Um pequeno passo para os jogadores, mas um grande salto para a Nintendo

#Artigo Publicado por inuyasha302, em .

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A relação da Nintendo com novas tecnologias nunca foi lá muito boa. A empresa, que completa 126 anos neste ano, é conhecida por ter visões até "antiquadas". Isso como um todo não é algo de fato ruim, embora os deixem para trás nos dias atuais, onde tudo anda conectado e com mil e uma funções. A melhor solução, e forma de evitar problemas financeiros, foi justamente o que Satoru Iwata fez hoje: firmar parcerias para se adaptarem melhor aos novos gamers.

Como vocês devem ter visto, a Nintendo confirmou, finalmente, que lançarão games para smartphones. O primeiro deles deve sair ainda este ano, inclusive. Mesmo esta sendo uma notícia muito boa, vale a pena saber com mais detalhes o que isso de fato significa.

Os jogos desenvolvidos em parceria com a DeNA serão de fato sobre os principais nomes e marcas da Nintendo. Eles não serão ports de games já lançados no Wii U e 3DS, mas sim algo único e original. Entretanto, a companhia não deixou claro se eles serão realmente parecidos com os títulos conhecidos pelos gamers vindos de consoles Nintendo.

De acordo com declaração do próprio Iwata, não terá nenhuma exceção sobre qual franquia pode ganhar versão mobile, mas não lançarão qualquer jogo, criado simplesmente para ser lançado. O produto terá um propósito o que pode significar ser uma porta de entrada aos games de originais, que continuam sendo exclusivos para consoles da Big N.

A parceira da Nintendo, a DeNA, é uma companhia japonesa de 1999 e que, a partir do ano 2006, focaram os serviços em games mobile e também plataforma online. Todo o conceito da empresa é em desenvolver games otimizados para pequenas telas, para serem jogados em um curto espaço de tempo e que sejam divertidos. A aliança com a empresa de Iwata surgiu a partir do sucesso deles em conseguir rápido sucesso no mercado japonês, tanto em smartphones quanto aplicativos para browsers. "Acreditamos que a parceira com a Nintendo seja a que melhore estratégia para nosso crescimento no mercado", comentou Isao Moriyasu, CEO da DeNA, em declaração oficial.

Para ter noção da importância desta mudança de atitudes da Nintendo, além da parceria, a empresa comprou 10% das ações da DeNA e ela ficou com 1, 24% da Nintendo. Além disso, as empresas estão trabalhando em um novo serviço online para conectar os jogadores. No futuro, esse serviço pode servir de ponte entre gamers do Wii U, tablet e PC ou smartphone. Isso não deve substituir a Nintendo Network, mas trabalhar em conjunto com ela - ainda de uma forma desconhecida. A parceria será a longo prazo e vai contra as declarações de Iwata de 2014.

Este passo dado pela empresa tem potencial, e os investidores já viram isso. Logo após as declarações as ações da Nintendo aumentaram 21% e a companhia foi notícia de diversos sites de games e tecnologia pelo mundo. A maioria foi descrente e voltou à mesma tecla da "salvação da Nintendo", mas alguns foram mais realistas.

A companhia de Iwata, atualmente, mesmo com vendas abaixo do esperado do Wii U, continua ganhando muito dinheiro. Os Amiibos são um tremendo sucesso e já venderam cerca de 3,5 milhões de unidades, sem tirar as pré-vendas das novas figuras que estão prestes a sair. Quanto aos games e consoles, os números também não ficam atrás. A política de games mobile não deve abocanhar os números de consoles e games próprios, mas sim colaborar a aumentá-los.

Apostas N-Party

Como bem citamos ali em cima, mudar tão drasticamente não é fácil, principalmente para uma companhia tão tradicional. O que a Big N deve fazer é aumentar os lançamentos de apps mobile, agora com games que funcionem como chamariz para suas plataformas. Desde 2014 Iwata se mostrou aberto a novas estratégias de negócios e, partir disso, lançaram um app de Pokedex para iOS e até um outro para criar um hotspot para 3DS a partir da rede de um Android.

Os futuros games mobile da empresa podem ser parecidos com os títulos que vimos recentemente no 3DS, como o "Pokémon Shuffle". O jogo, que se inspira no sucesso "Candy Crush", faz uso dos monstrinhos da empresa em algo tão viciante como qualquer outro visto nas lojas de apps mobile por aí afora. Atrair o público que nunca jogou Pokémon seria a melhor solução para aumentar ainda mais os jogadores de 3DS e Wii U.

Quando a DeNA mencionou que trabalharia em IPs da Nintendo, citou-as não como jogos, mas como "plataforma Nintendo". Isso define bem como devem ser os futuros títulos. Não serão somente joguinhos com Mario e Luigi de personagens, mas sim experiências que levem o conceito Nintendo aos celulares e tablets. Este conceito pode ser a diversão já conhecida da companhia ou até mesmo a interação entre jogadores, algo tão comum entre seus sucessos. As respostas devem vir ainda este ano, talvez em junho, quando acontece uma feira de games nada famosa, chamada E3.

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