Suíça alerta Facebook que criptomoeda libra terá que passar por análises adicionais
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Agência financeira do país, onde está sediada a Associação Libra, afirmou que podem haver requerimentos sobre alocação de capital para crédito, riscos operacionais, além de gerenciamento de reservas da criptomoeda.
A criptomoeda libra, do Facebook, sofreu mais um revés nesta quarta-feira (11) depois que autoridades na Suíça disseram que o sistema de pagamentos proposto pela empresa poderia enfrentar regras mais estritas, que são usadas para regular bancos, além de leis anti-lavagem de dinheiro mais severas.
O Facebook está buscando na Suíça uma licença de sistema de pagamentos para a libra, mas, segundo a agência de fiscalização financeira FINMA a amplitude dos serviços planejados exigiria uma ampla supervisão. É na Suíça que está registrada a Associação Libra - consórcio que será responsável pela criptmoeda.
"Devido à emissão de tokens de pagamento da libra, os serviços planejados pelo projeto libra iriam claramente além dos de um sistema de pagamentos", disse a FINMA, observando que isso significa que a libra estará sujeita a esses requisitos adicionais.
Isso se estenderia à alocação de capital para crédito, riscos operacionais e de mercado, concentração e liquidez de riscos e gerenciamento da reserva da libra.
A FINMA disse que a supervisão da gama de serviços prestados pela libra seguiria a máxima "mesmos riscos, mesmas regras". "Os mais altos padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro precisariam ser garantidos em todo o ecossistema do projeto", afirmou.
O Facebook anunciou em junho planos para lançar a libra, que usaria a base de usuários da rede social para entrar no mercado de comércio eletrônico e pagamentos globais. Os planos atraíram um intenso escrutínio de autoridades financeiras globais, economistas e pesquisadores.
"Estamos mantendo um diálogo construtivo com a FINMA e vemos um caminho viável para que uma rede de blockchain de código aberto se torne um sistema de pagamento regulamentado, de baixo atrito e alta segurança", disse a Associação Libra, com sede em Genebra.