Crise Final: um guia completo para o evento mais complexo da DC

O Universo DC é abalado por crises que abalam a realidade em uma base semi-regular, mas a mais complexa e densamente esotérica de todas é a Crise Final de 2008. Escrito por Grant Morrison, o evento crossover fez o vilão Darkseid renascer na Terra e triunfar sobre os heróis ao desencadear a devastadora Equação Anti-Vida na comunidade de super-heróis da DCU, com o evento anunciado como "o dia em que o mal venceu". Mais do que apenas outro evento cataclísmico, no entanto, Crise Final foi a meditação meta-textual de Morrison sobre a natureza dos super-heróis e a narrativa de quadrinhos em geral.

Aqui está uma visão geral completa da Crise mais complicada de todas, incluindo os planos divergentes da DC para o evento, o escopo de abrangência do multiverso e as consequências da Crise Final no DCU.

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No ano que antecedeu o lançamento de Crise Final, a DC Comics publicou a série semanal Contagem Regressiva para a Crise Final, com vários heróis explorando o Multiverso DC renascido enquanto os Novos Deuses eram sistematicamente eliminados, um desenvolvimento expandido na minissérie Death of the New Gods de Jim Starlin. Enquanto promovido como tie-ins para Crise Final, o próprio Morrison se distanciaria dos títulos relacionados à sua história devido às discrepâncias gritantes, incluindo como Crise Final descreveu as mortes dos próprios Novos Deuses.

Em vez disso, os títulos iniciais mais relevantes para Crise Final foram escritos pelo próprio Morrison, mais notavelmente uma série de minisséries interconectadas que introduziu os Sete Soldados da Vitória pós-crise. Através dessas minisséries, Sr. Milagre e Darkseid são ambos revelados como tendo renascido na Terra em novos corpos hospedeiros. Na edição especial DC Universe #0, o velho vilão da Liga da Justiça, Libra, ressurge para formar uma nova Sociedade de Super-vilões e mata o Caçador de Marte para enviar uma mensagem à comunidade de super-heróis enquanto trabalhava secretamente para Darkseid.

Os primeiros seis números de Crise Final foram desenhados por J.G. Jones e colorido por Alex Sinclair, com Marco Rudy fornecendo arte adicional nas edições #5 e #6. Carlos Pacheco forneceu lápis para as edições #4-6, com tintas de Jesus Merino, enquanto Doug Mahnke desenhou as edições #6 e #7. A edição final foi assinada por Mahnke, Tom Nguyen, Drew Gerasi, Norm Rapmund, Rodney Ramos e Walden Wong. As duas últimas edições foram coloridas por Pete Pantazis, com cores adicionais na sétima edição fornecida por Tony Avina. Os primeiros quatro números foram escritos por Rob Leigh e o penúltimo número com letras de Rob Clark; a quinta e a sétima edições foram escritas por Travis Lanham.

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A série principal começou com Darkseid e Orion mortos em uma guerra invisível entre New Genesis e Apokolips, com Darkseid renascendo no corpo do detetive de polícia de Metropolis, Dan Turpin. A morte de Darkseid causou um efeito cascata na própria realidade, com a Terra servindo como o ponto focal para uma singularidade que determinou o destino de todo o Multiverso DC. Enquanto a bala que matou Darkseid viajava no tempo, o Flash Barry Allen da Era de Prata ressuscitou enquanto o Darkseid renascido convertia muitos dos heróis da DCU em seus súditos estúpidos através da Equação Anti-Vida.

Tal como acontece com os tie-ins iniciais, muitos dos tie-ins simultâneos para Crise Final tiveram pouca influência na história principal, em vez de seguir personagens separados usando o desdobramento da Crise como pano de fundo tangencial. Estes incluíram Rogues' Revenge de Geoff Johns e Scott Kolins seguindo a Galeria de Vilões, Legião de Três Mundos de Johns e George Perez como Superman ajudou a Legião de Super-Heróis no século 31 e Revelations de Greg Rucka e Philip Tan que seguiram Crispus Allen como o Espectro.

O tie-in mais importante foi a minissérie Superman Beyond de Morrison e Mahnke, com o Homem de Aço se juntando a uma equipe de versões alternativas de si mesmo de todo o Multiverso para lutar contra Mandrakk, um Monitor vampírico, enquanto descobre que ele faz parte de um gibi. Depois de completar sua missão, Superman voltou ao DCU para descobrir que Darkseid conquistou a Terra e aparentemente matou Batman depois que o Cavaleiro das Trevas atirou nele com a bala mágica. Depois de derrotar Darkseid e um Mandrakk ressurgente, Superman usou a Miracle Machine da Legião para desejar um final feliz, restaurando efetivamente a realidade.

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Embora o DCU tenha sido amplamente restaurado, as minisséries subsequentes explorariam as consequências imediatas da Crise Final. Uma linha de minisséries apelidada de Final Crisis Aftermath seguiria personagens informados diretamente por The Flash: Rebirth, de Johns e Ethan Van Sciver, fez Barry se acostumar com seu novo estilo de vida enquanto ele enfrentava um inimigo familiar. Foi revelado que a Crise fundiu temporariamente os super-heróis Red Circle Comics e Milestone Media no DCU antes de Flashpoint. Mais notavelmente, a perda de Batman foi explorada nos títulos subsequentes de Morrison que fizeram Dick Grayson se tornar o Cavaleiro das Trevas provisório antes do eventual retorno de Bruce Wayne após ser projetado no passado pelas Omega Beams de Darkseid.

Os efeitos posteriores da Crise Final serão sentidos em todo o DCU hoje, com o evento crossover Dark Nights: Death Metal fazendo Superman se aventurar em um planeta no Multiverso das Trevas inspirado diretamente na história anterior. Neste mundo, o Homem do Amanhã encontra uma versão onde Darkseid realmente triunfou sobre os heróis, solidificando seu domínio quando Superman o confrontou pela energia da Crise necessária para restaurar o DCU mais uma vez.