O que esperar do que resta da atual geração de consoles?

#Artigo Publicado por renatito91, em .

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Todos sabemos que a atual geração de consoles está chegando ao fim, por mais que as marcas tenham conseguido, com sucesso, prolongar a vida dos sistemas atuais lançando modelos mais poderosos e teoricamente capazes de acompanhar as nomenclaturas entretanto apresentadas, como o 4k e o HDR. São os jogadores, e os próprios estúdios, que exclamam por novas máquinas, que lhes permitam realizar aquilo que toda gente sabe que a tecnologia já é capaz.

Irônico porque os consoles continuam a ser um grande impulsionador do mercado dos videogames, afinal, é lá que está uma boa fatia das receitas obtidas pelos estúdios de desenvolvimento, no entanto, acabam por ser elas próprias um fator limitador ao progresso do meio, por mais "rosas" que as equipes de marketing associem às novidades, à medida que nos aproximamos do final de cada geração.

Em sentido contrário, esse limitador tecnológico pode, ao mesmo tempo, ser a base para a criação de algumas das obras mais primorosas do meio. O homem funciona melhor no limite, é base de criatividade e força-nos a fazer o melhor com o material disponível. O fim de vida do PS3/360 deu-nos jogos como Grand Theft Auto V ou The Last of Us, por exemplo, títulos que seriam impossíveis de pensar no início de vida dessas máquinas. O mesmo podemos dizer de God of War no atual PS4, é verdade, mas mesmo considerando a imensa obra do estúdio de Santa Monica, acredito que o melhor da atual geração, a nível técnico, visual e mecânico, ainda está para vir.

As três principais concorrentes apostaram numa filosofia diferente para abordar o mercado nos últimos tempos. A Sony mantém o foco nos jogos exclusivos, experiências apenas possíveis no PS4. A Microsoft mudou por completo a ideia que tinha para o Xbox One original e aposta hoje no poder tecnológico, na biblioteca de jogos retrocompatíveis e casamento com o PC. E finalmente a Nintendo, que foi muito inteligente a abordar o mesmo mercado com um conceito totalmente diferente, esgrimindo a arma que sempre teve ao seu dispor, um incrível catálogo de propriedades intelectuais adoradas por milhões.

Tendo em conta as várias estratégias, olhemos então para o que resta da atual geração de consoles, que suporte aquilo que comecei por afirmar, de que "o melhor ainda está para vir".

PlayStation 4 (Sony)

O console da Sony tem, podemos argumentar, a vida mais facilitada, com uma base de 91,6 milhões de unidades vendidas, a companhia podia descansar e aproveitar para focar-se nas ofertas PlayStation Plus até à transição, sem sentir grande impacto. Os analistas prevêem que 2019 será o ano do declínio das vendas do PS4, é possível que tenham bons motivos para isso, mas não será certamente por falta de ofertas no horizonte do console. O PS4 ainda tem alguns jogos a caminho ao longo dos próximos 1-2 anos, destacam-se jogos como Days Gone ou Dreams, por serem os que estão mais próximos e terem ambos bastante a provar. Dreams tentará ser a derradeira muleta do PS VR (esse sim, a precisar de uma atualização tecnológica), enquanto Days Gone vem para nos fazer esquecer, durante alguns meses, que The Last of Us 2 virá para estabelecer um novo padrão na indústria.

Depois há ainda Ghost of Tsushima, da Sucker Punch, e Death Stranding, do qual se espera muito para a progressão do meio a nível de gameplay #inKojimaweTrust. Além de tudo isto, penso que nos esquecemos frequentemente que estão duas promessas antigas muito próximas de serem cumpridas, Final Fantasy VII Remake e Shenmue 3, este último está muito próximo, e por favor, façam com o remake de FF7 o mesmo que a Capcom acaba de fazer com Resident Evil 2, dêem-lhe o respeito que merece.

Adicionalmente, ainda temos jogos como MediEvil, dois novos títulos do estúdio de Yakuza, Judgment e Shin Yakuza, Left Alive da Square Enix, a sequência do surpreendente Nioh, imensos motivos de interesse para o futuro do PlayStation 4.

Xbox One (Microsoft)

Desde que desistiu da estratégia "agregadora de mídia" para focar-se nos jogos, cortesia da entrada do grande Phil Spencer no comando da divisão Xbox, a Microsoft tornou uma máquina aparentemente condenada, no console com o maior catálogo do mercado, e mais que isso, com a apresentação do Xbox One X, garantiu que no caso dos jogos third party, o console da companhia norte americana é quem oferece a melhor versão. Pode parecer um pormenor mas não é, muitos jogadores são indiferentes às bandeiras das marcas, escolhendo jogar cada título no sistema que lhes garante a versão mais capaz tecnicamente (resolução, fps, etc).

Ao mesmo tempo que caminha orgulhosa até ao fim da atual geração, a Microsoft trabalha para resolver a sua maior lacuna, a tal falta de exclusivos, adquirindo novos estúdios para trabalhar exclusivamente para máquinas da companhia, ao mesmo tempo que desenvolve a próxima família de consoles Xbox, que a confiar nos rumores, terá o streaming no coração da sua filosofia, sendo garantida a continuidade da retrocompatibilidade.

Em suma, adivinham-se obras tecnicamente impressionantes para o que falta da vida da Xbox One, estamos a olhar para ti Crackdown 3 - Ori and the Will of the Wisps, mas o que a Microsoft quer colocar os jogadores a questionar até à definitiva apresentação do Xbox Scarlet é, "onde vamos jogar Anthem? E Cyberpunk 2077?"

Nintendo Switch (Nintendo)

Depois daquela que foi uma das experiências mais falhas da sua história, o Wii U, a Nintendo voltou ao sucesso apostando numa estratégia de diferenciação, unindo o segmento de jogos portáteis, no qual nunca deixou de ser líder, com o dos jogos tradicionais na tela da TV. Já muito foi escrito sobre como se tratam de experiências distintas, mas a verdade é que a companhia nipônica as conseguiu juntar sinergicamente com o híbrida Nintendo Switch.

O Switch está longe do poder bruto das restantes, mas é ao mesmo tempo aquela que depende menos desse valor tecnológico. E isso não é porque as propriedades intelectuais não exigem tanto da máquina, ou são mais coloridas etc, é assim porque desde o manuseamento do Switch, que parece um brinquedo e isso também conta, ao elemento social e nada intrusivo com que passou a fazer parte das nossas vidas, já é difícil imaginar os nossos hábitos de gaming sem o console da Nintendo por perto.

Além do design imaculado, que precisa sim de uma atualização mas não de um modelo "apenas portátil" (não façam isso, seria um disparate de todo o tamanho), a Nintendo tem usado, e vai continuar a usar, a estratégia mais óbvia de todas, o lançamento contínuo dos pesos pesados da marca, incluindo os excelentes jogos que foram desperdiçados no Wii U. Isto garante um catálogo de quantidade e qualidade ao console, que ainda tem outra vantagem, o fato de vender bem, e de por isso ter o tão badalado apoio das "third parties"... Dizem que há um exclusivo qualquer a caminho, um tal de Marvel: Ultimate Alliance 3: The Black Order.

Voltando ao início, as três companhias encontraram as estratégias ideais para levá-las, com sucesso, até ao final da atual geração. A Sony vai continuar a apostar em jogos de qualidade "Only on PlayStation". A Microsoft está a plantar as bases do que se adivinha ser uma entrada forte na geração seguinte, com a retrocompatibilidade, o PlayAnywhere, o streaming e um console que seja capaz de oferecer a melhor versão dos jogos, e finalmente a Nintendo, que encontrou o seu Nirvana com o Switch, só precisa manter as novas versões das suas PI's a caminho, e não estragar o que fez bem quando nos apaixonou com o inovador conceito do Nintendo Switch.

Renatito
Renatito #renatito91
, Recife
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