Pode o uso de um SSD melhorar a performance na PS3?

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por Richard Leadbetter Publicado 23 Fevereiro, 2012

O Digital Foundry testa Skyrim, Rage e um leque de títulos que usam intensivamente o disco duro.

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É impossível melhorar a performance in-game da tua consola, certo? Todas as unidades são iguais, portanto a experiência de jogo deve ser idêntica em qualquer máquina. Apesar disto ser verdade para virtualmente todos os jogos de consola disponíveis, a PlayStation 3 é única, pois podes melhorar o teu disco duro com qualquer substituto que queiras - e isso inclui tecnologia SSD (solid state disc) de topo.

Os SSDs são uma enorme melhoria sobre as convencionais drives mecânicas porque não têm partes móveis. Os discos normais HDDs funcionam quando uma cabeça se move ao longo do prato no disco, procurando o ficheiro que a unidade procura, depois lê-lo. Os SSDs são diferentes. Tudo é escrito em RAM flash, e todos os ficheiros são acedidos com latências ultra-baixas - o acesso aos ficheiros está normalmente na casa dos 0.1ms.

Pesquisa anterior sugeriu que as vantagens de correr um SSD numa PS3 são ligeiras no mínimo, na verdade, o guia de melhoria de disco PS3 do Digital Foundry teve dificuldades em encontrar quaisquer vantagens. Tempos de carregamento foram melhorados em muitos títulos como Gran Turismo 5, e podias cortar segundos ou mesmo minutos em instalações obrigatórias prolongadas, mas existem poucas provas que a performance in-game seja sequer afetada.

Apesar das nossas descobertas, vídeos de performance SSD proliferam no YouTube e a maioria parecem sugerir que existem tangíveis melhorias ao atualizar.

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Então talvez seja agora a hora de reconsiderar os méritos de uma melhoria SSD - ou pelo menos considerar os méritos de um disco mais rápido. A conclusão é que o ciclo de vida da PS3 está a amadurecer. Os estúdios estão a chegar aos limites da performance da máquina, e face a ruturas de RAM, os criadores de jogos viram-se para o disco duro para a leitura de conteúdos nos bastidores. Jogos como Rage da id Software demonstra como os estúdios estão a começar a confiar no disco duro extensivamente, enquanto uma plausível teoria por detrás do problema de latência em Skyrim é que o estúdio confiou no disco duro para guardar dados para compensar os problemas de RAM da PS3 - uma linha de pensamento nascida das nossas conversas com a companhia ao abordar o Rimlag: todas as nossas conversas com a Bethesda pareciam ser sobre o disco que estávamos a usar e o seu estado.

Portanto pode um SSD realmente melhorar a performance in-game? Decidimos testa-lo ao longo de um número de títulos. Baseamos as nossas comparações ao longo de três discos diferentes: o HDD padrão de 60GB da PS3 inicial, um híbrido da Seagate, o Momentus XT SSD/7200rpm, e finalmente um SSD Samsung PM800: dificilmente um modelo de topo, mas não deve importar - o tempo de procura é o rei aqui, e alguns podem discutir que uma passagem de 500MB/s é algo irrelevante quando o teu sistema apenas tem 512MB de RAM no total.

Adicionamos o híbrido Seagate por um par de razões. Primeiro, queremos equacionar um disco a 7200rpm (que deve dar tempos de procura consideravelmente mais baixos). Segundo, a PS3 também usa o disco duro como uma cache para os estúdios usarem como querem. O híbrido guarda os setores do disco acedidos com maior frequência em estado de memória sólido e o nosso pensamento foi que o disco pode muito bem identificar essa partição e tentar fazer uso dela.

Agora, vamos ver o que estes discos podem fazer com alguma gameplay PS3...

Os gigantes das Mega Texturas: Rage e Brink

O Rage da id Software possuía claramente alguns problemas intrusivos na versão PS3, baixando frequentemente para resoluções sub-HD e apresentando um pop-in de texturas desanimador. A tecnologia pioneira de mega texturas da companhia envolve separar a cena numa multiplicidade de pequenos elementos gráficos que são então lidos da drive ótica e do disco duro. Resumindo, é mesmo o tipo de jogo que deve beneficiar de uma melhoria para SSD.

E assim o faz: aqui está um vídeo a demonstrar como os problemas de armazenamento de texturas em Rage são radicalmente melhorados ao passar para um SSD. Notem que não desaparecem por completo como alguns dizem - no entanto, em algumas áreas a quantidade da resolução é bem espantosa. Também verifiquem como se comporta o híbrido SSD. Apesar de não estarmos convencidos a 100% que a memória SSD está a ser muito esforçada aqui, sugere na mesma que existem vantagens a serem ganhas simplesmente mudando para um disco rápido a 720rpm.

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Claro, Rage não é o único jogo a usar a tecnologia de mega texturas. O estúdio Britânico Splash Damage também usa uma variação da mesma técnica no seu FPS Brink. Num disco padrão, isto apresentou basicamente os mesmos problemas que Rage - artwork de baixa resolução a ser lida, com texturas de detalhe completo a surgirem no ecrã com algum atraso. No entanto, a apresentação geral não tinha tantos problemas quanto Rage, e na verdade, facilmente batia a versão Xbox 360 - algo que o jogo da id não conseguia. Outra diferença chave com Rage é que Brink utiliza a cache do disco de forma extensiva mas não precisa de qualquer instalação.

Os resultados neste jogo foram como remendos. Houve sem dúvidas uma melhoria geral com os discos SSD e híbrido, mas não foi um aumento verdadeiramente percetível como foi com Rage. Curiosamente as melhorias que vimos pareciam ser basicamente as mesmas entre o SSD e o disco híbrido.

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