Agora vai: Novo ministro da cultura pretende "ajudar" o mercado de games no Brasil

#Notícia Publicado por Nightcrowley, em .

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Encontramos Juca Ferreira no primeiro dia da Campus Party 2015, 3 de fevereiro, e batemos um papo rápido com ele. Geração Gamer perguntou ao novo ministro de Dilma se o Brasil pretende reduzir de fato os impostos de games e se haverá investimento no setor. Ferreira também nos explicou um pouco sobre sua experiência na área. Ele estava acompanhado do produtor cultural Cláudio Prado, conhecido por apoiar a iniciativa polêmica dos coletivos que formam o Fora do Eixo, liderados por Pablo Capilé, e que organizaram festivais como Grito Rock.

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Confira a entrevista com o ministro Juca Ferreira:

Ministro, tudo bem? Gostaria de começar a entrevista com uma pergunta que foi feita à sua antecessora: Games são cultura? O ministério terá projetos para esta área?

Considero videogames sim como parte da cultura brasileira e acredito que teremos projetos focados nesta área. No entanto, eu ainda estou chegando na cadeira do ministério e preciso colocar ordem na casa. Estou escolhendo meus assessores e tomando conhecimento da situação geral. Já sei hoje que precisarei reestruturar muita coisa. Games e toda essa dimensão de cultura digital vai voltar ao ministério com força total, porque nós acreditamos no potencial dessas áreas.

Existe algum projeto concreto para ajudar os jogos digitais no Brasil? O MinC pode intervir na questão dos impostos?

Olha, ai ultrapassa o limite do ministério da Cultura. Quem define a tributação é a área econômica do governo e eles têm alergia a qualquer mudança para menos. Eles adoram mudanças para mais tarifas. Neste momento, redução de impostos dos games não pode ser prioridade para o Brasil em crise econômica. O que eu devo acenar para eles é mostrar que videogames são uma economia possível para o país. Estive na China quando era ministro de Lula e pedi permissão ao governo para negociar as parcerias na área de cultura digital, cinema, animação e games.

Fiquei impressionado com o plano estratégico chinês de crescimento em 10 anos. Eles atingiram todas as suas próprias metas com menos de cinco. Um dos objetivos era ser entre o terceiro e o quinto maior produtor de videogames do mundo. Os chineses também chegaram no mesmo patamar nas áreas de cinema e de animação. O investimento para isso não é tão alto quanto pensam. Isso tem que existir, evidentemente, porque nada na vida cresce de maneira espontânea. O que é mais necessário é agregar uma série de frentes para tornar esta área da cultura mais atraente.

Eu não quero ficar brincando de estimular o setor. Quero fazer coisas concretas pela área e que sejam possíveis. No passado, quando fui ministro, nós conseguimos os primeiros editais e quem pode falar melhor sobre isso é Cláudio Prado, que está aqui comigo hoje. Cheguei a visitar o melhor núcleo de games do Brasil e eu ainda achei amador o trabalho que o Ministério da Cultura estava fazendo para dar suporte a este mercado. Quero fazer intervenções agora dentro de metas claras. Se elas forem cumpridas, os brasileiros poderão ser ótimos produtores de jogos.

Conversei recentemente com a ABRAGAMES, que terá um representante na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura e quer se aproximar do governo. Eles querem conseguir mais incentivos da Lei Rouanet para os videogames. Você criticou essa lei como é feita. Há outros caminhos?

Existem, claro! A ideia é justamente ampliar a Lei Rouanet para maior acesso de todos e não acabar com seus benefícios conquistados até aqui. Essa lei tem muito mais aparência de apoio do que ajuda de fato. Ela é muito concentrada no quesito regional e em quem consegue de fato os seus recursos.

resumido da fonte, confira a entrevista completa na integram em: geracaogamer.com.

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