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VAGRANT STORY
FICHA TÉCNICA
Produção: Squaresoft
Editora: Squaresoft
Idealizador: Yasumi Matsuno (Seus principais trabalhos são em Final Fantasy Tatics, Tatics Ogre, Final Fantasy XII)
Plataforma: Playstation
Data de Lançamento: Japão - fevereiro de 2000
EUA - maio de 2000
Gênero: RPG
Modos de jogo: Single Player (um Jogador)
Se for feita uma pesquisa sobre quando foi a era de ouro do gênero dos JRPG, de cada 10 jogadores, 9 responderão a 5ª geração (Playstation, Sega Saturn, N64, Game Boy Color e etc.). Pra corroborar esses argumentos, é só dar um "Google" ou perguntar pra jogadores mais "experientes" (Alô Hurraaa), que tanto a pesquisa web a fora como a opinião dos mais "experientes" irão fornecer dezenas de nomes de peso de franquias nascidas nessa era de ouro ou mesmo franquias que já existiam antes, mas ganharam projeção e impactaram de forma a ditar novos patamares daquela geração em diante. Tivemos Legend of Dragoon, Wild Arms, Chrono Trigger (lançado em 1995 para SNES no Japão e em 1999 para o PS1 em 1999), Xenogears, além das séries colossais que ganharam sequência e subiram de patamar naquela geração como Final Fantasy entre outras. (Não da pra citar todas as séries de JRPG daquela época, daria um artigo exclusivo sobre isso).
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Vagrant Story é sem dúvidas uma pérola perdida e esquecida no tempo pelo grande público. Poucos jogadores colocaram suas mãos na geração em que foi concebido.
O jogo sem quaisquer dúvidas, não recebeu o reconhecimento devido, muito por conta do planejamento da própria Squaresoft, que parecendo não acreditar no jogo, não investiu muito no marketing além é claro de praticamente queimar o jogo, colocando-o com data de lançamento próximo a nada mais nada menos que o titã Final Fantasy IX.
Com todas as atenções viradas para a sequência da série mais popular da Square, Vagrant Story ficou de lado, passando despercebido pela grande maioria do público. Felizmente, o famoso "boca a boca" permitiu que o jogo ao passar dos anos fosse sendo mais "popularizado" dentro do público de JRPG's e hoje possui uma áurea de um "Clássico Não Compreendido"
Vagrant Story foi Produzido pela Squaresoft (tem como tirar a Enix de agora não?) e lançado no concorrido ano de 2000. O jogo se passa no mesmo mundo de Final Fantasy Tatics e Final Fantasy XII (e você achando que universo compartilhado é novidade), Ivalice.
O ENREDO E PERSONAGENS
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No Prologo, presenciamos Ashley sendo acusado do assassinato do Duque e então o jogo transporta o jogador uma semana antes, concentrando-se nos eventos que culminaram no assassinato do duque.
Vagrant Story apresenta ao jogador uma trama rica em personagens e que apresenta reviravoltas que fazem com que a jornada não caia em monotonia e desperte no jogador o interesse de buscar a verdade por trás de todos os acontecimentos.
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O protagonista é Ashley Riot, um agente dos "Valendia Knights of the Peace" (descritos a partir deste ponto como "VKP"), que está no encalço de um líder cultista chamado Sydney Losstarot. Sydney, líder do culto religioso Müllenkamp, atacou a mansão do de Duque Bardorba à procura de uma "chave", e capturou o filho de Bardorba, o jovem Joshua, nesta investida.
Ashley também possui uma parceira: esta é Callo Merlose, uma agente dos Inquisidores VKP.
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No Prologo, presenciamos Ashley sendo acusado do assassinato do Duque e então o jogo transporta o jogador uma semana antes, concentrando-se nos eventos que culminaram no assassinato do duque.
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Também em busca da captura de Sydney está Romeo Guildenstern dos "Crimson Blades" ("Lâminas Escarlate" em uma tradução rústica), que lidera uma cruzada a qual se iniciou sem a aprovação dos VKP.
Ashley é um "Riskbreaker", uma divisão militante dos VKP responsável por manter a lei e segurança do estado. Mesmo com Merlose o acompanhando, Ashley não a aceita como companheira em batalhas devido a pouca experiência em combate desta. Merlose acaba como Joshua e torna-se refém de Sydney, descobrindo enquanto o acompanha a verdade sobre as atividades do Culto de Müllenkamp.
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Outro "Riskbreaker", Rosencrantz, surge durante as batalhas de Ashley em Leá Monde, informando-o sobre os planos dos VKP, Sydney e do Cardeal, e subsequentemente sobre sua participação na tragédia ocorrida no passado de Ashley. Isto injeta suspeitas da parte de Ashley, pelo fato dos "Riskbreakers" sempre agirem sozinhos.
Os "Crimson Blades", sob ordens diretas do Cardeal Batistum, são um grupo integrante dos "Cavaleiros da Cruz do Cardeal" ("Cardinal's Knights of the Cross"), e estão a cargo de caçarem hereges e desmantelarem cultos. Romeo Guildenstern, seu líder, é um homem de plena fé, profundamente fiel à suas crenças e consequentemente imune aos Poderes das Trevas. Sob ordens do Cardeal, ele persegue Sydney liderando um pequeno exército de cavaleiros e seus capitães: Samantha (que também é sua amada), Duane (um renomado clérigo), Grissom (que com sua arte de Invocador, flerta com poderes sombrios), Tieger e Neesa (estes útimos grandes guerreiros).
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Müllenkamp é um culto fixado em Leá Monde, lugar este que sofreu uma enorme catástrofe quando sua população foi morta no grande terremoto. A cidade, repleta de corpos controlados pelas Trevas, é a fortaleza perfeita para o Culto. Sydney e seu cúmplice, Hardin, sobrevivem à perseguição dos "Crimson Blades", mesmo Hardin por vezes duvidando das intenções de Sydney.
Vagrant Story apresenta ao jogador uma trama rica em personagens e que apresenta reviravoltas que fazem com que a jornada não caia em monotonia e desperte no jogador o interesse de buscar a verdade por trás de todos os acontecimentos.
GRÁFICOS E DIREÇÃO ARTÍSTICA
O jogo segue a tendência da época, com visuais 3D e um grande cuidado com as texturas, que na época chamaram a atenção. O jogo possui visuais cartunesco nos personagens dentro de uma ambientação medieval. Embora o Reino de Valendia e as ruínas de Le Mondé sejam fictícias, a ambientação teve inspiração real em cidades a sudoeste da França.
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TRILHA SONORA
A trilha sonora de Vagrant Story tem uma qualidade impecável, totalmente orquestrada. Os efeitos sonoros também são de auto nível, muito elogiado na época. Todas as faixas da trilha foram compostas por Hitoshi Sakimoto, com trabalhos reconhecidos em jogos como Final Fantasy XII e OdinSphere. Uma curiosidade é que as primeiras composições de Sakimoto para o jogo foram consideradas pela equipe como "Muito Alegres". Depois de ouvir a trilha sonora de Arquivo X e se inspiriar em James Horner e Hans Zimmer, as trilhas mais "Pesadas e Sombrias" foram concebidas e finalmente inseridas no jogo, excluindo as anteriores no jogo final.
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Hitoshi Sakimoto
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JOGABILIDADE
CHAIN HABILITIES E DEFENSIVE HABILITIES
Sem dúvidas o grande diferencial do jogo, pra muitos jogadores um gosto doce, pra outros, um gosto amargo.
O sistema de batalha envolve encadear diferentes ataques conhecidos como "Chain-Habilities" para obter combos e causar danos aos inimigos. Isso é feito pressionando os botões em sucessão oportuna. Dessa forma, o combate quase se assemelha a um jogo de ritmo, pois nem todos os ataques têm o mesmo tempo. O jogador pode atingir diferentes áreas do corpo, e o dano é feito de acordo com a parte do corpo atacada e a afinidade da arma usada por Ashley. Porém o jogador deverá levar em conta que somente partes do inimigo dentro do círculo poderão ser atingidas. As "Defensives Habilites" são responsáveis por redução de dano, refletir parte do dano e prevenir Status Negativo.
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RISK
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O "Risk" é um elemento absolutamente essencial no sistema de batalha. Repare na existência de uma barra de Risk que fica posicionada abaixo das de HP e MP, representando os pontos de risco que o jogador já acumulou. Pontos de Risco (ou "Risk Points") afetam a concentração de Ashley. Quanto mais você ataca a um oponente, mais destes pontos são acumulados - baixando assim a taxa de acerto e suas defesas. "Chain" e "Defensive Abilities" aumentam o Risk mais rápido que ataques comuns, enquanto que "Break Arts" não interferem no Risk. Ataques e magias inimigas causam mais dano se o jogador estiver com um alto índice de Risk. A vantagem de um Risk alto, no entanto, é que as chances de acertar um ataque crítico e de recuperar mais HP com suas curas aumentam bastante.
Um dos pontos que mais chamam a atenção em Vagrant Story é sua dificuldade arrasadora contra certos inimigos, principalmente chefes, exigindo o máximo do jogador em quase todo o tempo
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ITENS E EQUIPAMENTOS
O sistema de forjas de Vagrant Story permite ao jogador criar e customizar suas próprias armas e armaduras em "Workshops" espalhados pelo jogo, alterando suas forças, atributos e estatísticas. Armas são divididas em 3 principais categorias: Blunt (Contusão), Piercing (Perfuração), e Edged (Corte). Equipamentos são influenciados pelo material do qual são feitos e à afinidade com elementos e classes de inimigos.
Afinidades influenciam na efetividade de armas e armaduras, porém um equipamento ao ganhar mais pontos em uma afinidade ou classe de inimigo perde pontos em outra - tal qual uma balança. Armas e armaduras podem também serem fundidas, aumentando ainda mais a gama de possibilidades de combinações.
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CITAÇÕES DA CRÍTICA
A partir do segundo em que você coloca este jogo; você não vai querer parar de jogar. Pode consumir sua vida até que você termine ou até ficar preso que não aguenta mais o estresse.
Simplificando, Vagrant Story é uma verdadeira obra de arte e é uma das experiências mais cinematográficas que você encontrará no PlayStation. Não é apenas um dos melhores jogos deste ano - é um dos melhores de todos os tempos.
Uma mistura dos gêneros de ação, aventura e RPG, a Square superou todas as probabilidades e produziu um épico envolvente e contínuo como nenhum outro. Apesar de alguns problemas de interface e complexidade, o Vagrant Story é um jogo raro e quase perfeito.
Vagrant Story é sem dúvidas um jogo obrigatório para amantes de RPG, principalmente do subgênero JRPG. Para os jogadores que tem mais dificuldade em visitar jogos "tecnicamente datados", esse vale o esforço.
Meu primeiro artigo próprio por aqui. Me passem o feedback de vocês e se devo trazer mais artigos sobre clássicos ou jogos que pouca gente jogou.
Valeu seus Mondrongos.
Siga a Luz!