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Oito dos nove conselheiros municipais são contrários à tecnologia.
San Francisco proibirá o uso de tecnologia de reconhecimento facial por parte da polícia e outras agências públicas. É a primeira cidade dos Estados Unidos a adotar uma medida deste tipo.
Oito dos nove membros do conselho municipal da cidade californiana se pronunciaram na terça-feira (14) a favor da nova legislação, que será votada formalmente na próxima semana.
Injustiça racial é um dos motivos apontados
O reconhecimento facial poderia, além disso, "exacerbar a injustiça racial e ameaçar nossa capacidade de viver sem a contínua vigilância do governo".
A proibição é parte de uma legislação mais ampla para regulamentar os sistemas de vigilância e obrigar as agências municipais que desejam utilizá-los a obter previamente a autorização do conselho municipal.
A proibição não afetará os aeroportos da cidade ou instalações sob regulamentação do governo federal dos Estados Unidos.
San Francisco é um epicentro da indústria tecnológica americana e abriga as sedes de grandes empresas, incluindo Facebook, Twitter, Uber e Google.
Os partidários da proibição temem possíveis erros de identificação facial, assim como a contínua violação da vida privada, enquanto os defensores do sistema afirmam que o reconhecimento facial pode aumentar a segurança.
A organização Stop Crime SF afirmou que o reconhecimento facial "pode ajudar a localizar crianças perdidas, pessoas com demência e a lutar contra o tráfico sexual".
A União Americana da Liberdades Civis (ACLU) destacou que o reconhecimento facial pode, pelo contrário, "ser usado de maneira passiva, sem exigir o conhecimento, consentimento ou participação do indivíduo".
Na China, as autoridades utilizam, entre outras medidas, o reconhecimento facial para identificar a minoria muçulmana uigur, de acordo com o jornal "New York Times".