Os 9 maiores mistérios dos games resolvidos

Os designers de games são uns bichos curiosos. Alguns irão criar um jogo meticulosamente lindo para você explorar, recheado de desafios, enigmas e quebra-cabeças, cada qual exigindo uma dificuldade crescente ao jogador até chegar no ápice, num desfecho brilhante. Outros irão apenas atiçar o fogo e proporcionar mistérios insolúveis, alguns easter eggs absurdos que levarão anos, talvez décadas, para serem finalmente resolvidos.

Aqui abaixo você vai encontrar algumas dessas soluções - aquelas que pareceram demorar uma eternidade para surgir, ou aquelas que o levam a um lugar nunca antes visto dentro de um jogo tão familiar. Fique por dentro.

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Acredite ou não, em pleno 2014, fãs saudosos ainda encontravam novidades no incrível Super Mario 64, a plataforma que levou o encanador italiano a uma nova dimensão. Lá em 2002, alguém postou num fórum de discussão da GameFAQ que havia descoberto uma moeda impossível de ser apanhada na fase Tiny-Huge Island. Ao contrário das outras 191 moedas desse level, esta daqui era especial. Esta daqui era inalcançável. Apelidada de "a moeda impossível" pela comunidade Mario, a relíquia dourada fica debaixo da terra, próxima a uma descida e a um canhão de parede – basicamente impenetrável e impossível de se pegar.

Os fãs de Super Mario 64 ficaram perplexos com a tal da moeda. Alguns imaginaram que ela havia sido esquecida pelos programadores do game, mas em 2014, ou 18 anos depois do lançamento do jogo, alguém finalmente conseguiu fazer o impossível e agarrar a moeda. Como observado no vídeo acima, o YouTuber pannenkoek2012 o fez com uma ajuda de um assistente virtual. Ao emular o jogo e gravá-lo para o mundo todo, pannenkoek2012 nos ensina como teoricamente pegar a moeda utilizando apenas as nossas limitações humanas e reflexos de jogabilidade. E, mesmo com 18 anos de atraso, ficamos felizes que este mistério - pelo menos este - foi resolvido.

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Assim como na vida real, o mito do Pé-Grande nos ronda há muitos anos. Será que o Pé-Grande realmente existiu? Em Grand Theft Auto: San Andreas, da Rockstar, a possibilidade da besta rondar a cidade surgiu no ano de 2004, e mesmo desmentido em pleno 2013, ainda sim há pessoas que seguem-no procurando a qualquer custo naquele mapa gigantesco.

Na época do boato, uma tonelada de jogadores juravam de pés juntos que o haviam visto, incluindo fotos e provas do assunto no YouTube. Mas até mesmo o CEO da Rockstar naquele tempo, o senhor Terry Donovan, afirmou categoricamente que "não tem Pé-Grande, igual na vida real".

Claro que o GTA: San Andreas é conhecido por sua enorme quantidade de easter eggs, o que faz com que o mais cético dos jogadores creia na possibilidade de um Pé-Grande, mas depois de uma década de esclarecimento, vamos deixar este boato de lado. O Pé-Grande não mora em San Andreas (e nem em lugar nenhum) e ponto.

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Halo 3, da Bungie, é um clássico do Xbox 360, considerado um dos melhores jogos da série. Enquanto a maioria dos easter eggs é encontrada rapidamente nos jogos, este daqui em Halo 3 permaneceu em mistério durante sete anos inteiros. Lá em 2014, o jogador Lord Zedd conseguiu encontrar algo que havia sido deixado enterrado.

Como observado no vídeo acima, a mensagem "Happy Birthday Lauren" surge quando você carrega o jogo no dia de Natal e então pressiona ambos os direcionais para baixo. Trata-se de um easter egg bem específico, cujo texto fora inserido por Adrian Perez, um membro da equipe de desenvolvimento, à sua mulher. Ele jamais esperava que este easter egg fosse realmente encontrado.

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Sejamos sinceros: quantos de nós não acreditamos que o Mew realmente estaria debaixo do caminhão de S.S. Anne em Pokémon Red & Blue? Nós admitimos que sim, enquanto tentamos - de alguma maneira - mover aquele caminhão, até descobrirmos que realmente havia uma maneira de pegar o Mew sem trapacear. Isto é, sem usar um aparelho extra no GameBoy ou emulador, como o Game Genie ou Game Shark.

Em 2003, foi descoberta uma falha que permite que você pegue basicamente qualquer Pokémon no jogo, incluindo o lendário Mew. A falha em si reside em outra falha, na qual o treinador usa a técnica Fly (voar) justo quando encontra um oponente logo antes da batalha e assim evita o confronto. Logo ao avistar o oponente, o jogador deve pressionar o botão Start, abrir o menu Pokémon e voar para fora dali, o que causa uma confusão de códigos no jogo e permite o milagre acontecer.

Para pegar o Mew, você tem que ir além. Há toda uma metodologia rigorosa: batalhar contra um treinador específico e depois acionar a falha voo-escape na hora certa. O que acontece é que o jogo irá replicar o status do Pokémon anteriormente batalhado com o próximo Pokémon selvagem. No caso, o número índice de Mew é 21 e ao lutar, por exemplo, com um Youngster específico que possui um Slowpoke de level 17 (e cujo número índice também é 21), você vai acabar encontrando um Mew ao léu. Confuso? Veja o vídeo acima e entenda como fazer. E o melhor de tudo: este glitch funciona até mesmo hoje em dia nas versões do Nintendo 3DS. Infelizmente todos os Mews obtidos serão tratados como uma falha e por conta disso não poderão ser trocados.

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007 GoldenEye do Nintendo 64 foi um tremendo título, mostrando que um jogo em primeira pessoa poderia funcionar muito bem sem a utilização de um mouse ou teclado. A desenvolvedora Rare incluiu um monte de glitches estranhos, easter eggs e modos extras no jogo, mas um bem específico foi descoberto somente em 2012, ou 15 longos anos depois do lançamento do jogo original.

Aparentemente, a equipe da Rare trabalhou na montagem do emulador ZX Spectrum e, por alguma razão, sua codificação foi incorporada ao 007. Ao invés de removê-lo para o lançamento do jogo, a Rare apenas o deixou ali e ainda manteve o emulador funcionando perfeitamente. Até que em 2012, um fã com muito conhecimento técnico em desenvolvimento conseguiu reativar o tal do emulador dentro do jogo. A parte mais estranha é que só possível acessar o emulador de GoldeEye utilizando um emulador para jogar o próprio GoldenEye, ou seja, um "inception" de emuladores e easter eggs.

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Desenvolvedores que escondem seus nomes - ou iniciais - dentro dos jogos são tão antigos quanto jovens alunos que rabiscam nomes nas mesas das escolas. O único que nos fascina é por que os professores demoraram 26 anos para descobrir este pequeno ato de vandalismo. O Donkey Kong do Atari 400 guardou por quase três décadas um segredo, cujo desenvolvedor chamado Landon M. Dyer, conseguiu esconder suas iniciais por baixo de muita programação.

Para fazer com que "LMD" surja no menu inicial, você vai precisar morrer com uma pontuação que contenha um exato número de dígitos, depois perder a sua última vida caindo e por último mudar o nível de dificuldade para 4. Não à toa demorou-se tanto tempo para este easter egg finalmente ser descoberto...

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Este daqui é um mistério bem estranho: os fãs já sabiam da existência de uma sala secreta em The Legend of Zelda: A Link to the Past. Lá em 1990, a revista Nintendo Power promoveu um concurso para selecionar um(a) sortudo(a) que teria seu nome grafado por toda uma eternidade num jogo não anunciado do NES. O tempo foi passando e o jogo de NES acabou se tornando um jogo de SNES, cujo primeiro título Zelda seria lançado pelo novo console em 1992.

Mas somente no começo dos anos 2000 que o vencedor, Chris Houlihan, foi finalmente reconhecido: a tal da sala não tinha sido descoberta até então. Escondida numa placa numa sala secreta que é basicamente impossível para os jogadores normais encontrarem, é preciso ativar um glitch para chegar à esta joia secreta. A gente só espera que a Nintendo tenha pelo menos notificado o vencedor...

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Este jogo de trials de moto incrivelmente difícil, porém viciante, feito pela RedLynx incluiu uma porrada de segredos em 2009 que demorariam anos para serem descobertos. Em Trials HD, um desafio absurdo mobilizou toda uma comunidade de jogadores, incluindo uma ajudinha da própria RedLynx para finalmente ser resolvido. Muitas das pistas possuem uma arte no fundo com famosas sequências numéricas, códigos binários e de DNA que, quando combinados perfeitamente, geravam um modo secreto de trials dentro do jogo. A solução só chegou em 2012, como observado no vídeo acima.

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O incrível Fez, da Phil Fish, foi uma festa para os nossos olhos e cérebros, com a maioria dos jogadores tendo descoberto praticamente todos os seus segredos em pouco tempo. Um mistério em particular demorou anos para ser descoberto - e mesmo exposto, parecia não haver uma solução fácil para resolvê-lo. Mas a comunidade de fãs de Fez se uniu numa página e resolveu, na marra, procurar uma saída para este dilema.

Para começar, em Fez, sua tarefa é coletar cubos especiais, mas existem alguns "anti-cubos" escondidos. Como o buraco é mais embaixo, também existem uns supercubos secretos, chamados "cubos vermelhos" (red cubes), os quais só aparecem três vezes durante todo o jogo. Para achar o tal do último supercubo, é preciso resolver o enigma do monolito, embora não seja tão simples quanto parece.

De cara, você vai precisar entrar no modo "New Game +", que dá a possibilidade dos jogadores verem o mundo em primeira pessoa e resolverem os enigmas da sala de anti-cubos. Some a isto um mapa tão difícil de encontrar que faz com que a maioria dos jogadores enlouquecesse, uma sequência de botões alucinada, num certo espaço, numa certa sala, num certo momento, e o tal do monolito negro vai surgir, revelando, como prêmio, o seu tão merecido cubo vermelho.