Análise | Final Fantasy II

Análise | Final Fantasy II

Finalmente chegou a tão aguardada review de Fee Fir-....digo, Final Fantasy 2!
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Introdução

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Noite. Estou aqui, nesse dia magnífico (ou não) para realizar uma review que eu já estava esperando a um bom tempo. Como já comentei com vocês há dois meses atrás (sim, já fazem dois meses), pretendo fazer reviews de toda a saga Final Fantasy (pelo menos os titulos principais), e é claro que eu não ia parar no primeiro título da série, por isso estou aqui depois de tanto tempo para trazer a tão aguardada review de Free Fi, quer dizer, Final Fantasy 2.

Antes de mais nada, quero desculpar a demora absurda que eu estou tendo pra realizar as reviews. Não queria tocar muito no assunto, mas eu estou tendo alguns problemas no que eu chamo de VIDA REAL, por isso a demora de dois meses pra lançar uma review de um jogo de NES. Mas antes tarde do que nunca, e finalmente esse dia chegou.

Só respondendo a mais uma questão que alguns de vocês provavelmente vão ter (ou não) de quando que vai sair o próximo review da série. Quanto a isso, é bem difícil responder. Seguindo minha ordem o próximo seria Final Fantasy III, cujo eu não faço a mínima ideia de qual versão eu pretendo jogar ainda. Mas Final Fantasy III não é um jogo tão grande, então até antes de 2023 é possível.

Se você tá perdido e não viu a outra review que eu postei há uns dois meses sobre Final Fantasy I, vê lá, vai compensar eu juro. Bom: basicamente eu queria fazer review da série toda antes de sair o XVI, mas acho que isso é impossível então...talvez antes de sair o FF VII Rebirth? Veremos. Sem mais delongas começa a review agora Comic.

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Final Fantasy II.

Final Fantasy II é um jogo eletrônico JGG (vulgo JRPG) desenvolvido e publicado pela Square (originalmente) apenas no Japão em 1988 para o NES, sendo o segundo título da franquia Final Fantasy. Ele é notável por ser um dos primeiros JRPG's feitos para console a destacar bastante a história, e por ser o primeiro jogo da série a apresentar muitos elementos que se tornariam clássicos de toda a franquia (tipo o Chocobo).

Desenvolvimento

Como todo bom Final Fantasy o desenvolvimento foi um caos, mas vamos por partes. Primeiro a Square decidiu fabricar 400 mil cópias já pra garantir uma sequência do jogo, porém acabaram fazendo mais de 520 mil. Desde o começo o jogo não havia uma direção concreta, então ele acabou tomando um novo rumo e cortou quaisquer relações de história e personagens com o I, se passando em universos totalmente diferentes (assim dando início ao costume icônico da série de cada jogo se passar em universos á parte).

Hironobu Sakaguchi, a lenda, assumiu o papel de diretor de novo. Usando a experiência que tinha conseguido com a primeira parte, que foi mais concentrada em encaixar ideias ou conceitos de histórias em seu novo sistema e mundo do jogo, os desenvolvedores criaram a história de Final Fantasy II primeiro e antes de tudo. A jogabilidade então foi moldada em torno da narrativa.

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Capa original de Final Fantasy II.

No geral tentaram fazer o sistema de avanço, progressão e experiência mais realista que o do I, mas mais tarde falarei disso. O enredo foi feito totalmente pelo Sakaguchi de novo, com ajuda de Kenji Terada. Nobuo Uematsu ficou com a música, assim como fez no primeiro jogo, e Yoshitaka Amano foi novamente o artista conceitual, criando a arte dos personagens para o jogo. Linda, diga-se de passagem, mas depois falarei muito mais dela.

"Tá...mas porque você disse que o desenvolvimento foi um caos?", bom...até agora tava indo tudo bem, até o visto de trabalho do principal programador do jogo, Nasir Gebelli expirar, e ele ser forçado a sair do Japão e voltar para a Califórnia. Nasir também tinha programado o primeiro jogo da franquia, e isso acontecer foi uma perda enorme para uma equipe que na época era tão pequena. Então durante algum tempo muitos ficaram sem saber oque fazer, porque seu principal programador tinha ido embora, mas por sorte deu tudo certo pois a equipe de desenvolvimento foi com ele até a Califórnia e terminou o jogo de lá, só pra ter uma noção de como ele era essencial a ponto de fazer toda a equipe do jogo ir com ele pra outro país só para terminar o jogo.

No final Final Fantasy II foi lançado 364 dias (quase um ano) depois do lançamento do primeiro título. O jogo também até ganhou uma novel em 1989 feito por Kenji Terada chamada de Final Fantasy II: Muma no Meikyū (lit. "The Labyrinth of Nightmares"). Foi publicada só no Japão, pela Kadowaka. Se eu conseguir achar umas fotos da novel, vou colocar umas 4 aqui em baixo.

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Achei.
Enredo (sem spoilers)

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Os protagonistas

Ok, esqueci de avisar mas eu joguei a versão de PSP de Final Fantasy II, ou seja, a versão que tem a Soul of Rebirth, que é tipo uma mini dlczinha pra história. Essa versão é a que eu considero melhor e aconselho a todos jogarem ela caso possam (e queiram).

Quanto ao enredo, é bem mais complexo que o de Final Fantasy II. Não é algo de explodir cabeças, nem algo filosófico como Final Fantasy VI ou VII, mas é muito bom pra época em que foi feito. Sério mesmo, é um salto absurdo na qualidade do enredo do I pro II. Um dos pontos fortes de FF2.

O jogo gira em torno de quatro protagonistas, eles possuem nome mas você pode mudá-los. Firion, Maria, Guy e Leon, vou chamar-los pelo nome base deles. No entanto há outros personagens jogáveis e importantes para a trama também, que não vou contar mais sobre por questões de spoilers.

Final Fantasy se passa em um mundo sem nome, um enorme continente com algumas ilhas ao redor. A história começa quando o Imperador Mateus (se eu não me engano nunca falam o nome dele no jogo, mas o nome é Mateus) de Palamecia invoca monstros do fundo do Inferno em sua missão de dominar o mundo. Firion, Maria, Guy e Leon ficam órfãos quando o Império ataca a cidade de Fynn e são derrotados por soldados imperiais enquanto fogem. Firion, Maria e Guy são resgatados por forças pertencentes à Rebelião Wild Rose liderada pela Princesa Hilda e são levados até o vilarejo de Altair para serem curados, mas Leon desaparece no meio da fuga. Apesar de pedirem para se juntar à resistência contra o Imperador, Hilda recusa devido à inexperiência deles.

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Imperador Mateus de Palamecia.

Mas os caras são BR e não desistem fácil. Firion, Guy e Maria retornam a destruída Fynn e encontram o Príncipe Scott em seu leito de morte. Ele fala ao grupo sobre a traição do Contador Borghen e pede que eles encorajem seu irmão Gordon, que tem medo de se juntar aos rebeldes. Scott pede que não falem a Hilda sobre seus sentimentos por ela e pouco antes de morrer entrega-lhes um anel para levarem de volta. Trazer de volta o anel de Scott convence Hilda de que o grupo de Firion é forte o suficiente para juntar-se à luta. E aí o jogo começa.

O enredo, como eu já disse, é bem superior ao do I. Ele não tem medo de matar personagens importantes, então se você pensa que essa é aquela história de conto de fadas que ninguém morre você se enganou muito. O jogo não trata muitos assuntos maduros, mas emociona em certas partes. Tem um momento em específico que eu fiquei bem mal e triste durante a história. Pra um jogo de 1988, toda a narrativa era muito bem feita. Diferente de Final Fantasy I no entanto, não existem outras raças inteligentes além dos humanos aqui.

A versão Dawn of Souls do jogo tem uma campanha nova, Soul of Rebirth. Ela é desbloqueada depois de zerar o jogo pela primeira vez. Eu não posso falar muito, porque se eu falasse mesmo um pouco do enredo dela, seria spoiler. Mas ela adiciona uma historinha extra, que mostra oque aconteceu com uns personagens da história principal depois de terem sido convocados pra jogar no Vasco, e ocorre em paralelo ao final do II. É legalzinha, nada essencial, porém é legal sim. Falarei um pouco mais dela depois.

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Soul of Rebirth
Gameplay

Final Fantasy 2 é bem único, assim digamos, pois não usa um sistema de níveis clássico como conhecemos (Aquele valor de experiência singular para gerenciar o crescimento de cada personagem). Em vez de ganhar pontos de experiência a cada batalha, as estatísticas de cada participante se desenvolvem organicamente dependendo de quais ações eles realizam durante a batalha.

Por exemplo, quanto mais eu atacar com um arco, mais pontos de experiência com arcos eu ganho. O mesmo serve para espadas, machados, lanças, adagas,etc... Isso também se aplica a feitiços, quanto mais eu usar cura, mais o nível do meu feitiço de cura sobe, e assim vai. O HP e o MP (mana) aumentam dependendo de quanto você perdeu durante uma batalha, se você sofrer muito dano ou usar muitos feitiços ambos aumentarão regularmente. Força aumenta dependendo de quanto você da dano, agilidade do quanto você ataca, etc... No final a única estatística que importa mesmo é evasão, MP e HP.

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Antes, nas versões anteriores, esse sistema tava lotado de bugs, sendo o mais notável a capacidade de cancelar um comando que você tinha dado e ainda ganhar o XP, oque era roubadasso. Mas como eu disse: quase todos foram removidos nas versões posteriores.

Como existem muitas estatísticas, proficiência em armas e magias, baseadas em quantas vezes um comando específico era usado em batalha, vai precisar de um pouco de paciência pra que seja possível upar rapidamente no espaço de uma única batalha. Por isso muita gente não gostou desse estilo de gameplay, mas eu particularmente achei mais realista, apesar de ainda ser chato e requerir paciência para subir de nível.

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Tela de menu do PSP.

Como eu já disse antes, quatro personagens estão disponíveis para você no do começo do jogo, embora você não possa mudar a aparência deles, você pode mudar o nome. Quanto a classe, você recebe um equipamento inicial. Mas tanto faz isso, qualquer personagem pode ser oque quiser. Os grupos de batalha consistem em até quatro personagens, três presentes durante todo o jogo mas a quarta posição troca regularmente, por isso você vai passar 90% do jogo só upando três personagens. Além disso, você pode colocar um personagem na "fileira de trás" para que não sofra tanto dano, embora seja mais eficaz para personagens magos ou arqueiros.

Outro sistema que eu achei bem bacana é que, ao conversas com NPCs, o jogador pode aprender ou falar "termos chaves", que são parte fundamental nas dungeons da versão de 20th Anniversary.

Falando em dungeons, elas aqui são mais bem feitas que as do primeiro jogo. Não é tão mais fácil de perder (pelo menos comigo foi assim), o spawn de inimigos continua o mesmo mas não é nada tão absurdo. A trilha sonora que toca nessas dungeons também é boa, vou colocar ela aqui em baixo pra vocês escutarem (a versão remasterizada dela, a da 20th Anniversary). Toda dungeon é diferente uma da outra, até as dungeons da 20th Anniversary, só na Soul of Rebirth temos 3 dungeons que foram reutilizadas, oque é bem chatinho, podiam ter feito algo diferente pra essa campanha (que já é curta).

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Na versão do 20th Anniversary existem quatro dungeons bônus, chamadas de Arcane Labyrinths, que adicionam uns bosses extras (bem difíceis pra falar a verdade), armas novas bem mais fortes que as do jogo base, e uma historinha extra. Essas dungeons não chegam perto do Labyrinth of Time de Final Fantasy I, que a versão Dawn of Souls adicionava, mas são boas. A lore ao redor delas é escondida, então você tem que procurar para achar, e concluir ela desbloqueia um boss novo, e o mais difícil do jogo. Ela usa uma mecânica muito interessante e criativa envolvendo os termo-chaves do jogo, que molda as fases e afeta no loot que o jogador pode receber. Diferente das dungeons Dawn of Souls de FF I, os equipamentos aqui são mais difíceis de conseguir e são bem fortes, oque adiciona certa importância a eles

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Outra coisa: O jogo na campanha base não tem quase nenhum grind, porém na campanha do Soul of Rebirth tem bastante. BASTANTE. Então já sabe né, é um dos pontos negativos dela no geral, porém a história em torno dela e o boss acaba compensando. Destaque para o Boss final dela, que tem um design lindo demais, e toda a trama ao redor dele, do fato dele ter derrotado Deus e o Diabo, também é muito top. No geral considero o boss final de Soul of Rebirth melhor que o último boss do jogo base, então por isso essa mini campanha acaba tendo um saldo positivo comigo.

O mapa do jogo é como conhecemos em Final Fantasy I, temos cidades onde encontramos estalagens, lojas de armas e feitiços, igrejas, etc... Também temos dungeons é claro. Para nos locomover, durante metado do jogo é a pé. Depois conseguimos um barco, e lá pro final temos um dirigível igual ao do I. Eu não sei porque, mas tive uma sensação de que o mapa deste é menor que o do primeiro título. Talvez seja somente impressão (ou não).

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Igreja no jogo.
Visuais

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Final Fantasy II possui seus visuais de personagens, logo e gráfico feitos pela lenda, Yoshitaka Amano. Eu possuo uma grande admiração por esse cara, porque a arte dele é magnífica. Eu já falei na minha outra review, mas vou lembrar aqui: as influências de Yoshitaka incluem a banda desenhada ocidental, Art Nouveau, e serigrafia japonesa. Ele já ganhou vários prêmios, e não é só conhecido na indústria dos games não, já que ele já fez mangás e ajudou em animações também.

A singularidade dele em seus projetos é tão grande que ele não projeta imagens diretamente para animação ou quadrinhos. A arte do Amano gira em torno da gravura. A gravura envolve processos como a escultura em madeira e/ou placas de cobre, e a transferência de tinta para o papel. Além da xilogravura e a impressão em placas de cobre, Amano também usa o método da litografia. Ele geralmente usa acrílicos para colorir suas impressões, usando um efeito semelhante a aquarela, e muitos de seus trabalhos são inspirados na estética ukiyo-e. Um artista de verdade, de fato.

A arte dele em Final Fantasy II não fica pra trás em nada da do I. Na minha opinião até supera em certas partes. Todo o design dos personagens melhorou bastante, os dos bosses eu ainda prefiro um pouquinho, mas só um pouquinho, o do I. Mas em todo o resto tá muito superior, a direção de arte é algo que eu nunca critiquei nessa série (talvez em FFXV...).

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Artes da capa da versão NES do jogo. Nunca lançada no Ocidente.

A arte do NES é boa, levando em conta os padrões da época, já que naturalmente o console só suportava 8 bits. Porém em versões posteriores como a do PS/PSP a arte é muito superior, principalmente na versão de 20 anos do jogo. Tudo foi melhorado, todos os sprites estão beeeem superiores, e até me passa uma emoção a mais durante as lutas (realmente sprites bem feitos é algo que eu me importo muito nos jogos 2D).

Na versão Pixel Remaster entretanto, os sprites são inferiores, de novo. Eu nem vou reclamar tanto, porque é mobile e é compreensível terem "capado" os sprites, pra fazer o jogo rodar em mais celulares talvez? Mas pra PC não tem como passar pano, podiam ter portado a versão do PSP e terem só remasterizado as músicas mesmo, mas eu falo disso melhor depois. Eu sei que tudo vai de gosto, mas pra mim é resumidamente: Artes da versão PSP >>>>>>>> ALL

Vou deixar uma comparação aí.

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Pixel Remaster a esquerda, versão 20th Anniversary do PSP a direita
Trilha Sonora e Design do Som

Toda a trilha sonora original do jogo foi feito por Nobuo Uematsu, seu décimo sétimo trabalho com músicas em videogames. Nem preciso dizer o quão boa as músicas desse cara é, então no quesito trilha sonora esse jogo não peca em nada (na real nenhum Final Fantasy peca).

Final Fantasy II teve três temas não usados compostos por Nobuo: um tema do dirigível, removido devido a ser muito "feliz" para este jogo que é um pouco mais "dark"; um tema de dungeons, removido deste jogo e mais tarde usado em Final Fantasy VI; e um "tema de shop", removido em última análise por ser muito parecido com o tema de shop do Final Fantasy original.

Os meus temas favoritos são o do Pandemonium, Rebel Army e Battle 2. Existe uma playlist das músicas do jogo da versão original e da versão PS, ambas disponíveis no Spotify (porém infelizmente não consegui colocar ela aqui). O jogo teve sua trilha sonora remasterizada primeiro com a versão do PS, depois com a Pixel Remaster, com esta sendo a melhor coisa dessa versão: a música totalmente remasterizada, e muito boa. Só que de novo, infelizmente ela não está disponível tão fácil na Internet, só para comprar digital. Parabéns Square.

Felizmente consegui encontrar uns vídeos no YouTube com algumas das trilhas sonoras da versão Pixel Remaster. Todos os créditos da música vão para a Square e/ou seus compositores. Os créditos dos vídeos vão para os respectivos donos dos canais (por favor Square não me prende):

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Indo pro lado do sound design...bom, tá a mesma coisa do Final Fantasy I, nem tem muito oque dizer. É quase um CTRL+V CTRL+C de todos os efeitos sonoros do primeiro título da série, oque é uma pena pra falar a verdade. Podiam ter adicionado pelo menos o som de passos, mas não né, deve ser muito difícil de fazer. Eu até entendo não ter na versão NES, mas há total ausência de sons BÁSICOS até nas versões de Playstation Portable, desculpa Square mas aí não tem como te defender.

O problema segue sendo o mesmo: Existem sons de ataques com espadas, machados, arcos,etc... mas no final são tudo o mesmo som, e nem parece algo de metal realmente. Não tem efeitos sonoros de coisas como passos (até Pokémon de game boy tem isso), o som pra quando se usa um item é o mesmo em todas as ocasiões, entre outros que são básicos, mas não se encontram nem nas melhores versões do jogo. Pelo menos, pra não falar que eu tô sendo injusto, agora a água tem som. Palmas! Palmas!

Versões e Ports

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Final Fantasy II, Gameboy

Resolvi separar uma parte da review para falar só sobre os mil milhões de ports que esse jogo teve. Eu tenho orgulho de falar que joguei todos, menos a versão do Wonderswan Color (que é a mesma do Playstation) então acho que dá pra entender que eu manjo pelo menos um pouco do quando o assunto são ports de Final Fantasy II.

O primeiro remake do jogo foi lançado em 2001, pra Wonderswan color. Tiveram muitas atualizações gráficas e sprites refeitos. Depois veio a versão Playstation, que foi quando o mundo ocidental teve acesso ao jogo através de uma coletânea do I e do II. A versão em si era quase a mesma coisa da versão do Wonderswan, com resolução superior, porém tinha bem mais recursos devido ao maior poder de processamento do PlayStation, como uma cena em full motion, sons muito melhores, um bestiário, uma Galeria de Arte por Yoshitaka Amano, e uma galeria de coleção de itens. O jogo também apresenta modos de dificuldade fácil e normal. Essa versão não tem oque reclamar, é muito boa, apesar de ainda ser inferior ao do PSP.

Depois veio a versão Game Boy Advance, onde Final Fantasy II foi lançado em uma compilação com o I, ambos na versão Dawn of Souls. Esta contou com a adição de retratos dos personagens feito por Yoshitaka Amano e usados sempre que um personagem principal está falando em uma caixa de diálogo. Além da nova campanha, Soul of Rebirth. Posteriormente tivemos a versão PSP, esta sendo a mais completa. Aqui se encontra todo o conteúdo que as outras versões já tinham + quatro dungeons bônus. Essa sem dúvidas é a versão definitiva para o jogo.

Aí vem o famigerado Pixel Remaster, pra Android/IOS e PC. Não me levem a mal, não tenho nada contra quem gosta dessa versão, eu respeito suas opiniões na verdade. Só que ela é um desastre em termos de conteúdo! Ela literalmente cortou as dungeons bônus + a campanha Soul of Rebirth. Além do estilo artístico que eu pessoalmente não gosto. Então....é, eu vou ter que citar a versão Pixel Remaster como ponto negativo de novo, já que DE NOVO cortaram conteúdo. Pelo menos as OSTs são muito melhores nessa versão.

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Outra curiosidade antes de terminar a review: O jogo iria ter, inicialmente, uma versão americana. A Square Soft, subsidiária norte americana da Square, começou a trabalhar numa localização em inglês de Final Fantasy II. Uma versão beta até chegou a ser produzida, e o jogo foi até anunciado em diversos comerciais da Square Soft. Porém a idade do jogo original japonês e a chegada do SNES, o console sucessor do NES, levaram a Square Soft a cancelar o trabalho na localização de Final Fantasy II em favor do recém lançado Final Fantasy IV (o qual, para evitar confundir os jogadores norte americanos, foi renomeado para Final Fantasy II para refletir o salto nos lançamentos. Então o Final Fantasy II nos EUA é na verdade o IV, enquanto o II de verdade não existia lá até 2003). Só bagunça.

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Antigo poster promocional que inclui o protótipo da arte de capa de FFII e FFIII para NES, nenhum dos quais foram lançados nos EUA.
Conclusão

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Enfim, terminamos essa review. Demorou um "pouco" mais que eu esperava que demoraria, mas no final o importante é que saiu. Eu comecei a rejogar Final Fantasy II há uns 2 meses pra fazer a review, só que procastinei tanto que levou um tempão pra terminar ele, sendo que normalmente levaria só umas 10-12 horas jogando com calma e fazendo todo o conteúdo bônus.

Seguindo a linha de reviews Final Fantasy III vai ser o próximo, só que eu não posso afirmar com total certeza quando vai ter review dele, daqui 3 meses provavelmente? Não sei, só sei que vai ter algum dia, promessa de gato. Engraçado que por enquanto tá sendo bem de boa e divertido fazer essas reviews, acho que apartir do V os surtos vão começar de verdade, aí vai ficar realmente muito engraçado.

Falando do jogo em si, na minha conclusão Final Fantasy II não muda tanto a formula do primeiro, é um jogo de turnos 2d em grupos de quatro pessoas em que os personagens passam por uma jornada do herói etc..., só que algumas mudanças me agradaram bastante e eu vejo como melhorias em relação ao primeiro título. A história é bem mais pesada que a do I e não tem medo de matar personagens importantes, o novo sistema de upgrade é mais realista e faz mais sentido (embora seja mais paia upar), os termo-chave são adições interessantes e deixam os diálogos mais dinâmicos, entre outras melhorias.

Quanto a nota: É pessoal. Todo mundo pode, e é livre para ter opiniões diferentes e discordar e mim, porque vivemos em uma democracia (talvez). Eu levei em consideração pontos positivos como trilha sonora, enredo mais maduro, a nova campanha Soul of Rebirth, entre outras coisas que me agradaram. Já os negativos já vou deixar bem claro que são pontos como a versão Pixel Remaster, grind absurdo (principalmente na campanha Soul of Rebirth), design de som, etc...

Obrigado por lerem até aqui. Agradecimentos especiais a todo mundo lá do discord da GV, já que só tem gente boa lá. Principalmente pros mods, que sempre tiram minhas dúvidas quando vou fazer minhas news, porque eu vivo esquecendo dos comandos kkk.

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8.5
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Nota
Final Fantasy II não revolucionou em relação a seu antecessor, mas trouxe mudanças agradáveis que fizeram este título melhor que o primeiro
Prós
  1. Melhorias no sistema de XP e upgrade
  2. Dungeons do jogo
  3. Trilha Sonora
  4. Enredo mais maduro que o primeiro
  5. Visuais e estilo artístico do jogo
  6. Labirinto Arcano
  7. Bosses/Enredo da campanha Soul of Rebirth
  8. Versão especial dos 20 anos
Contras
  1. Design de som ainda precário, mesmo nas melhores versões
  2. Grind absurdo na campanha SoR, além das dungeons reaproveitadas
  3. Demora para melhorar certos atributos dos personagens devido ao novo sistema de XP, oque requer muita paciência
  4. Versão Pixel Remaster ainda corta conteúdo
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RPGs ocidentais são bem melhores que os orientais. Isso são apenas fatos

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