Análise | Halo: A Série (COM SPOILERS)

Análise | Halo: A Série (COM SPOILERS)

Encontre o Halo, vença a guerra
#Análises Publicado por ExoticVinicius, em

Halo é uma das mais interessantes franquias dos videogames que existe, possuindo uma mitologia tão rica e extensa que nem cabe nos jogos, e por isso precisaram lançar dezenas de livros para fechar seus diversos arcos. Some isto a uma grande leva de personagens interessantes com suas próprias histórias pessoais e uma narrativa muito bem construída. Isto é o universo de Halo, e com certeza não seria fácil adaptar esta história para uma série de TV.

Anunciada há 9 anos atrás, junto do anúncio do Xbox One, esta produção passou por um desenvolvimento extremamente conturbado, parecia que jamais iria sair do papel mas finalmente ela pôde ver a luz do dia, tudo graças a Showtime. Mas por mais interessante que seja, este não é o primeiro programa de TV da franquia, muito menos a primeira obra em live-action. Tudo começou com Halo: Landfall (2007), um curta metragem de alta qualidade criado para promover o lançamento de Halo 3, seguido por Halo 4: Foward Unto Dawn (2012), um filme protagonizado por Thomas Lasky durante sua adolescência e com a participação de Master Chief, e por último Halo: Nightfall (2014), uma série de TV que introduziu Jameson Locke ao vasto catálogo de personagens da franquia, e eu ainda nem citei os diversos trailers como Remember Reach. Porém todas estas produções tinham algo diferente da série da Paramount: Elas são situadas no mesmo universo dos jogos, que expandem o universo do game. Enquanto isso, esta nova série se posiciona como o início de uma nova linha do tempo, baseada no que foi criado pela Bungie. Mas afinal, ela se sai bem?

A série e os jogos

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O projeto já fez questão de demonstrar que este é um novo universo desde seu primeiro episódio, e isso gerou uma leve polêmica entre os fãs. Muitos queriam ver uma recriação 1:1 de Halo: Combat Evolved ou até de The Fall of Reach, mas aí eu pergunto: Qual seria a graça de acompanhar esta história se saberíamos exatamente o que iria acontecer?

Esta é a parte boa de uma adaptação: Assim como Sonic, Uncharted, Detetive Pikachu, entre outros, elas contam uma narrativa totalmente nova que é capaz de prender a atenção e curiosidade não só dos novos espectadores, mas também dos própios fãs da saga. E Halo não faz diferente, ele pega o conceito dos jogos e constrói um novo conto baseado nestes elementos. E no final, ela tanto acerta quanto erra, mas consegue um saldo positivo.

Algumas desavenças com o material original incomodam. O Master Chief passar a maior parte do tempo sem seu capacete (ou sem as calças) não é o problema, mas sim aquele personagem por trás da armadura não lembrar o Master Chief que conhecemos, e adição de alguns novos personagens como Kwan Ha foi maçante. Mas dentro de seu contexto, a primeira temporada estabeleceu os personagens que serão explorados ao longo de vários anos e iniciou uma jornada original para a humanidade desvendar aqueles grandes mistérios que vimos nos videogames envolvendo os Forerunners.

Enredo

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Começando pelo maior acerto da série, a obra da Paramount+ conseguiu o feito de explorar mais da lore de Halo do que os próprios jogos. Todos os títulos da franquia para Xbox e PC são na sua maior parte focados somente na Guerra Humano-Covenant e nos Forerunners, enquanto o programa de TV vai além com seus diversos núcleos focados nos insurrecionistas, a corrupção na UNSC, o programa Spartan, o passado de John, e mais. Porém o grande foco aqui foi o Master Chief descobrindo sua humanidade e questionando suas ações, em um não tão complexo enredo sobre o dilema da natureza humana. Essa essência é recorrente ao longo dos nove episódios e funciona bem, mas a trama erra na parte da construção do mistério em volta daquele artefato e nos objetivos da religião do Covenant.

Logo no primeiro episódio, Chief recupera o misterioso artefato alienígena durante uma missão no planeta Madrigal, no qual o Covenant também está desesperado atrás dele. Embora aqueles que conhecem a saga já saibam qual deve ser sua origem, a série enrola durante toda a temporada sem oferecer nenhuma resolução, e falha em atrair a curiosidade dos espectadores para obter respostas.

Porém não se engane: O centro desta temporada foram os personagens, e não a construção destes mistérios. A obra cria uma dinâmica interessante com heróis vividamente humanos, todos com seus conflitos pessoais e questionamentos sobre até onde devemos ir para salvar a humanidade. As suas diferentes motivações se colidem em diversas ocasiões e geram consequências excitantes para a série.

E paralelo a esta história, temos um núcleo focado na Kwan Ha, ao lado do ex-Spartan Soren, e não poderia ter coisa pior. Uma sequência de eventos totalmente entediantes e desnecessários. Tudo isto leva a revelação de que existe um portal no planeta Madrigal que provavelmente levará os protagonistas ao Halo na próxima temporada, e termina por aí.

Já final da série leva a uma caminho interessante que se desvincula ainda mais dos jogos, mas apresenta uma proposta inovadora para o conceito da franquia e pode levar os próximos episódios a um rumo ainda mais intrigante se forem contados da maneira certa.

À parte de seus defeitos, o enredo entrega uma jornada rasa e competente, criando a base para as futuras temporadas que tem enorme potencial para reproduzir a adaptação de Halo que sempre desejamos.

Atores e personagens

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É seguro dizer que a maioria dos intérpretes fizeram uma excelente atuação em seus respectivos papéis. Eu criei tópicos específicos para alguns dos principais personagens como Master Chief, Cortana, Halsey, Makee, Kwan e o Silver Team, então aqui irei focar no restante. Um destaque que eu queria dar aqui é para Olive Gray como Miranda Keyes, a atriz desempenhou uma excelente performance em trazer Miranda ao live-action, e reproduziu perfeitamente os traços da filha da Capitão Keyes com Halsey. Junto dela, Shabana Azmi entregou uma Admiral Parangosky com maior fidelidade possível a personagem original dos livros.

Os principais rostos da série foram dignamente aprofundados e bem desenvolvidos ao longo dos capítulos, alguns fáceis de se identificar e se apegar. Mas não somente os rostos humanos, como também aqueles em CGI. Os Prophets foram os principais membros do Covenant a possuir diálogos, e todos os seus aspectos foram perfeitos. Desde a aparência, CGI e personalidade, ficaram extremamente fiéis a suas versões criadas pela Bungie. E chega até a ser impressionante os produtores terem usado o próprio idioma Covenant na série ao invés de vermos alienígenas falando inglês mais uma vez, um trabalho que certamente não é fácil e merece reconhecimento.

Visual e figurino

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A equipe que criou todos os aspectos visuais da série são definitivamente aqueles que merecem mais respeito. Estes prestaram a devida atenção em todo o design produzido nos jogos e a recriaram em escala exatamente igual, ou até melhor.

Os cenários são esplêndidos, ver a cidade de Reach em live-action é um louvor, a High Charity e seu interior são impressionantes, o Halo está absolutamente lindo, e testemunhar alguns dos clássicos veículos da saga como os Warthogs, Pelicans e Phantoms em ação foi único.

O figurino foi devidamente representado. Os aspectos futuristas das vestimentas ficaram ótimos, desde as roupas civis até os trajes dos fuzileiros.

E o grande ápice deste trabalho foram os Spartans. As armaduras Mjolnir Mark VI do Silver Team foram um trabalho espetacular, todas elas passam a sensação que são verdadeiras armaduras de metal e não um simples cosplay, além de pesarem mais de 20 quilos no set. E arrisco a dizer que esta foi a melhor armadura do Master Chief já feita, superior até mesmo às dos jogos.

Mas nem tudo foi perfeito. Quando chega na parte dos insurrecionistas nota-se uma perda na qualidade, em alguns aspectos fica parecendo uma produção de baixo orçamento e não empolga tanto quanto o visual da UNSC. Na realidade, quase todos os defeitos da série parecem estar no núcleo dos insurrecionistas, no qual não faria a menor falta se fosse descartado nas próximas temporadas.

Efeitos especiais

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Antes de serem divulgados os primeiros trailers, eu não tinha grandes expectativas para o CGI da série. Acreditava que seria uma produção de baixo orçamento com um CGI barato, e eu não podia estar mais errado.

Foi revelado que a temporada teve um orçamento de U$10 milhões de dólares por episódio (Totalizando U$90 milhões ao total), um número bem alto para um seriado. E conforme novos trailers eram divulgados, a qualidade dos efeitos só aumentava, mas eu ainda estava com um pé para trás, e mesmo assim fui surpreendido positivamente.

O CGI está sem dúvidas excelente, ainda mais para uma série de TV. Não possui a mesma qualidade de um filme e ele sai da linha em algumas cenas, mas foi incrivelmente bem reproduzido.

O Covenant obviamente foi o maior desafio para a equipe. Estes aliens de diferentes raças não poderiam ser interpretados por atores usando maquiagem, então seria necessário muito dinheiro e muito trabalho para serem trazidos ao live-action, e o resultado não decepciona. Todos os membros do Covenant - Desde os gigantescos Brutes até os pequenos Grunts - são extremamente detalhados, a movimentação do corpo é suave e realista, e são brutais na hora do combate.

Outro destaque também vai para Cortana, que foi desenhada em alta qualidade e está melhor do que nunca, a cidade de Reach também foi reproduzida até as mínimas particularidades, os Pelicans em ação ficaram altamente realistas, as cenas de Slipspace também surpreendem. E não podemos esquecer o Master Chief e o Silver Team nas épicas cenas de ação contra os alienígenas.

Cenas de ação

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Apesar do orçamento de 90 milhões, ainda é possível notar algumas limitações por causa do dinheiro, por isso as batalhas não são frequentes. Halo trouxe um foco maior no drama e na narrativa, enquanto sequências de ação intensas ocorrem somente nos episódios 1, 5 e 9. E quando ocorrem, a série se torna Halo em toda sua essência. Realizadas com os efeitos especiais de primeira linha, incrível senso de movimento, linguagem visual exemplar e snippets de lutas corpo a corpo junto de um tiroteio memorável, essas cenas se tornam a melhor parte do obra da Paramount+ e reproduzem os Spartans-II em combate da forma mais fiel possível aos livros.

O Silver Team

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Uma das mudanças que a série fez em relação aos jogos: Aqui o Blue Team foi trocado pelo Silver Team, provavelmente uma escolha dos produtores para dar identidade própria ao seu trabalho e poder chamá-la de "Silver Timeline". Essa mudança era necessária? Acredito que não, o Blue Team caberia perfeitamente ali, com uma diferente pegada assim como o Master Chief. Mas uma coisa é inegável: O Silver Team é uma das melhores partes da série.

Cientistas afirmam que é fisicamente impossível não se apaixonar pela Kai-125, o Spartan Vannak-134 age mais como o Master Chief do que o próprio Master Chief, enquanto a Riz-028 é a menos explorada mas também não deixa a desejar. Essa equipe faz uma excelente participação ao longo dos nove capítulos e com certeza estou animado para ver mais deles.

Kwan Ha

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Antes da estreia do primeiro episódio, alguns rumores afirmavam que o Master Chief seria jogado para escanteio e que Kwan seria a verdadeira protagonista da série. Fico feliz em dizer que esses rumores são absolutamente falsos, e John ocupa o maior tempo de tela entre todos os personagens. No entanto, a jovem asiática também possui seu próprio arco e ganhou um episódio totalmente focado nela e no Soren, e este episódio em questão foi tão ruim que chegou a ser avaliado como o segundo pior episódio do ano para um programa de TV no site IMDB.

Felizmente, depois deste capítulo não temos mais notícias dela ao resto da temporada, mas provavelmente a veremos de novo no próximo ano da série, pois em Madrigal aparentemente está o portal que levará os protagonistas à Instalação 04.

Makee e AQUELA cena...

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As primeiras impressões ao ver Makee nos trailers não foram as melhores. Uma humana no Covenant parecia uma péssima ideia e tinha tudo para dar errado, mas o resultado não foi bem assim.

Diferente de Kwan Ha, a adição de Makee no elenco foi provavelmente por um motivo mais razoável: Economizar nos gastos, pois é muito mais barato apresentar uma personagem humana do que gastar milhões com um boneco em CGI (Só espero que isto não signifique que não irão adicionar o Árbitro no futuro da série). E também diferente de Kwan, ela leva a história para onde deve ir.

A personagem de Charlie Murphy se apresentou como uma vilã dedicada a acabar com a humanidade, mas se viu dividida sobre qual lado ficar neste conflito a partir do momento em que conhece John. E isto leva a cena mais polêmica de toda a franquia, em que eles se beijam e tiram a virgindade um do outro. Não dá pra mentir, foi uma cena constrangedora, e um tanto quanto forçada. Neste momento deu para perceber que os Showrunners realmente não conhecem a essência de Halo ou do Master Chief, e tentaram encaixar um clichê que se encontra em qualquer outro longa.

Mas apesar de angustiante, a cena não foi de toda ruim, e suas consequências foram bem exploradas ao longo do episódio. Justamente neste instante que Cortana passa a demonstrar que possui sentimentos pela primeira vez - justamente na pior hora possível - e durante o restante do episódio Makee se vira totalmente a favor da humanidade mais uma vez, até o final do episódio onde uma série de eventos traz novamente seu conflito interno na qual ela decide se rebelar de novo.

Tudo isto leva à trama do último episódio, onde é revelado que Makee estava todos estes anos sendo manipulada pelos Prophets, que iriam descartar dela assim que seu trabalho fosse concluído, seguido da morte da personagem ao ser baleada pela Kai-125. Sua participação no show não foi ruim, pelo contrário, trouxe uma interessante reflexão pessoal bem reproduzida.

Cortana e Halsey perfeitamente representadas

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Entre o vasto elenco da série, é seguro dizer que ninguém superou a participação de Cortana e Catherine Halsey. Ambas as personagens foram retratadas com perfeita fidelidade e traços únicos.

Começando pela Cortana, a personagem causou polêmica com a revelação de seu visual no trailer divulgado em Janeiro, mas o resultado final foi muito superior. Jen Taylor, a mesma atriz que interpretou Cortana em todos os jogos da saga, retornou ao papel na série e arrasou mais uma vez.

Olhando para a sua personalidade, ela é exatamente a mesma Cortana que vimos a partir de Combat Evolved, somente a sua origem foi alterada. Aqui ela foi criada com a intenção de "possuir" o corpo e mente de Master Chief, mas recusa a fazer tal ato, até que nos últimos momentos ambos personagens percebem que não há outra opção de escapar do planeta Covenant sem que o Silver Team sofra alguma baixa. Esta decisão cria um potencial interessante para a narrativa da próxima temporada e introduz um novo olhar a estes personagens que nunca foi visto antes, e acima de tudo, funciona.

E não podemos esquecer de Natascha McElhone como Doutora Catherine Halsey. Foi uma combinação de atuação e fidelidade que não possui nenhum defeito, McElhone conseguiu expressar perfeitamente o caráter frio e manipulativo da personagem de uma maneira que mais ninguém seria capaz. O roteiro também criou uma jornada para Halsey com maior fidelidade possível a obra original, sempre estando 2 passos à frente de todos. Inclusive, a série justifica as motivações sombrias da personagem melhor que o próprio The Fall of Reach, criando uma filosofia fenomenal para a nova saga.

A nova pegada com Master Chief

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No centro de toda a franquia Halo está o Spartan-117, Master Chief. O super-soldado que todos conhecemos protagoniza novamente esta produção, e desta vez tivemos uma visão completamente nova do personagem, mas que não deve agradar a todos.

John ainda possui a mesma origem e passado dos jogos, com a única diferença de que suas memórias de infância foram apagadas (o que faz até mais sentido que o material original), mas a sua personalidade é completamente diferente. O Master Chief original sabe controlar suas emoções, nunca fica ansioso, jamais perde o foco e não levanta a voz. Já a contraparte de Pablo Schreiber faz o completo oposto, e isso deve incomodar alguns dos fãs da saga.

Mas isto não significa que seja um personagem ruim, muito pelo contrário. Schreiber fez um exemplarmente comprometido com a construção do seu Master Chief, em uma crível jornada de reflexão e questionamentos sobre o que significa ser humano. É uma pegada totalmente nova com o personagem, que na maior parte funciona, mas esse desvio da personalidade não era totalmente necessário.

Conclusão

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Halo entrega uma interessante e agradável história, se divorciando de forma brilhante dos jogos e iniciando sua própria jornada baseada na rica mitologia do produto original. A série não tenta ser uma obra-prima, e mergulha em diversos clichês de ficção científica, mas constrói uma base sólida para esse mundo e estes personagens tão bem aproveitados, que se encontrarem um ritmo ainda mais firme nas próximas temporadas podem conquistar qualquer fã de sci-fi. É extremamente excitante ver a franquia sendo adaptada para um novo universo em live-action pela primeira vez, e pode conquistar um público totalmente novo.

7.8
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Nota
Um novo e diferente olhar ao universo de Halo, que comete vários deslizes mas acerta em criar a base para o futuro desta nova saga e uma narrativa repleta de personagens vividamente humanos.
Prós
  1. Um enredo que explora mais da mitologia de Halo do que os próprios jogos
  2. Master Chief e o Silver Team
  3. Atuação e a construção dos personagens
  4. Efeitos especiais
  5. Visual e figurino
  6. O Covenant
  7. Cenas de ação raras, porém perfeitamente executadas
Contras
  1. Descaracterização do Master Chief
  2. Kwan Ha e os Insurrecionistas
  3. Narrativa arrastada em volta dos mistérios do artefato
  4. Cena constrangedora
  5. Apesar de boas, as sequências de ação são poucas
ExoticVinicius
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