Análise | Wonder Boy: Asha in Monster World

Os jogadores mais velhos devem estar familiarizados com Wonder Boy, uma clássica série de plataforma que fez muito sucesso durante os anos 80 e 90 nos arcades e consoles da SEGA durante a época.

Em uma tentativa de reviver essa série após quase 20 anos na geladeira, diversos títulos da franquias têm sido lançados nesses últimos anos, desde jogos totalmente novos até remakes dos clássicos.

O mais novo título a ser lançado é Wonder Boy: Asha in Monster World, o qual traz o icônico Monster World IV de seu antigo gráficos 16 bits para um visual mais moderno para agradar um público atual.

Asha in Monster World acompanha a personagem que dá nome ao título, uma guerreira que precisa libertar quatro espíritos elementais que foram aprisionados. A história é leve e serve apenas como uma forma de apresentar o mundo.

Como a grande maioria dos jogos do gênero, o foco é no gameplay, e Asha in Monster World entrega em grande parte uma experiência satisfatória nesse quesito, com muitos desafios interessantes.

As dungeons aqui são o grande destaque, apresentando uma exploração caótica, mas divertida. Você com certeza ficará perdido algumas vezes durante o jogo, incentivando você a sempre tentar memorizar o layout. Isso torna tudo mais dinâmico e traz um desafio extra.

Cada uma das dugeons apresentam diversos quebra-cabeças para você resolver, além de desafios no próprio cenário. A parte de plataforma também consegue divertir, especialmente após você conseguir seu parceiro Pepelogoo, permitindo que a jovem Asha utilize novas habilidades de exploração, como salto duplo e planar.

Já se tratando do combate, não podemos dizer o mesmo. Não só pela sua simplicidade já esperada, mas também por muitas vezes acabar sendo frustrante a forma que os inimigos podem causar dano de forma ininterrupta, levando a uma morte injusta.

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Artisticamente Asha in Monster World é muito competente, conseguindo dar uma nova cara a esse clássico título, deixando o título muito mais bonito para os padrões atuais, tudo isso enquanto se mantém fiel à estética do original, trazendo um charme agradável. No entanto, o grande problema do jogo seja justamente esse, se manter fiel demais.

Embora atualizando os gráficos para as plataformas do momento, as mecânicas ainda permanecem exatamente as mesmas do jogo original de 1994. Isso resulta em um título novo que já nasce de certa forma datado.

Além de sua enorme simplicidade por ser um jogo já antigo, o título ainda apresenta diversas mecânicas frustrantes e em muitos casos lenta de uma era passada, mostrando como o gênero evolui durante todos esses anos.

O jogo também acaba sendo muito curto devido a forma que os desenvolvedores facilitaram o título, permitindo salvar em qualquer lugar e fornecendo itens que permitem ressuscitar ao perder todas as vidas. A adição de conteúdos extras, como novas dungeons, poderia ter sanado esse problema, trazendo novidade para todos os jogadores.

Um bônus interessante no jogo é que ele vem acompanhado pelo Monster World IV original caso você opte pela versão física. Essa é uma ótima oportunidade caso você deseje rever o jogo original ou apenas comparar com a nova versão.

Wonder Boy: Asha in Monster World é um remake bonito, mantendo o charme do original. O título apresenta momentos divertidos de plataforma e quebra-cabeças, embora acabe frustrando um pouco durante a ação. No entanto, sendo um remake fiel ao original, ele acaba sendo um jogo um tanto quanto datado, sendo apenas funcional na maioria de suas mecânicas.

Essa é uma boa oportunidade para os fãs antigos que desejam reviver essa clássica aventura, mas para os jogadores novos na franquia, ela não apresenta nada de muito interessante para o gênero que você não possa achar melhor em outros jogos do estilo.