Sistema sonoro, tão potente que pode matar seres humanos, está sendo usado em pesquisas com satélites
IMAGEaHR0cDovL3d3dy5qb3JuYWxjaWVuY2lhLmNvbS9pbWFnZXMvRm90b3MvMjAxNC9GZXZlcmVpcm8vVGVjbm9sb2dpYS9EaXZlcnNvcy8wMDkuanBn
O enorme megafone da Agência Espacial Europeia (ESA) faz parte do mais poderoso sistema de som da Europa.
Entretanto, de acordo com a agência, nenhum ser humano pode sobreviver se ouvi-lo enquanto ele está ligado em seu volume máximo. Por isso, a enorme máquina, que é usada para explodir satélites e naves espaciais com som, é trancada em uma sala de paredes extremamente reforçadas.
O projeto acústico da ESA, chamado de Leaf, é usado para sujeitar satélites ao mesmo nível de ruído que um foguete faz quando ele decola e atravessa toda a atmosfera. A máquina está localizada no centro de testes da ESA e ESTEC, onde há uma coleção de equipamentos de simulação de voo espacial, em Noordwijk, na Holanda.
Qualquer som acima de 85 decibéis pode causar perda (mesmo que parcial) de audição em pessoas e o limiar de dor está entre 120 e 130 decibéis. Um alto-falante de 400.000 watts usado em concertos de rock pode gerar aproximadamente 135 decibéis de ruído. Teoricamente, fogos de artifício e tiros podem criar um escalonamento de 145 decibéis, e, caso a pessoa seja exposta diretamente a esse tipo de ruído, podem existir lesões importantes. A chamada baleia azul atinge níveis de até 188 decibéis para que ela possa viajar por centenas de quilômetros sob a água.
O sistema de som da ESA pode gerar mais de 154 decibéis de ruído. O isolamento é feito de maneira minuciosa: uma das paredes da câmara de som que abriga o megafone maciço possui 16,4 metros de altura, 11 metros de largura por 9 metros de profundidade. O nível de ruído dá a sensação de estar próximo a vários jatos decolando ao mesmo tempo e é mais do que suficiente para ensurdecer permanentemente um ser humano, podendo, até mesmo, levar à morte.
