Gamescom Latam responde a carta dos devs brasileiros e esclarece desinformação

Organização da Gamescom afirma que "informações foram divulgadas de forma errônea" e participação era opcional.

Gamescom Latam responde à carta de desenvolvedores

Recentemente, a Game Devs Unidos (GDU) — organização que reúne desenvolvedores independentes de jogos do Brasil — enviou uma carta assinada por mais de 250 profissionais nacionais acusando a Gamescom Latam de descaso, falta de suporte e cobranças abusivas. Agora, a organização do evento respondeu às alegações.

A Gamescom Latam confirmou o recebimento da carta e afirmou que parte das informações divulgadas no documento pode gerar desinformação sobre o evento. Segundo a organização, o objetivo sempre foi o “fortalecimento da indústria independente de jogos no Brasil”.

Realizado dentro do Panorama Brasil, junto do BIG Festival, o evento ofereceu espaço para 129 jogos, sendo 59 deles brasileiros. Sobre a acusação de falta de suporte, os organizadores afirmam que ambas as iniciativas ofereceram gratuitamente aos participantes:

  • Doação de espaço no evento,
  • Fornecimento gratuito de estrutura e mobiliário (no caso do BIG Festival, também computadores e TVs),
  • Suporte de staffs do evento,
  • Credenciais de acesso ao evento,
  • Acesso à área de negócios,
  • Apoio financeiro aos participantes de fora de São Paulo, entre diversos outros apoios.

 

Uma das regras que gerou controvérsia entre os desenvolvedores foi a proibição de deixar o estande vazio, sob pena de multa. Segundo os relatos, isso teria forçado muitos participantes a permanecerem em pé por horas, sem pausas para descanso.

Em resposta, a organização da Gamescom Latam afirmou que todas as regras foram informadas previamente e que a participação no evento era voluntária, sendo condicionada à aceitação dessas normas. A exigência, segundo eles, visava evitar estandes vazios, como ocorreu em edições anteriores.

Quanto à alegação da GDU sobre o investimento de R$ 22 milhões, os organizadores afirmam que houve um equívoco: o apoio financeiro da Prefeitura de São Paulo foi de R$ 1 milhão. Os R$ 22 milhões mencionados dizem respeito ao orçamento total da produção do evento.

Você pode ler a carta da organização na íntegra abaixo:

A organização da gamescom latam confirma que recebeu o documento. Entretanto, é preciso esclarecer que algumas das informações divulgadas podem gerar desinformação:

Desde o início do projeto BIG Festival, a organização e os profissionais envolvidos no evento sempre se comprometeram com o desenvolvimento da indústria independente de jogos no Brasil. Como indicativo, podemos observar o crescimento exponencial desta indústria nos últimos anos; crescimento este que teve participação ativa e constante do evento, que trabalhou incansavelmente para trazer profissionais da indústria ao nosso país e apresentar a região para grandes players globais do mercado de jogos.

A área proprietária Panorama Brasil é mais um exemplo destes esforços; trata-se de uma política ampla e consistente de apoio aos independentes, especialmente brasileiros, algo que não acontece em outros eventos de grande porte, que fazem apenas convites pontuais para alguns profissionais. Em 2025, o Panorama Brasil, somado ao BIG Festival, ofereceu espaço para 129 jogos, 59 brasileiros e 70 internacionais.

Ambas as iniciativas são gratuitas para os jogos selecionados e incluem:

– Doação de espaço no evento,

– Fornecimento gratuito de estrutura e mobiliário (no caso do BIG Festival, também computadores e TVs),

– Suporte de staffs do evento,

– Credenciais de acesso ao evento,

– Acesso à área de negócios,

– Apoio financeiro aos participantes de fora de São Paulo, entre diversos outros apoios.

A participação é voluntária e opcional, mediante o aceite das regras, que são divulgadas com antecedência, esclarecidas em período anterior ao aceite da proposta.

No Panorama Brasil, especificamente, há opções de contratações de serviços adicionais, totalmente opcionais. Neste ano, contudo, implementamos uma regra mais clara sobre a ocupação das estações, a fim de evitar que elas ficassem vazias, como aconteceu na última edição do evento, visando a otimização da experiência dos visitantes – e também dos desenvolvedores, que têm uma chance real de mostrar o jogo não só para o público, mas também para publishers, jornalistas e outros desenvolvedores. Porém, novamente, destacamos que todas estas regras são especificadas aos participantes antes do aceite da proposta, para que possam se planejar de acordo com sua disponibilidade e necessidades.

É essencial lembrar também que, ao longo dos seus 5 dias, a gamescom latam gerou um impacto econômico de mais de R$20 milhões para a Cidade de São Paulo, além de várias centenas de milhões de reais em negócios para as empresas participantes, principalmente para os desenvolvedores independentes que participam do evento.

Em relação às informações que foram divulgadas de forma errônea, esclarecemos que o apoio financeiro da Prefeitura de São Paulo ao evento foi de R$1 milhão, como já divulgado publicamente. O valor de R$22 milhões mencionado na carta se refere ao orçamento total de produção do evento, estimado em janeiro de 2025, valor este dedicado à produção, conteúdos, comunicação, locação do espaço, contratação de equipes, credenciamento e demais ações.

A equipe da gamescom latam está sempre atenta aos retornos da comunidade e permanece aberta ao diálogo com aqueles que quiserem trabalhar pelo desenvolvimento da indústria de games no Brasil e da América Latina, que sempre foi e permanece sendo o principal compromisso do evento.

 

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Membro antigo da GameVicio, atuo atualmente como editor no site. Adoro todo tipo de jogo, especialmente com um profundo apreço por jogos com narrativas imersivas.
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