentam responder às demandas, mas esbarram no próprio modelo de negócio.

Twitter e investimento em segurança

Segundo o executivo, dividir essas empresas em acusações anti-truste, sejam Facebook, Google, Amazon, não vai resolver o problema. "Isso não faz a interferência em eleições menos provável. Isso faz com que isso seja ainda mais provável, porque as empresas não vão se coordenar e trabalhar juntas".

Zuckerberg ainda usou o Twitter como exemplo, dizendo que a empresa, por ser menor do que as outras gigantes, teria dificuldades em resolver problemas de segurança em sua plataforma.

"É por isso que o Twitter não consegue fazer um trabalho tão bom quanto nós fazemos. Quero dizer, eles enfrentam, qualitativamente, os mesmos tipos de problemas. Mas não conseguem arcar com o investimento. Nosso investimento em segurança é maior que todo o faturamento deles", disse Zuckerberg, em meio a risos.

Em sua conta no Facebook, Zuckerberg se posicionou sobre o vazamento. Ele disse que os áudios fazem parte de uma sessão de perguntas e respostas cujo intuito era ser privada e não publica.

"Agora que está aí, vocês podem ver, se tiverem interesse em uma versão sem filtros, o que eu penso e estou dizendo para os funcionários em um conjunto de tópicos como responsabilidade social, regulação de empresas de tecnologia, [a criptomoeda] Libra, interfaces neurais de computação e fazer a coisa certa, no longo prazo", escreveu.

Audiências em outros países

O executivo ainda falou por que se recusa a ir a audiências sobre interferência política em outros governos.

"Eu não vou ir a cada uma das audiências ao redor do mundo. Um monte de gente quer fazer isso. Quando os problemas relativos à Cambridge Analytica surgiram no ano passado, eu fui a audiência nos EUA. Eu fui a audiências na União Europeia", afirmou

"Apenas não faz sentido pra mim ir a audiências em cada um dos países que quer que eu apareça lá".

Concorrência com TikTok

A rede social chinesa TikTok, muito popular entre adolescentes, também foi tema das conversas. Zuckerberg confirmou que o Facebook está preocupado em concorrer com o TikTok, que vem ganhando grande número de usuários.

"Nós temos um produto chamado Lasso que é um aplicativo independente em que estamos trabalhando, tentando encaixar o produto em países como o México. [...] Queremos ver primeiro se conseguimos fazer isso dar certo em países onde o TikTok não é tão grande antes de competir em países onde eles já são grandes".

O Facebook já havia competido com redes sociais em ascensão antes, como o Snapchat. Para lidar com a concorrente, o Facebook incorporou stories em todos os seus produtos: Facebook, Instagram, WhatsApp.

A equipe jurídica do Snapchat, segundo o jornal "The Wall Street Journal", manteve durante anos um dossiê detalhando as tentativas do Facebook de prejudicar os negócios da companhia. O documento ficou conhecido como "Projeto Voldemort", em referência ao vilão da saga "Harry Potter"

Allan Kardec
Allan Kardec #okardec

O homem certo no lugar errado, pode mudar o Mundo!

, Luziânia, GO, Brasil
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