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Guiado por um campo magnético, o micromotor persegue, captura e então impulsiona o espematozoide
Prótese para espermatozoide
Espermatozoides que não nadam muito bem estão entre as principais causas de infertilidade.
Para superar essa deficiência, engenheiros alemães construíram microrrobôs que se conectam à cauda - ou flagelo - da célula reprodutora masculina e funcionam como um motor de popa, dando-lhe um impulso extra.
A proposta é que os microrrobôs possam substituir as técnicas de fertilização in vitro e outros métodos de reprodução assistida, cuja taxa de sucesso fica abaixo das expectativas, além de custarem muito caro.
"Nós apresentamos células espermáticas motorizadas artificialmente - um novo tipo de micromotor híbrido, no qual microhélices customizadas servem como motores para transportar espermatozoides com deficiências de movimento e ajudá-los a realizar a sua função natural," escrevem Mariana Medina e seus colegas do Instituto Leibniz de Pesquisas em Materiais.
Espermatozoide motorizado[
Já existem diversos tipos de micromotores, alguns com capacidade para atingir até 18.000 rpm, testados para as mais diversas aplicações.
O micromotor desenvolvido pela equipe parece um pequeno pedaço de fio de telefone, consistindo em um núcleo metálico revestido com um polímero biocompatível. Ele é dirigido externamente por um campo magnético para se encaixar na cauda da célula reprodutora, turbinando o espermatozoide e fazendo-o avançar rapidamente rumo ao óvulo.
O conceito funcionou perfeitamente nos testes em laboratório com células animais in vitro, com o motor capturando o espermatozoide, empurrando-o até o óvulo e depois liberando-o, deixando que o processo de fertilização ocorresse normalmente.
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O processo funcionou com células de animais, mas ainda há desafios antes que ele possa ser usado em humanos
Desafios a vencer
A equipe reconhece que há muito trabalho pela frente antes que o processo possa ser usado para otimizar a fertilização em humanos.
"Apesar do fato de que ainda há alguns desafios no caminho para obtermos a fertilização bem-sucedida com espermatozoides motorizados artificialmente, acreditamos que o potencial desta nova abordagem para reprodução assistida já pode ser colocada em perspectiva com o presente trabalho," concluem eles.
Entre esses desafios está a necessidade de observação direta do processo por um microscópio, para que o campo magnético possa ser controlado de forma a guiar o micromotor. Também será necessário estudar o impacto do campo magnético sobre as células, como fazer a seleção do espermatozoide e planejar a retirada do micromotor do local.
Outra equipe já tentou resolver alguns desses problemas substituindo o sistema de motorização, construindo um espermatozoide robótico movido por células cardíacas.