Pesquisadores usam Second Life para simular conflitos e tratar militares
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Muitos soldados voltam de zonas de conflito, como o Iraque e o Afeganistão, com vários problemas psicológicos que precisam ser tratados para que consigam seguir sua vida da melhor maneira possível.
Preocupados com o baixo índice de militares americanos que buscam ajuda médica - apenas um terço - após as longas jornadas de combate, pesquisadores americanos resolveram criar um centro virtual de tratamento e cura para transtorno de estresse pós-traumático.
Tudo acontece dentro da rede social Second Life - em que o usuário cria personagens e simula situações em cenários baseados nos espaços reais. Essa rede social foi muito comentada em 2003 quando foi criada, mas não fez tanto sucesso mundo afora.
Mesmo assim, o grupo responsável pela clínica online descobriu que nesse site de relacionamento era possível simular situações que fazem bem para quem acabou de sair de uma batalha.
Lá, existem lojas e pessoas para conversar e desabafar. Dentro da clínica virtual, o militar conta com vários jogos para desestressar e personagens que conversam com o avatr criado pelo soldado, fazendo perguntas sobre sua história de vida.
Médicos do Centro de Consciência da Universidade da Califórnia têm seus personagens dentro do cenário para consultas online e indicam lugares fora do mundo virtual para que os guerrilheiros procurem tratamento complementar.
Jacquelyn Ford Morie, pesquisadora-chefe do Instituto de Tecnologias Criativas da Universidade do Sul da Califórnia, disse ao jornal The New York Times que a maneira criativa é eficaz.
- Na verdade, o mundo real pode ser afetado pelo mundo virtual.
O Instituto em que ela trabalha é especializado na construção de seres virtuais, que podem ser usados para apresentações, como guias de museus e nesse caso, para ajudar na terapia online.
Em breve, o projeto de clínica virtual deve ganhar espaços exclusivos para tratar grupos de alcoólatras e dependentes de drogas.