A roteirista principal de Clair Obscur: Expedition 33, Jennifer Svedberg-Yen, revelou que nunca havia jogado videogames antes de escrever o roteiro para o aclamado JRPG francês. Em entrevista ao portal Lits Play, a escritora compartilhou sua jornada inusitada no desenvolvimento de um dos jogos mais bem-sucedidos de 2025, que já vendeu mais de 4,4 milhões de unidades desde seu lançamento.
Svedberg-Yen explicou que cresceu em uma família chinesa com regras rigorosas, onde videogames eram considerados um luxo inacessível. “Durante minha infância, os jogos eram simplesmente caros demais para nós. Eu costumava ir à biblioteca e mergulhar nos livros”, revelou a roteirista, que encontrou na literatura seu principal refúgio criativo.
Antes de integrar a equipe da Sandfall Interactive, seu contato mais próximo com narrativas interativas limitava-se às sessões de RPG de mesa como Dungeons & Dragons. A situação mudou quando ela se juntou ao estúdio e decidiu fazer sua pesquisa de campo jogando ao lado do marido. Sua primeira experiência foi com a franquia Borderlands, que serviu como porta de entrada para uma paixão que cresceria rapidamente.
“Hoje temos duas TVs e dois PlayStation em casa. Nos sentamos lado a lado para jogar“, contou a roteirista, que se transformou em uma entusiasta dedicada ao ponto de conquistar os troféus de platina em títulos desafiadores como Elden Ring, God of War e sua sequência, Ragnarok.

O desenvolvimento narrativo de Clair Obscur: Expedition 33 contou com a parceria de Guillaume Broche, diretor do jogo e conhecido fã da franquia Final Fantasy, que contribuiu com sua experiência no gênero JRPG. Enquanto isso, Svedberg-Yen trouxe referências da literatura fantástica e ficção científica, citando como influências fundamentais a saga A Roda do Tempo de Robert Jordan e os intrincados sistemas mágicos presentes nas obras de Brandon Sanderson.
Essas diversas referências culturais ajudaram a moldar o universo rico e a narrativa envolvente de Clair Obscur: Expedition 33, demonstrando como diferentes formas de arte podem contribuir para a criação de experiências únicas nos videogames, mesmo quando o roteirista começa sua jornada fora do meio.
Fonte: Vandal