Mais uma vez estamos reunidos para elencar os melhores jogos da geração. Hoje é a vez dos RPGs, um gênero que é mais de nicho, mas que conta com uma base de fãs apaixonada. O Role Playing Game sobreviveu ao tempo, está vivo até hoje, ao contrário dos hack n' slash que estão cada vez mais escassos. Foram muitos jogos desse tipo durante essa geração, atendendo vários gostos e várias necessidades. Esse é o momento ideal para lembrar dos melhores RPGs e fazer você conhecer alguns jogos, caso tenham passado de forma despercebida por você durante esses anos. Quem sabe essa lista não irá despertar em você a vontade de jogar alguns deles?
Os JRPGs deram uma enfraquecida na geração passada, mas na atual geração voltaram com tudo, com bons títulos sendo lançados e marcando presença nesse artigo. Os RPGs ocidentais continuam fortes, sendo a maioria da lista. Os RPGs de ação também não fizeram feio; vocês podem contar com a presença deles também. Antes de ir para lista, alguns avisos importantes:
- Com certeza vocês sentirão falta de alguns títulos. Jogos como The Witcher 3, Disco Elysium, Dragon Age Inquisition e outros não estarão aqui porque já foram citados em outras listas. Nosso intuito é citar o maior número de jogos em diferentes listas, dando espaço assim pra todo mundo. Muitos já sabem, mas é sempre bom repetir para aqueles que ainda não sabem como é a pegada desses nossos artigos especiais.
- O critério para os jogos selecionados é baseado em nossa opinião e experiências pessoais. É impossível agradar a todos, com isso, discorde com educação.
- A lista está disposta em ordem alfabética.
Renatito | Bloodborne
Yharnam, a cidade onde o jogo se passa, consegue ser bela e intimidador ao mesmo tempo. Diferente das ambientações medievais vistas nos primeiros jogos Souls, aqui o jogador encontrará ambientes urbanos muito parecidos com a Inglaterra da Era Vitoriana, ou seja, sai idade média e entra a idade contemporânea. Você realmente se sente naquela época, graças ao belo trabalho de arte da equipe do jogo auxiliado pelos gráficos da atual geração de consoles. Os bosses são muito marcantes neste jogo, estão no mesmo nível ou até em um grau superior aos outros jogos da From. Espere muito sangue, criaturas bizarras e um mundo sombrio. Bloodborne é um jogo obrigatório para os fãs dos jogos Souls.
Vini | Dark Souls III
O combate está mais refinado do que nunca, implementando muitas das coisas que a desenvolvedora aprendeu com o passar dos anos, incluindo inspirações em Bloodborne. O gameplay está mais variado e com um estilo único, mas sem perder a sua essência. A variedade de chefes e cenários está na medida certa nesse jogo. Também há muito fanservice para os fãs de longa data, que com certeza irão se emocionar em certas partes do jogo.
Billy | Deus Ex: Mankind Divided
Isso não é algo ruim, na verdade, é excelente, e trouxe um ar muito familiar a fórmula nova para a franquia, solidificando-a com a visão própria que a Eidos queria trazer ao jogo. Sua trama se decorre ao longo do ano de 2029, com Adam na busca de saber o que houve em sua missão em Dubai, dois anos depois do jogo anterior.
No ano onde o jogo se passa, a Biotecnologia já avançou ainda mais do que em Human Revolution, tornando humanos "aperfeiçoados" em algo natural de se encontrar no dia-a-dia, porém, após um caso de Hackeamento nas unidades corporais metálicas, fizeram com que estes seres aperfeiçoados perdessem seu senso de empatia ou remorso, ficando agressivos, e até matando outras pessoas, sejam eles seus parentes ou não.
Quanto a jogabilidade, assim como os outros jogos da série, Deus Ex é um FPP RPG (First Person Perspective - Role Playing Game) de Tiro, focado no estilo de jogo Stealth em Mundo Aberto. Você terá uma série de equipamentos para usar em combate contra seus adversários, sejam elas Armas de Fogo, Armas Letais e Armas Corpo a Corpo, como rifles, escopetas, lâminas, facas, granadas, e claro, como Adam é um aprimorado, ele também contém poderes especiais, como Invisibilidade, Raio Gama, Detector de Sons, Pulo Duplo, Resistência Bônus, e etc.
Você terá uma grande árvore de habilidades com aprimoramentos e outras medidas que poderá moldar ao seu gosto, além de um inventário que usará para guardar itens, montar quebra-cabeças, coletar kits médicos, além de demais opções. Como um jogo completo, Deus Ex: Mankind Divided é uma evolução em termos narrativos e de jogabilidade, mas peca no fator de duração e conteúdo, pois sofre de um excesso de DLC's, Expansões, Conteúdos presos á Jogos Mobile, como o Deus Ex GO, e Micro-Transações.
É uma sólida experiência se você estiver disposto a comprar a edição completa (com promoção) onde incluirá o jogo, seus conteúdos, além do jogo mobile, para ter a definitiva experiência que é necessária a ele, mas garanto que é um jogo refinado que trará grandes horas de diversão e imersão. Detalhe, apesar de hoje estar melhor, a versão de PC do jogo é conhecida por ser uma das mais pesadas e mal-otimizadas para o sistema, por isso é recomendado ter especificações parrudas para aguentar o jogo.
Billy | Diablo III
Em termos técnicos, Diablo III traz uma jogabilidade muito rápida e fluída, além de divertida, seja para os jogadores experientes com a franquia, ou novatos que estão chegando nela agora. Como se trata de um ARPG em visão Assimétrica, o jogo possui suas limitações quanto a termos de animações e gráficos foto-realistas, mas isso nunca foi o foco da franquia Diablo.
Seu enredo se passa em Sanctuary, o mundo sombrio fantasioso da série Diablo, vinte anos após os eventos de Diablo II. Deckard Cain e Leah estão na Catedral de Tristram (a mesma catedral que foi o cenário de Diablo I), investigando textos antigos sobre uma profecia sinistra. Uma estrela misteriosa caindo do céu atinge a Catedral, criando uma cratera profunda na qual Deckard Cain desaparece, e daí, tudo se decorre.
Como citado pelo diretor de Diablo III, Jay Wilson, a Blizzard San Francisco tinha em mente tornar a franquia mais acessível aos jogadores casuais, almejando ampliar o leque de público alvo que Diablo III poderia atingir, e para isso, seus sistemas de progressão e dificuldade foram radicalmente facilitados, tornando a experiência para muitos, num jogo fácil.
Apesar dessa falha, o jogo possuí uma grande quantidade de conteúdo e garantirá muitas horas de aventura, e sua trama, apesar de estar levemente mais "amigável" e menos sanguinária e pesada, consegue ser forte o suficiente para prender o jogador naquele mundo sombrio na qual Diablo III vive, e claro, não posso me esquecer, sua DLC/Expansão, Reaper of Soul, melhora ainda mais as falhas do jogo original.
Vini | Divinity: Original Sin 2
Seu combate em turno força o jogador a usar a cabeça, tendo que se preparar antes e criar estratégias em tempo real. A preparação é a chave do sucesso aqui. E o melhor de tudo, você pode aproveitar a campanha jogo toda em coop, além de um modo Game Master, onde você pode criar sua própria história como em um RPG de mesa.
Dreadnaught | Fallout 4
O jogo tem uma gameplay relativamente simples, com vários perks, que em partes, são desnecessárias para o uso, personagens carismáticos e marcantes para a franquia e inúmeras horas de diversão. Infelizmente as suas expansões são bem fracas, oferecendo poucas horas de conteúdo cobrando a um preço bem elevado sobre o jogo base. Só que, como eu sou um tipo de jogador que não tem problema nenhum em alterar levemente a jogabilidade do jogo, eu usei muitos mods, uma metade em cosméticos e a outra metade com adição de armas e mecânicas do mesmo, dessa forma, dá uma adição absurda de conteúdo e mais formas de se jogar. Graças a isso, o Fallout 4 (também como Skyrim) são sempre jogados inúmeras vezes com os conteúdos criados pela comunidade que estendem a vida útil do jogo para todo o sempre!
Dreadnaught | Monster Hunter: World
De gosto pessoal, eu vou sempre apreciar a forma de customização de seus personagens, fazendo com que jogador crie um vínculo com o mesmo. O jogo é relativamente grande, aparentando não ser muito amigável para jogadores novos, na qual são bombardeadas com muitas informações, dando uma confusão sobre por onde começar, é comum até, mas meio desencorajador. Talvez eu esteja sendo muito expressivo, vendo que como todo jogo de RPG, você precisa sempre adquirir recursos em missões para assim progredir no jogo com melhores equipamentos, algo totalmente comum nesses tipos de jogos, o famoso farming. Nesse quesito, é equilibrado até, e também um ponto bem positivo ao jogo é a questão de poder jogar de forma cooperativa, um fator chave crucial para garantir o seu sucesso e dos seus amigos diante de adversários selvagens e colossais, posso garantir que o Monster Hunter World vai lhe prender sendo um jogo super energético e com inúmeras horas de conteúdos e expansões, e caso seja um amante de répteis e gatos, esse sim será o seu sonho de consumo! Eu já disse que os Palicoes (gatos antropomórficos) são tão fofos?
Vini | Ni No Kuni 2
O jogo combina diversos elementos diferenciados. Ele conta com um combate de ação em tempo real e um Overworld ao estilo dos JRPGs clássicos. Uma grande adição em relação ao primeiro jogo é um sistema de construção e gerenciamento de reino, onde você cria edifício e os aprimora, se sentindo como um verdadeiro monarca.
Billy | Nioh 2
Assim como no original, os jogadores podem criar seu próprio personagem jogável, que era um espírito Yōkai. Os jogadores são equipados com uma variedade de armas, como Odachi e Kusarigama, e ganham novas habilidades conforme progridem no jogo.Quando os jogadores derrotam um Yōkai hostil, alguns deles podem derrubar um "Soul Core".
Eles permitem que os jogadores usem as habilidades do Yōkai e se transformem em um Yōkai após serem depositados em um santuário. Isso é bem importante ser dominado ao longo do jogo, pois ajudará-lo devido a dificuldade do jogo.
Seu enredo serve mais como pano de chão para toda a ação se seguir, e como nos jogos Souls-Borne desenvolvido pela FromSoftware, possui muita tática e estratégia para usar suas habilidades e combater seus inimigos e chefões da maneira certa, pois um passo em falso, e você morre.
Apesar de manter seu estilo como o do original, com afinamentos extras, e adoção de um sistema de progressão mais diversificado e com mais opções, NioH 2 é uma grande experiência RPG que facilmente após terminado te trará grandes horas para buscar uma Platina, o que o torna sempre divertido e desafiador.
Vini | Persona 5
No entanto, o grande destaque do jogo fica por conta do seu estilo. Tudo aqui esbanja estilo, desde seu menu até o combate. E por falar em combate, provavelmente é o combate de turnos mais dinâmico que você verá, recomendo fortemente até mesmo para quem não é fã do estilo. Garanto que você irá se sentir parte dos Phantom Thieves, um incrível grupo de personagens super carismáticos.
Vini | Pillars of Eternity
Vindo da Obsidian já saberíamos que viria algo bom. Pillars of Eternity nos entregou um mundo rico, com uma lore profunda para os jogadores mergulharem de cabeça. O jogo oferece uma enorme variedade de quests e escolhas. É uma verdadeira homenagem aos RPGs dos anos 90. Sua sequência trouxe um jogo ainda mais polido, com um combate mais refinado.
Renatito | South Park: The Stick of Truth
O jogo é em uma perspectiva 2.5D, pois a intenção é reproduzir replicar a estética da série. The New Kid é capaz de explorar livremente a cidade de South Park, interagindo com os personagens e realizando missões e acessando novas áreas ao avançar pela história principal. Você pode escolher entre Lutador, Ladrão, Mago e Judeu (lol), cada um oferecendo habilidades específicas, podendo realizar ataques corpo a corpo, à distância, mágicos e até mesmo um peido para combater seus inimigos. South Park: The Stick of Truth é único, mistura RPG em 2.5D com muito humor. É um jogo com identidade que vale a pena você conferir.
Dreadnaught | The Outer Worlds
Mas você acha que eu estou exagerando? Talvez, mas é uma experiência sendo retratada por mim, não estou lhe impedindo de apreciar o The Outer Worlds, mas pela natureza básica do ser humano, uma boa parte quer sair por aí matando todos os NPCs que se encontra por aí, e é possível nesse jogo? Sim, e irá lhe dar um final na qual não espera? Talvez... pois o jogo é pra ser jogado com calma e com estratégia. Depois de adquirir uma nave particular, você irá recrutar membros, sendo personagens já pré-definidos e com um ter carismático que sempre julgaram seus atos, sendo positivos e negativos, e lembrando, tome cuidado que eles podem embora pra sempre caso os magoe-os. Em geral, por ser um jogo Sci-Fi, consegue entregar facilmente ambientações únicas e ricas em vida, sendo que o foco primário é no excesso de diálogo e também, uma gameplay com combates padrões para um FPS.
Billy | Tom Clancy's: The Division
Bem, 3 anos se passaram desde seu anúncio até o seu lançamento oficial, e apesar dele ser chamado de muitos como uma Decepção, o jogo trás seus fatores interessantes e divertidos, associados com uma forte imersão trazida pelo universo em que se passa.
The Division foi desenvolvido pela Massive Entertainment, estúdio que pertencia a Activision, produtores da franquia de RTS World in Conflict, que foram adquiridos pela Ubisoft em 2008, e desde então se dedicaram para criar essa ambiciosa Nova IP para a 8° Geração de Consoles.
O jogo é uma experiência RPG Online em Mundo-Aberto, sob o teto do gênero Looter-Shooter, onde habita jogos como Destiny, Anthem e Marvel's Avengers. Seu enredo se dá em início entre os anos de 2002-2014, onde acontece os eventos do Direct 51, Breakdown Attack e da Black Friday.
Basicamente e resumidamente, um Vírus muito parecido com a Gripe começou a se infestar em Nova York, nos EUA, durante a semana da Black Friday, quando mais de 100 milhões de habitantes estavam num grande aglomerado para sair nas compras das festas de fim do ano.
Esse vírus, que não tem cura, gera terríveis sintomas nas pessoas, levando elas a sua morte, e como muitas pessoas começaram a se infectar de forma muito acelerada devido a aglomeração do fim de ano, levou aos EUA entrar em um estado completo de Pandemia Mundial e Global, com o Dólar caindo de preço, pessoas sobrevivendo a um país agora em total declínio de sobrevivência, e Quarentenas que antes eram necessárias para evitar o vírus se espalhar sendo desfeitas para tentar encontrar um novo rumo a vida.
Com todo esse caos acontecendo, 'A Divisão', uma elite que foi designada para combater e controlar toda essa situação, é chamada para o dever se trazer de volta uma Nova York agora em total estado de colapso, e você, jogador, é um desses membros.
Tal como outros jogos do gênero, você pode realizar suas missões sozinho, ou em Co-Op de até 4 jogadores, onde possui a linha principal da história, e as missões secundárias. Como um jogo de sobrevivência em Mundo-Aberto, você possui um inventário e coleta recursos ao longo de uma grande jornada que varia de 25 a 30 horas, com um sistema de progressão baseado em Níveis, o que faz dos inimigos serem "esponjas de bala."
Como meios de locomoção, você terá apenas suas pernas, explorando o grande e vasto mundo de The Division apenas andando, e seu maior rival na trama é Aaron Kenner, antes um membro da Divisão, agora quer apenas causar o caos e provocar mortes de inocentes em prol de sua anarquia.
Sim, o jogo pode se tornar um tanto repetitivo, mas sua jogabilidade e termos técnicos ajudam a ficar mais fácil, em um jogo muito suave e prático, que usa de sistemas únicos para visualização e localização de pontos específicos para entrar em combate e voltar para sua base.
The Division também possui algumas missões investigativas que envolvem cenas de plataforma e estratégia, que tornam ele mais versátil em termos de diversão. Sua parte gráfica, apesar de ter sofrido Downgrade quando comparado com o que foi anunciado em 2013, ainda é muito forte, sendo um jogo de aspecto bastante foto-realista e imersivo, com um contexto e trama pesadas que tornam The Division em algo que apesar de meio amargo para alguns, é muito gratificante ao longo prazo.
Billy | Vampyr
Vampyr possui certas falhas quanto ao seu combate e exploração, que são recompensados pela sua história muito bem escrita e desenvolvida, e de sua Trilha Sonora forte e bem construída, transformando em algo bastante envolvente.
No jogo, você é Jonathan Reid, um médico que acaba se tornando uma das 'Sanguessuga', um Vampiro, e acaba matando uma de suas entes queridas devido a sua fome por sangue. Reid acaba sendo procurado e caçado pela patrulha de Geoffrey McCullum, apesar de tentar se provar inocente, e se arrisca a de toda forma buscar uma cura.
O Combate de Vampyr é uma mistura de Tática com Hack n’ Slash Tapped, num jogo mais lento e na base do tempo de reação e ataque, o que não agradou tanto os jogadores, que acharam o sistema fácil ou um tanto quebrado.
Apesar disso, ele possui muitos momentos onde você age mais velozmente, conforme vai evoluindo seus poderes como Vampiro, e tornam a experiência mais… dinâmica.
Dragon Quest XI
Final Fantasy VII Remake
Kingdom Hearts III
The Elder Scrolls Online
Xenoblade Chronicles 2
Chegamos ao fim de mais um artigo sobre os melhores jogos dessa geração. Gostaria de agradecer imensamente a participação do Billy Butcher, Dreadnaught e do nosso eterno moderador Vini. O artigo foi produzido por nós 4, como vocês puderam ver, e foi essencial a participação de cada um.
Não esqueçam de deixar o seu feedback, bem como produzir as suas próprias listas; sua participação também é importante. Caso tenham perdido os artigos anteriores, eles estão listados logo abaixo. Nos vemos na próxima!