Warren Spector criou Deus Ex por ressentimento com o estúdio de Thief

Warren Spector criou Deus Ex por ressentimento com o estúdio de Thief

Devs de Thief disseram que não faria sentido um jogo de furtividade com possibilidade de enfrentar inimigos.
#Games Publicado por Vinicius, em

Deus Ex foi uma franquia muito importante no mundo dos jogos, criando a base para muitos títulos que seriam futuramente lançados. No entanto, essa série tem uma conexão um tanto curiosa com Thief.

Warren Spector, o criador de Deus Ex, trabalhou por um tempo no estúdio Looking Glass, responsável pela franquia Thief. Ao jogar um dos níveis do jogo, Spector se lembra que teve dificuldades em passar furtivamente e pediu para os seus companheiros uma forma de passar lutando contra os inimigos. Em resposta aos conselhos de Spector, a equipe afirmou que se pudesse enfrentar os inimigos, negaria o sentido de poder passar na furtividade.

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De acordo com Spector, isso acabou o marcando, e ao ser demitido do estúdio, decidiu criar um jogo onde o jogador poderia escolher a forma que desejava jogar. O objetivo era deixar os jogadores resolverem os problemas da forma que desejarem. No entanto, ele queria evitar ser comparado com franquias como Thief e os RPGs da BioWare.

[Queríamos dar] aos jogadores escolhas sobre como resolver problemas. O jogo tinha que ser sobre o quão inteligentes e criativos os jogadores eram, não o quão inteligentes e criativos nós, como desenvolvedores, éramos

Se as pessoas... nos comparassem com a furtividade do Thief, estaríamos mortos; se comparassem nossos elementos de RPG com os mais recentes da BioWare, estaríamos mortos. Mas se conseguíssemos fazer [o jogador] decidir como jogar, fazer qualquer coisa que quiserem, poderíamos governar o mundo.

Felizmente Spector conseguiu alcançar seu objetivo, entregando um jogo que até hoje é lembrado por muitos jogadores. Embora a forma de contar história e liberdade de gameplay seja algo que ele espera sempre repetir, Spector afirma que a história e mundo de Deus Ex não é algo que ele replicaria hoje em dia, por parecer muito com a realidade.

Na época, era ficção científica e as pessoas consideravam isso como tal. Muitas pessoas veriam isso como um documentário. [...] Agora, a ideia de que os jogos deveriam capacitar os jogadores e dar-lhes agência para contar suas próprias histórias? Isso eu sempre farei. Mas o mundo e a narrativa? Não.
Vinicius
Vinicius #VSDias55
Equipe do Site, Florianópolis
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