A Eletronic Arts revelou que Battlefield 6 não contará com conteúdo gerado por inteligência artificial, apesar de executivos da empresa considerarem a tecnologia promissora para o futuro da franquia. Em entrevista à BBC, a vice-presidente e gerente geral dos estúdios europeus do Battlefield 6, Rebecka Coutaz, explicou como a empresa está abordando essa tecnologia emergente.
De acordo com Coutaz, a IA generativa foi utilizada apenas durante as fases iniciais de planejamento do jogo, com o objetivo específico de “permitir mais tempo e espaço para ser criativo”. A executiva afirmou que a tecnologia ainda não está madura o suficiente para ser incorporada na rotina diária dos desenvolvedores, mas demonstrou otimismo sobre seu potencial futuro.
“Se conseguirmos quebrar a mágica com a IA, isso nos ajudará a ser mais inovadores e criativos“, declarou Coutaz, que descreveu a tecnologia como “muito sedutora”. Essa visão positiva também é compartilhada pelo diretor de design Fasahat Salim, que acrescentou: “Não é algo para se ter medo em nossa indústria. Especialmente porque trabalhamos em um ambiente na vanguarda da tecnologia — estamos meio que acostumados com as mudanças”.
O posicionamento da EA sobre inteligência artificial ganha destaque em um momento estratégico, já que a empresa está prestes a ser adquirida por US$ 55 bilhões em uma operação que envolverá cerca de US$ 20 bilhões em dívidas. Segundo reportagens recentes, investidores estariam interessados em ver a EA implementar soluções de IA para reduzir custos operacionais e aumentar a lucratividade, possivelmente para ajudar a compensar esse endividamento.
Fonte: BBC
