David Gaider, escritor da trilogia Dragon Age, diz que é uma má ideia adaptar a franquia Mass Effect a uma Série/Filme

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Billy Butcherem

De acordo com um relatório lançado pela Deadline, a Amazon estaria perto de fazer um acordo para produzir uma Série de TV baseada em Mass Effect, a famosa saga de ficção científica originalmente publicada pela Microsoft Studios no Xbox 360 que ajudou a tornar a BioWare um dos mais importantes estúdios de jogos da história.

David Gaider, escritor principal dos três capítulos da série Dragon Age e que agora se afastou da BioWare desde 2016 após 17 anos de colaboração, comentou sobre o rumor, dizendo que na verdade ele está bastante preocupado com a filosofia por trás de Mass Effect e as outras sagas de RPG da empresa canadense podem se perder em um setor diferente do dos videogames.

"Estou aliviado em saber que o acordo Mass Effect/Amazon é para uma potencial Série de TV e não um Filme. Mesmo assim, a possibilidade (e o mesmo vale para Dragon Age) me faz estremecer um pouco, ao contrário de muitos fãs que parecem... animados?"

"Para começar, Mass Effect e Dragon Age têm um protagonista personalizado, o que significa que o programa de TV terá que escolher entre um menino e uma menina. Boom, desde o início você acabou de alienar uma parte inteira da base de fãs que acalentavam suas próprias esperanças."

"Em segundo lugar, esses protagonistas devem ser um pouco não definidos, já que o jogador preenche-o com suas próprias decisões. Não funcionará em um meio passivo. Então, de repente, o protagonista terá sua própria personalidade e sua própria história. Vai ser estranho."

Gaider então disse que estava preocupado em como os companheiros poderiam ser tratados, como alguns poderiam ser negligenciados em favor da trama narrativa e como o vínculo que é criado entre o jogador e estes é fundamental tanto para Mass Effect quanto para Dragon Age.

As interações dos personagens estão no cerne das sagas da BioWare, já que "tanto o enredo de Mass Effect como o enredo de Dragon Age foram, na melhor das hipóteses, úteis. E não quero dizer isso de forma depreciativa. As histórias tinham que levar o jogador a conta.. A interatividade estava no centro de tudo, não o enredo."

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