A Microsoft divulgou os dados financeiros referentes ao seu Q1 (primeiro trimestre fiscal da empresa) de 2023, mostrando que faturou US$50 bilhões e teve lucro líquido de US$17,6 bilhões. A receita aumentou 11% mas o lucro diminuiu 14%.
Um dos pontos que contribuíram para o menor lucro foi a queda nas vendas de PCs e que se mostravam fracas desde o início desse ano. Segundo a IDC, as tensões geopolíticas, inflação e desafios na cadeia de suprimentos são um dos principais motivos para justificar essa queda, juntamente com a demanda mais fraca.
O preço do Windows OEM (preço que as fabricantes pagam para a Microsoft para ter a licença) caiu 15% nesse trimestre. Apesar dessa queda Nadella diz que o Windows ainda vai muito bem e que existem 20% a mais de dispositivos ativos mensais com Windows do que antes da pandemia.
Os dispositivos Surface da Microsoft também vão indo bem, mesmo não tendo um lançamento significante da marca nesse trimestre. Em relação a eles houve um aumento de 2% na receita. Mas agora, essa receita do Surface não inclui apenas os PCs da marca Surface, mas também outros dispositivos como Hololenz e acessórios para PC.
Já do lado do Xbox houve quedas e aumentos nas receitas. A receita do hardware cresceu cerca de 13% enquanto houve uma queda de 3% na receita de conteúdo e serviços. A Microsoft justifica que isso foi impulsionado pelo "declínio no conteúdo primário e no conteúdo de terceiros, com menos horas de engajamento e maior monetização, particularmente compensado pelo crescimento nas assinaturas do Xbox Game Pass". Ela diz que houve um crescimento mas não detalhou quantos assinantes ativos existem atualmente.
O Xbox gerou em receita cerca de US$3,61 bilhões, significando um aumento de 0,47% ano a ano e já é considerado o melhor Q1 já divulgado para a divisão.
Também divulgaram alguns dados interessantes sobre o PC, pois o Game Pass cresceu cerca de 159% ano a ano na plataforma. Outro ponto interessante é que o Xcloud chegou a ter 20 milhões de usuários que já testaram o serviço em algum momento, sendo o dobro desde a última divulgação.
A Microsoft destacou a receita da nuvem como o grande impulsionador dos ganhos deste trimestre, com a nuvem da Microsoft atingindo US$ 25,7 bilhões em receita, um aumento de 24% ano a ano. As divisões de produtos comerciais e de consumo do Office cresceram 7%, ajudando a impulsionar os negócios de produtividade da Microsoft para US$ 16,5 bilhões em receita.
Outro responsável pelo crescimento na receita da Microsoft foi o LinkedIn, que cresceu 17% ano a ano, e as receitas de publicidade de busca e notícias aumentaram 16%.