Desde os anos 1980, jogos de mundo aberto são fontes constantes de novos fascínios

Desde os anos 1980, jogos de mundo aberto são fontes constantes de novos fascínios

Uma das grandes façanhas dos games como arte é consegue produzir por meio de suas várias formas é levar seu publico a mundos bem além do planeta Terra.
#Artigos Publicado por Allan Kardec, em

Uma das grandes façanhas que a arte consegue produzir por meio de suas várias formas e peças, é a habilidade de levar seus consumidores/espectadores a mundos bem além do planeta Terra. Pelo menos por alguns minutos, horas, dias ou até mesmo anos, a arte nos transporta a lugares diferentes de diversos universos imaginados por algumas das mentes mais brilhantes que já passaram pelo mundo, por meio de páginas de um livro, um filme em grandes telas, e também por meio dos videogames.

Entre todas as formas de arte que podem ser listadas, o videogame sempre terá seu destaque por ser uma mídia interativa. Não é por menos que os últimos avanços tecnológicos do ramo, por meio do desenvolvimento contínuo da realidade virtual, apenas aprofunda essa característica célebre do meio de jogos.

Uma das melhores formas de se experimentar e celebrar essa interatividade da mídia, vem por meio dos jogos de mundo aberto. Tais jogos tem origem já na década de 1980, com um dos mestres da arte, Shigeru Miyamoto, dando “vida” às suas fantasias explorando os campos do Japão por meio do primeiro game da série “The Legend of Zelda”, para o Nintendinho.

Mesmo com as limitações tecnológicas da época, Miyamoto e sua equipe na Nintendo conseguiram criar um mundo totalmente imersivo. O herói Link, a donzela Zelda, e os vários vilões, desde os centauros Lynel e os morcegos Keese até o grande chefão, Ganon, são ícones que podem ser encontrados nos jogos mais atuais da série. Além disso, o formato de “mundo aberto” abriu as portas da indústria quanto aos verdadeiros limites da mídia.

34 anos depois, os jogos de mundo aberto não são mais exceções à regra. Alguns dos melhores jogos da história, como The Witcher 3, Horizon Zero Dawn e Minecraft, são parte do gênero. E o melhor de tudo é que ele não para de se expandir.

Por hora, o futuro nos reserva o lançamento de dois grandes jogos – Cyberpunk 2077 da CD PROJEKT, desenvolvedora da série The Witcher, cuja temática está no próprio título; e Elden Ring, novo jogo da From Software, feito em parceria entre o diretor da série Dark Souls, Hidetaka Miyazaki, e o autor dos livros que inspiraram a série Game of Thrones, George R.R. Martin. Dois jogos com nomes (e expectativas) de peso, que darão o tom da evolução da indústria a partir de seu lançamento.

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Saindo dos trilhos

Antes da popularização dos jogos de mundo aberto, a experiência do jogador era geralmente tida como algo “sobre trilhos”. Isso denotava como a trama dos games se desenvolvia em forma roteirizada, com eventos acontecendo de forma pré-definida conforme o jogador progredia em seus objetivos.

Essa experiência é ainda totalmente válida, considerando quantos momentos icônicos foram gerados por meio dessa forma de se contar histórias pelos videogames. Mas ela era também representativa das limitações tecnológicas que gerações anteriores da mídia carregavam.

Mas hoje, em um mundo onde videogames tem orçamento de grandes filmes de cinema e lançamentos de jogos são quiçá mais celebrados como suas contrapartes cinematográficas, o cenário muda para melhor. As limitações são resolvidas, e a chance de se explorar mundos com milhares de possibilidades no conforto de sua casa se torna realidade.

Essa multiplicidade de possibilidades nos jogos de mundo aberto em vários dos eventos que ocorrem dentro daquele universo, é um dos maiores atrativos da mídia. Isso explica o sucesso de tantos jogos que apesar de terem sido lançados há anos atrás, como os da série Skyrim e Fallout, serem ainda recordistas em jogadores ativos em várias plataformas. A paixão por estes jogos é sempre renovada pela perspectiva de novas descobertas, graças à segredos revelados no jogo-base, e/ou por meio de modificações feitas por fãs apaixonados por estes games.

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O mundo virtual gera efeitos no mundo real

Existem também os jogos que apesar da “idade”, continuam tendo tempo dedicado por parte de seus desenvolvedores. Um dos casos mais famosos é Grand Theft Auto V, que possui constantes atualizações de conteúdo que introduz ao jogo novas áreas a serem exploradas.

Uma das grandes atualizações recebidas por GTA V foi a introdução do Diamond Casino & Resort, após quase seis anos de espera. Em uma área antes restrita ao acesso dos jogadores, surgiu um espaço onde poderia se experimentar vários jogos célebres de cassinos físicos, como roleta e blackjack.

No mundo real, houveram reações ao aumento de demanda por conta de GTA. Uma delas veio por meio do site de jogos online Betway Casino Blackjack, que introduziu novas modalidades do jogo – possibilitando que ele fosse praticado ao vivo ou até mesmo pelo celular.

Entretanto, a experiência de GTA não é tão única. O primeiro Red Dead Redemption, lançado em 2010, já possuía mesas abertas de poker. The Witcher 3 introduziu o jogo de cartas Gwent, que acabou gerando também games próprios para PCs, consoles e celulares. E Fallout: New Vegas, um dos melhores jogos da série da Bethesda, se passa na cidade que é o epicentro dos cassinos. Logo, a trama do game acaba envolvendo também esses espaços de jogatina.

GTA não está sozinho como jogo tão famoso que gera um efeito de “transbordamento” de demanda para o mundo real. Algo que vale para atestar a popularidade do gênero de jogos abertos.

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Realidade virtual é a nova fronteira

Uma das grandes vantagens dos videogames é que as tecnologias desenvolvidas em TI logo são integradas à mídia. A realidade virtual é uma delas.

E a combinação entre realidade virtual e mundo aberto com certeza será amplamente explorada uma vez que o RV começar a se popularizar. Além disso, os jogos para RV já tem começado a ganhar “cara” de mainstream muito graças à Valve por meio do recente lançamento de Half-Life: Alyx, que foi um grande sucesso na crítica especializada.

Enquanto este jogo de Half-Life encontra-se no gênero de jogos “sobre trilhos”, sua qualidade estética é o prenúncio do potencial da realidade virtual nos videogames. Mostra que com um investimento decente, grandes jogos podem ser produzidos para o RV.

Ainda que Cyberpunk 2077 e Elden Ring não sejam os jogos de mundo aberto que começarão a explorar esse potencial, jogos futuros com certeza poderão fazê-lo. Tudo depende da vontade dos desenvolvedores de jogos, da disposição ao risco por meio dos investidores nos estúdios de videogame, e do grande público para atender uma futura oferta com grande demanda.

Allan Kardec
Allan Kardec #okardec

Analista e Administrador de Sistema vulgo Programador

Amante de artes, com gostos peculiares e até duvidosos!

Sempre por aqui indicando um joguinho interessante ou desconhecido. Segue eu!

Administrador do Site, Luziânia, GO, Brasil
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