A venda de informações de usuários entre empresas de tecnologia não é mais nenhuma novidade. Porém, durante esta semana, uma companhia que comercializa um dos mais populares pacotes de proteção de computadores e plataformas mobile, a Avast, foi acusada de vender informações de seus clientes através do antivírus para PCs.
A acusação foi feita a partir de um levantamento feito pela Motherboard e PCMag, que mostra o antivírus Avast coletando dados e os enviando para a Jumpshot, uma subsidiária da marca de segurança.
As informações são transformadas em produtos para campanhas de publicidade, como Google, Yelp, Microsoft, entre outras empresas gigantes.
Através da coleta de dados é possível monitorar o comportamento do usuário com altos níveis de detalhes. Os dados dão registrados como anônimos, porém, apresentam informações de data e hora em que a visita foi realizada, além de mostrar palavras usadas na busca. Segundo a Motherboard, essas informações são suficientes para identificar o usuário.
Durante o levantamento, foi verificado que a Avast chegou a vender o pacote de informações de seus usuários por mais de US$ 2 milhões em 2019 para uma empresa chamada Omnicom Media Group.
Em sua defesa, a Avast e a Omnicom Media Group afirmaram que chegam às informações por meio de vazamento de dados, além de conseguir acesso a documentos e contratos.
Apesar da justificativa, em outubro do ano passado, a Avast já havia sido acusada de coletar dados por meio de extensões para navegadores. Na época, empresas como Google, Mozilla e Opera retiraram programas da companhia e AVG de seus softwares.
"Garantimos que a Jumpshot não adquire informações de identificação pessoal, incluindo nome, endereço de e-mail ou detalhes de contato de pessoas que utilizam nosso popular software antivírus gratuito", declarou um representante da Avast.