Estúdios de cinema agora podem ser processados por trailers enganosos nos EUA
Quem nunca assistiu um trailer que não representava realmente o que veríamos no material final? Sem dúvidas é algo que acaba gerando grandes decepções e até mesmo nos fazendo duvidar quando novos trailers são liberados.
Parece que essa prática agora não está sendo mais bem vista nos EUA. De acordo com uma nova decisão do juiz Stephen Wilson, os estúdios de cinema agora podem ser processados por propaganda enganosa caso seus trailers não reflitam o que é realmente o filme.
Leia Também:
- Série Demolidor do Disney+ não será tão violenta quanto a da Netflix
- Reuters acredita que a Microsoft vai comprar a Netflix em 2023
O assunto criou forças graças ao filme Yesterday, o qual conta a história de um músico que percebe ser a única pessoa na Terra que consegue se lembrar dos Beatles após acordar em uma linha do tempo alternativa onde eles nunca estouraram.
Os trailers de Yesterday contavam com a presença de Ana de Armas, mas a participação da atriz acabou sendo cortada no filme final. Dois fãs da atriz que decidiram alugar Yesterday justamente por causa dela acabaram se decepcionando com sua ausência e entraram com uma ação coletiva federal de US$ 5 milhões contra a Universal.
Em sua defesa, a Universal alegou que os trailers estariam protegidos pela primeira emenda dos EUA, já que seria um trabalho artístico e expressivo, não algo comercial. No entanto, o juiz acabou recusando a defesa e aceitando o processo.
Imagine se a moda pega e vemos o mesmo acontecendo nos jogos? Propaganda enganosa em trailers na indústria de jogos é certamente muito maior, já que muitas vezes o jogo final está longe daquilo apresentado, tanto em visuais quanto em mecânicas, tendo recebido o famoso "downgrade".
Processo por parte dos jogadores certamente faria as empresas pensarem duas vezes antes de decidirem enganar os consumidores.