Epic quer lutar por um metaverso mais aberto

#Notícias | Dona do Fortnite quer um ambiente virtual mais livre dos modelos de negócio da Apple ou Google
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Queira ou não, o jogo Fortnite é um exemplo de metaverso que se pode imaginar. Não só para jogar um battle royale, no ambiente do game, milhões de usuários podem aproveitar shows de música, entretenimento ou simplesmente manter o contato social entre amigos.

A Epic deseja que o ambiente do jogo seja o mais aberto possível para que outros desenvolvedores possam distribuir seu conteúdo. Segundo Tim Sweeney, CEO da Epic, um ponto preocupante nesse caminho é que as bigtechs possam dificultar o acesso ao metaverso devido ao monopólio dos dispositivos e seus sistemas.

Numa entrevista ao Financial Times, Sweeney expõe suas opiniões sobre o desenvolvimento do metaverso e faz previsões com base em suas preocupações. Patrick McGee traz uma entrevista que aborda diversos pontos.

Cerca de 600 milhões de usuários mensais utilizam o Fortnite, Minecraft e Roblox como plataforma de interação social. Logo esse número passará dos bilhões, afirma o CEO da Epic. Hoje, uma grande parcela dos acessos é feita por smartphones, que são dispositivos bem mais populares que consoles ou computadores. Nesse ambiente, a Apple ou Google têm um controle muito grande sobre tudo que pode acontecer, bem como as formas de pagamentos e acesso a conteúdo. Se o próximo passo de acesso ao metaverso também estiver nas mãos dessas bigtechs, o cenário seria desanimador, segundo ele.

Assim como Fortnite chegou a ser banido da AppStore, ele teme que Roblox sofra do mesmo destino, por descumprirem algum termo do serviço. Aplicativos podem ser derrubados por qualquer razão ou razão nenhuma. A falta de liberdade do desenvolvedor e o repasse de 30% para a marca da maçã é uma briga antiga da Epic. Esse monopólio pode criar um ambiente menos saudável aos criadores.

O problema aqui é uma questão clássica de monopólio. Você começa com hardware. A Apple fabrica smartphones e eles lucram com seus smartphones? E eles merecem. Mas então eles forçam todos os compradores de seus smartphones a usar sua loja de aplicativos exclusivamente para obter conteúdo digital. Eles impedem que todas as outras lojas de aplicativos concorram com eles em um hardware que pertence a um bilhão de usuários finais. Esse é o primeiro empecilho e obstrui completamente toda a concorrência e as forças de mercado que moldariam melhores lojas de aplicativos e melhores ofertas para os consumidores.

Sweeney ainda fala sobre o plano de fazer a Unreal Engine o instrumento de virtualização de produtos. Desde vestuários, carros e todo tipo de objeto pode ser modelado, exportado e experimentado num ambiente virtual criado na engine da Epic.

Quando questionado sobre o papel da Meta (dona do Facebook), Tim considera os métodos de negócio bem mais amigáveis. O dispositivo Oculus, que permite a imersão no metaverso, tem sua própria loja de aplicativos, cobrando os mesmos 30% de taxa ao desenvolvedor. Ao contrário da Apple, por exemplo, é permitido que outras lojas participem no dispositivo.

O que esperar do metaverso? Quais serão as próximas gerações de dispositivos que irão conectar pessoas? Comentem.

Fonte: Www
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