Jogos sexualizados não afetam a percepção dos jogadores, afirma estudo
Hoje em dia há uma grande discussão em torno dos problemas que a sexualização dos personagens nos vídeo games vem trazendo, afetando de forma negativa a percepção dos jogadores, tanto a forma como os homens enxergam as mulheres como as próprias mulheres enxergam seus corpos.
Uma recente pesquisa feita pela Computers in Human Behavior, revista de ciências que já é pulicada desde 1985, indica que jogar jogo com personagens femininas sexualizadas não levam os jogadores a terem uma visão misógina ou resultam em prejuízos à saúde mental.
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Embora muitos aleguem que a sexualização das personagens femininas, algo que vem aos poucos diminuindo na indústria, afete a forma como as pessoas enxergam as mulheres no mundo real, o estudo não concordo completamente com essa afirmação.
Assim como já provado que jogos não tornam os jogadores mais violentos, essa pesquisa sobre sexualização chegou a resultados semelhantes, afirmando que não foi encontrada nenhuma relação entre os dois fatos.
Christopher J. Ferguson, professor de psicologia da Universidade Stetson e autor desse estudo, comentou:
No entanto, as pessoas ainda fazem muitas perguntas sobre sexualização e se os jogos tornam os jogadores masculinos mais sexistas em relação às mulheres ou se as jogadoras femininas experimentam mais insatisfação corporal e outras preocupações com o bem-estar. É um campo de pesquisa muito menor do que o campo da violência, por isso esperávamos trazer alguma clareza quanto a isso.
A equipe analisou diversas pesquisas feitas no passado que ligavam comportamentos agressivos contra mulheres e depreciação do corpo ou distorção de imagem com jogos sexualizados, mas afirma não ter encontrado uma ligação significativa entre esses fatores.
Como uma questão puramente de ‘saúde pública’, isso não parece ser uma grande preocupação. Isso não significa que as pessoas não possam defender melhores representações das mulheres nos jogos. Elas só precisam ser cautelosas para não fazerem alegações de 'danos' que podem ser facilmente desmascaradas, questionando assim o que poderia ser objetivos razoáveis.
O professor Ferguson afirma que muitos estudos realizados sobre o assunto não foram feitos de forma adequada, muitas vezes até mesmo sendo influenciados pela opinião própria dos realizadores. Além disso, quanto melhor preparado foi o estudo, menos evidências encontraram.
Por fim, o professor encerra dizendo que assim como acontece no caso dos crimes violentos, as pessoas estão culpando as mídias de jogos pelos problemas sociais. E embora seja a favor de uma melhor representação das mulheres nos jogos, isso deve ser feito sem apresentar evidências falsas.