Sony PlayStation Network, Nintendo, Bethesda, Eve Online... Esses são apenas exemplos de sites de games invadidos pelo hacker britânico Ryan Cleary, 20, que foi diagnosticado como portador da Síndrome de Asperger, um tipo de autismo que não acarreta atrasos ou retardos no desenvolvimento do indivíduo.
Ele confessou ao tribunal de Southwark Crown que realizou, ao lado de outro hacker, Jake Davis, 19, uma série de ataques DDoS (denial of service) contra instituições britânicas e norte-americanas.
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Ryan Cleary, o hacker com Síndrome de Asperger.
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Jake Davis, parceiro de ataques DDoS.
A lista de invasões da dupla segue com os sites da CIA, a Agência Central de Inteligência norte-americana, do News International, National Health Service, 20th Century Fox e PBS Inc, apenas para citar os mais conhecidos.
Cleary e Davis teriam ainda recebido ajuda de grupos como Anonymous, Internet Feds e LulzSec.
Apesar de confessarem as invasões, ambos negaram a publicação das informações obtidas ilegalmente em sites de distribuição de conteúdo como o Pirate Bay e o PasteBin.
Presos em 2011
Ryan Cleary e Jake Davis foram presos em 2011 junto com outros hackers após investigações em torno de grupos como Anonymous e Lulzsec.
O caso mais relevante, que envolveu a dupla, foi a invasão dos serviços da rede PlayStation Network em abril do ano passado, que enfureceu milhões de jogadores pelo mundo e fez a Sony ser processada.
O fato colocou até o então presidente do conselho de diretores da Sony Computer Entertainment of America, Kazuo Hirai, na berlinda: o executivo teve de explicar ao Congresso norte-americano o porquê da demora da empresa em reagir às invasões.
Numa carta de oito páginas, Hirai classificou a ocorrência como "um ataque cibernético criminoso muito bem planejado, profissional, arquitetado com o objetivo de roubar informações pessoais e números de cartões de crédito dos usuários da rede (Sony Entertainment Network)."
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Kazuo Hirai anunciando a restauração da PlayStation Network em maio de 2011.
