Lei pode proibir acesso a games violentos

#Notícia Publicado por Clovisbatebola, em .

Depois de proibir a comercialização de Bully e Counter-Strike, uma nova lei brasileira pode complicar mais a vida dos gamers. Confiram abaixo, a matéria publicada na Zero Hora desta sexta-feira, por Gustavo Azevedo.

Crianças e adolescentes poderão não ter mais acesso a jogos eletrônicos considerados violentos em lan houses, lojas de informática ou estabelecimentos similares no Estado.

O projeto de lei que proíbe a utilização desses games foi aprovado nesta quinta pela Assembleia Legislativa. A proposta precisa ainda ser sancionada pela governadora Yeda Crusius, que terá de pedir a regulamentação antes de a medida entrar em vigor. O deputado estadual Kalil Sehbe (PDT), autor da lei, revela que os inúmeros pedidos encaminhados por pais preocupados com o comportamento dos filhos motivou a iniciativa.

" Reconhecemos o papel importante dos videogames no lazer e, até mesmo, no desenvolvimento de habilidades motoras e mentais. Entretanto, diversos estudos apontam os prejuízos inerentes, inclusive distúrbios comportamentais " aponta Kalil.

A intenção do deputado é que a venda de jogos também seja vetada a menores de 18 anos tanto em lojas especializadas quanto em lan houses. Essa proibição, no entanto, dependerá da regulamentação que será encaminhada pelo governo estadual.

" O aumento da carga de informações e a quantidade de estímulos influenciam na formação de jovens mais inteligentes. Também é preciso dizer que as lan houses são importantes locais de acesso à informação e de relacionamento para os jovens " diz Sehbe.

Pega de surpresa, a maioria das lan houses da Capital não sabia sequer da existência da proposta. Esses estabelecimentos já vêm sendo alvo de legislações polêmicas nos últimos anos em todo o país, como é o caso de uma lei municipal de Porto Alegre que regula a distância dessas casas para escolas.

" Essa lei não se justificativa. Quem é responsável pela maior criminalidade não usa computador, não tem oportunidade. A tese de que os jogos podem incitar violência é furada " aponta um proprietário de uma lan house da zona norte da Capital, que preferiu não se identificar.

Para o psiquiatra especializado em infância e juventude Enio Resmini os jogos da internet ou dos videogames não determinam se a pessoa será mais ou menos violenta.

" Na maior parte dos casos, esses tipos de jogos funcionam como um refúgio para as crianças e adolescentes. Mágoas e raiva são transferidas para o mundo virtual. Eles deixam de resolver os seus problemas no mundo real " sustenta Resmini.

O especialista afirma ainda que a maioria dos jovens viciados em games deste tipo são calmos.

" Eles matam monstros e inimigos no game. Até hoje não encontrei um caso de alguém que fosse violento só por causa de um jogo " ressalta.

O projeto aponta como jogos violentos aqueles que ofereçam opção da prática de destruição, morte, dano físico ou psíquico a qualquer forma de vida humana, animal e vegetal, mas só a regulamentação irá definir quais jogos estarão proibidos, assim como a forma de fiscalização.

Outras restrições

Em abril do ano passado, o Tribunal de Justiça gaúcho determinou a suspensão da importação, da distribuição e do comércio do jogo eletrônico Bully. No game, Jimmy Hopkins, 15 anos, é um tipo de valentão que deseja se tornar o manda-

chuva da escola onde estuda. Para isso, briga, cria pequenas bombas, faz missões para ganhar moral com os outros e até pode ter envolvimentos amorosos com meninos ou meninas. Três meses antes, o Justiça Federal de Minas Gerais tomou medida semelhante: proibiu a comercialização da série Counter-Strike. Tudo porque o CS conta com um cenário modificado por usuários no qual policiais e traficantes se enfrentam em uma favela do Rio de Janeiro.

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