Watch Dogs Legion traz proposta ousada de controlar qualquer personagem

#Notícia Publicado por Catos, em .

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Confesso que fiquei desconfiado com a proposta de Watch Dogs Legion. No papel, ela é certamente original e encantadora: controlar qualquer personagem em um ambiente de mundo aberto é ambicioso de um ponto de vista técnico, e um tanto complicado de um ponto de vista criativo. Será que vai funcionar na história?

Por incrível que pareça, a resposta é sim. Seja pelo contexto do novo game da Ubi, que se passa em uma distópica Londres pós-Brexit controlada por grupos autoritários, seja pela dinâmica de ter a disposição um extenso grupo de personagens, Watch Dogs Legion traz uma proposta ousada que, ao ser analisada individualmente, é talvez a mais interessante da E3 2019.

Tivemos a oportunidade de testar uma demonstração por 45 minutos, de uma versão pré-alfa do jogo. Boa parte do mapa estava bloqueada (embora a área acessível fosse grande o suficiente para eu não conseguir explorá-la por completo durante o tempo da sessão).

Jogamos duas missões: a primeira serviu para mostrar como funciona o processo de recrutamento - isto é, como você traz personagens para a DedSec.

O novo Watch Dogs impressiona já neste aspecto. Comecei a andar pelo mapa e, pela função de hackear os celulares dos transeuntes, acessei seus perfis de modo a ver quem poderia agregar habilidades importantes ao meu grupo. Nada estava scriptado pra a demonstração - eu podia, literalmente, escolher qualquer boneco andando pelo mapa.

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Entrei em um bar e observei um cara mal-encarado, encostado na parede. Seu perfil revelou que ele já teve problemas com a polícia e, por isso, tinha uma habilidade nativa que lhe conferia mais força na hora de enfrentar as autoridades. Cheguei em um candidato para o recrutamento.

Para trazer uma pessoa para a sua equipe, é preciso realizar missões para ela. Se a pessoa apoiar a DedSec, não é preciso fazer muitas missões para recrutá-la; entretanto, se ela não gostar do seu grupo, é preciso fazer várias missões.

De acordo com a Ubisoft, cada personagem tem características, problemas, rotinas e relacionamentos únicos, o que torna cada processo de recrutamento - ou até mesmo cada ação tomada naquele mundo - algo com consequências, multiplicando de uma maneira imprevisível as possibilidades do jogo (isto é, se a proposta realmente funcionar na versão final do jogo).

Para dar conta deste novo sistema, algumas concessões precisaram ser feitas. Em vez de uma história principal e parruda, conduzida por um único protagonista, Watch Dogs Legion terá cinco linhas de história diferentes, cada uma abordando um aspecto deste universo ficcional.

Não ficou claro também se existe uma condição para o game over. A morte em Watch Dogs Legion é permanente, ou seja, se você perder um dos membros de sua equipe, ele não volta. De acordo com o desenvolvedor que acompanhou minha sessão de gameplay, esse elemento específico do jogo ainda não estava definido.

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Enquanto o sistema geral do jogo mudou, as mecânicas básicas - atirar, correr, dirigir, movimentar-se e hackear - continuam bem parecidas com as de Watch Dogs 2. O novo sistema do jogo, entretanto, diluiu as habilidades dos personagens em três classes, que são atribuídas quando você recruta uma pessoa. A primeira é focada em combate, a segunda em infiltração e a terceira em hack e robótica.

Cada classe também conta com habilidades específicas, que vão te ajudando de acordo com a situação. A classe de luta, por exemplo, tem uma habilidade que transforma seu personagem em John Wick, mesclando artes marciais e tiro.

Apesar de você poder mexer no seu personagem como quiser, a proposta da Ubisoft é a de dar ao jogador a liberdade de agir, e o jogo vai se adaptando à vontade de quem joga, seja nas cutscenes, seja nas abordagens em cada missão.

Catos
Catos
, Goiânia
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