Jogamos Dragon Quest III HD-2D Remake - Confira o que achamos!
Dragon Quest é uma das franquias mais clássicas do gênero e um dos seus títulos mais antigos está programado para retornar em breve com o remake de Dragon Quest III para as plataformas atuais.
Graças a Square Enix, tivemos a oportunidade recentemente de jogar cerca de 6 horas do jogo. Confira abaixo o que achamos!
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Dragon Quest III HD-2D Remake já me conquistou desde o início. A abertura coloca o jogador para escolher seu protagonista e então responder a diversas perguntas, as quais moldarão os status do personagem. É uma forma bastante curiosa e única de formar o personagem.
A premissa do jogo aparenta ser simples. Filho de um herói que morreu tentando salvar o reino, você agora tem a tarefa de continuar o legado do seu pai e dar fim ao terrível Baramos.
A história do jogo original é mais leve que os jogos mais recentes da franquia, algo esperado para um jogo tão antigo. No entanto, a Square Enix trouxe algumas novidades que ajudam a dar mais sustância para a narrativa.
Pequenos flashback adicionados no início da campanha a respeito do pai do protagonista conseguem dar um peso maior para a aventura e também dar mais profundidade para um personagem que no original servia mais como pano de fundo. Além disso, a adição de uma dublagem em diálogos específicos ajuda com uma carga emocional maior quando a história exige.
Visualmente o jogo está muito belo. Ele ainda mantém a mesma estética geral do original, mas a equipe trouxe melhorias consideráveis que tornam a experiência um vislumbre para os olhos.
Os títulos HD-2D da Square sempre impressionam visualmente e em Dragon Quest a equipe fez um trabalho primoroso. Um destaque para o sistema de iluminação do jogo, o qual é muito bem trabalhado e consegue dar uma cara totalmente nova ao jogo, além de passar uma sensação aconchegante.
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As cidades, as dungeons até mesmo o mapa mundi são todos bastante coloridos e vivos, com belos cenários sendo apresentados. Apesar da mesma estética, todas essas melhorias tornam o visual em algo completamente novo.
Por falar no mapa mundi, o jogo faz um bom uso do seu. Enquanto você anda pelos mapa entre um local e outro, há vários segredinhos espalhados para encontrar, sejam colecionáveis ou até mesmo áreas escondidas com itens.
Essas áreas secretas podem ser encontradas através da exploração ou recebendo dicas de NPCs. Conversas com os habitantes das cidades geralmente se mostra produtivas, com informações valiosas que podem te levar a segredos.
Outra mecânica bastante interessante é a do ciclo de noite e dia. Esse sistema altera vários elementos do jogo, como NPCs que só saem para a rua de manhã ou monstros que surgem apenas durante a noite.
O remake também traz novidades para aqueles que querem uma experiência mais direta. Enquanto no original havia uma sensação mais do jogador se virar sozinho para encontrar seu próximo objetivo, aqui há sinalização e registros de acontecimentos que ajudam a indicar o próximo destino. É claro que tudo isso pode ser desativado, caso queira manter a experiência original.
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O combate é por turno e não foge muito do padrão que estamos acostumados. A grande diferença é que ao invés de cada personagem ter seu turno, aqui você seleciona o movimento de todos os personagens com antecedência e eles são realizados então em ordem.
Esse estilo de combate consegue apresentar desafios únicos, pois após realizar suas ações, caso algum imprevisto ocorra, você só poderá alterar sua estratégia quando todos no campo tiverem atacado. Pode ser um pouco frustrante quando todos os inimigos se focam em um único personagem seu, mas isso apenas exige um pouco mais de estratégia e pensamento antecipado.
Os encontros com inimigos são aleatórios, e como era de se esperar de um jogo originalmente lançado em 1988, eles são bastante frequentes. É preciso se acostumar a enfrentar inimigos a cada poucos passos.
Ainda assim, o jogo entrega formas de lidar com isso durante o backtracking. Existem skills que ajudam a diminuir a frequência e você também pode facilmente alterar a velocidade do combate para passar mais rápido por eles.
No geral, o combate é bastante funcional. E quem está acostumado com jogos em turno certamente vai se sentir em casa. O jogo apresenta um sistema de classe completo, junto de várias habilidades inéditas do remake que ajudam a dar mais profundidade para as batalhas.
Outra introdução bastante interessante é a opção de recrutar monstros e os colocar para batalhar. Essa mecânica incentiva ainda mais a exploração e ajuda a dar mais variedade ao combate do jogo.
A grande ausência fica mesmo para a falta de uma localização em português. Embora não seja um jogo completamente novo, ainda é triste ver que a franquia Dragon Quest continua sem tradução para o nosso idioma.
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Conclusão
Dragon Quest III HD-2D Remake está se moldando em um excelente remake deste clássico. Os visuais são um dos mais belos que já vi no estilo e o mundo é extremamente divertido de se explorar, passando uma grande sensação de aventura.
Para os fãs da franquia, tudo indica que esse será mais uma compra obrigatória, com uma boa dose de melhorais e conteúdos inéditos para aproveitar, mas mantendo a essência do original.